O Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo realizou nesta quarta-feira (21) uma assembleia para discutir a campanha salarial deste ano e decidir sobre uma possível paralisação da categoria na próxima terça-feira (27). A possibilidade de greve a agora por uma votação de 24 horas, cujo resultado deve ser anunciado na noite desta quinta (22).
O Metrô propôs um reajuste salarial de 5,01% de acordo com a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A empresa propôs, no entanto, a divisão da reposição: 4,1% a serem pagos imediatamente e 1% ao longo de um ano.
Anteriormente, os metroviários já haviam apresentado uma proposta à empresa com 8% de reajuste, seguindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cancelamento da terceirização dos trabalhadores da manutenção, negociação sobre plano de carreira, retorno dos operadores de trem do monotrilho e discussão para retomada das contratações por concurso público.
Agora, o sindicato abriu uma votação de 24 horas para decidir se aceitaria ou não a proposta da empresa. Os metroviários têm até às 20h desta quinta para bater o martelo.
Se os trabalhadores recusarem a proposta da empresa, uma contraproposta é feita e começam os indicativos para a greve. Nesse caso, uma nova assembleia pode ser realizada no dia 26 para avaliar possíveis retornos do Metrô e decidir se a greve ocorrerá de fato. Nesse período, o Metrô pode apresentar uma proposta ou uma conciliação por meio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Em recado aos trabalhadores, a presidente da entidade sindical, Camila Lisboa, disse que é necessário “mostrar para a direção da empresa e para o governo do estado que a categoria não vai aceitar nenhum ataque” aos direitos dos metroviários. “Se a gente precisar se preparar e se organizar para enfrentar qualquer ataque, a gente vai fazer isso”, informou.