Os vereadores do PT e do Psol na Câmara Municipal de Florianópolis foram os únicos que votaram contra o projeto de lei que cria o “Dia do Conservadorismo” na capital catarinense, na última terça-feira (20).
Segundo o texto do PL 19435/2025, o Dia Municipal do Conservadorismo, a ser celebrado em todo 29 de abril, “tem como finalidade a promoção de palestras, seminários e ações educativas voluntárias sobre o tema e rememorar princípios caros ao conservadorismo, como a família, a religião, a ordem e a liberdade”, intrínsecos aos valores da extrema direita no Brasil e no mundo.
De autoria do vereador Padilha (PL), mesmo partido de Jair Bolsonaro, a data é uma homenagem ao dia do nascimento de Olavo de Carvalho, considerado uma espécie de guru ideológico do ex-presidente. Ele morreu em janeiro de 2022.
O projeto de lei foi aprovado com 13 votos favoráveis e 5 contrários. Carla Ayres e Bruno Ziliotto, ambos do PT, e Leonel Camasão, Afrânio Boppré e Ingrid Sateré Mauwé, os três do Psol, votaram contra o projeto. O vereador Dinho (União Brasil) não estava presente na votação, e os vereadores Jeferson Backer (MDB), Mamá (União Brasil) e Pri Fernandes (PSD) não votaram.
Leonel Camasão classificou a proposta como um “absurdo”. “Além de ser uma grande baboseira, o projeto fere o princípio constitucional da impessoalidade, uma vez que promove no calendário oficial uma ideologia política”, escreveu o parlamentar em seu perfil no X (antigo Twitter). O vereador também disse que Olavo de Carvalho é “conhecido por sua extensa obra intelectualmente fraudulenta e mentirosa”.
Quem votou a favor
Adrianinho (Republicanos)
Claudinei Marques (Republicanos)
Bezerra (MDB)
Renato da Farmácia (PSDB)
Diácono Ricardo (PSD)
Rafael de Lima (PSD)
Ricardo Pastrana (PSD)
Gui Pereira (PSD)
Ingo Câmara (PL)
João Padilha (PL)
Manu Vieira (PL)
Pastor Gilliard (PL)
Gemada (PL)
