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CULTURA

Em BH, exposição feita por mulheres com trajetória de rua escancara violência e invisibilização

‘Até quando o silêncio será imposto a quem tem tanto a dizer?’, questiona a mostra

20.maio.2025 às 14h22
Belo Horizonte (MG)
Lucas Wilker
Em BH, exposição feita por mulheres com trajetória de rua escancara violência e invisibilização

Ao mesmo tempo em que é uma sátira à classe média, trabalho transforma as usadas em instrumento musical - Divulgação

“Ordem e progresso é cheio de cadáver”. Esses dizeres estão posicionados na entrada do Museu Mineiro, espaço no centro de Belo Horizonte que, atualmente, abriga a exposição Até Quando?, organizada por um coletivo formado por mulheres com trajetória nas ruas. 

O grupo, que se transforma a cada encontro, leva o nome de Quando Coletivo, já que funciona por meio de experimentações artísticas que não exigem aptidões prévias e que evidenciam o diálogo, a troca e o imprevisível. 

A iniciativa surgiu em 2018 dentro do abrigo Maria Maria, espaço de acolhimento para mulheres em situação de rua da capital mineira. De lá para cá, cresceu como um organismo vivo e segue realizando atividades em diversos abrigos da cidade. O importante é a escuta, a liberdade e o respeito ao fluxo da vida.

A mostra é um recorte do que esse coletivo produz. As perguntas que a orientam são: até quando as pessoas em situação de rua serão tratadas como invisíveis? Até quando o silêncio será imposto a quem tem tanto a dizer?

“É um espaço nosso, criado por nós, onde podemos falar sobre qualquer coisa. Surgem, assim, vários temas dos nossos sonhos, das nossas lutas, do que já amos até aqui e o que queremos daqui para frente. Se ainda temos esperança e força para lutar, e nos nossos encontros a gente vê que sim, ainda estamos de pé. amos pela rua, amos por diversas situações, mas não estamos mortas. Não desistimos”, afirma Ana Pá, artista e integrante do coletivo.

A exposição

Nas exposições, cada uma das obras nasce de processos coletivos. Como o Fio da Vida, no qual cada participante teceu um novelo representando sua existência ou a de quem já se foi. Ou a instalação interativa Elogio de Despedida, que transforma o ato de escrever em um ritual de memória e partilha.

Mas o Quando Coletivo não está preso às paredes do museu. A rua continua sendo espaço de criação e de enfrentamento. Em ações como o Quando Clube, o grupo reivindica o direito ao lazer em territórios onde a exclusão é a regra. Com humor, arte e crítica, desmonta hierarquias e afirma presenças.

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As violências do cotidiano, os afetos negados e os corpos marcados pela ausência de cuidado também ganham forma. O toque, o abandono, o racismo estrutural e a violência doméstica são denunciados sem filtros, mas com poesia e potência.

“As obras não são feitas de forma rápida. Nós temos uma metodologia de encontros chamada ‘laboratório de arte autonomia’, que são os Labas. Conseguimos desenvolver com as meninas o conceito e elaborar junto o que a gente vai falar. Uma coisa que surgiu dentro do coletivo, por a gente trabalhar com mulheres em situação de vulnerabilidade social, é que perdemos algumas pessoas durante o processo”, explica Carla Onodera, produtora executiva do Quando Coletivo.

Essas obras, portanto, também homenageiam as mulheres que eram do grupo e que partiram, ou de forma violenta, ou pelos desafios da vida. 

Obras que denunciam

A expressão dessas mulheres é o que dá materialidade para todas as peças artísticas criadas pelo coletivo. Mesmo as frases soltas entre uma conversa e outra acabam ganhando outros contornos, como a expressão criada pela integrante Robertinha, que diz “ordem e progresso é cheio de cadáver”, que virou chamariz para uma das exposições artísticas. 

A fala era uma denúncia às mulheres que são enterradas como indigentes e que possuem seus direitos violados durante este processo, como no caso de pessoas trans que não são enterradas com seu nome social. 

A escultura chamada Servindo de desaforos também chama a atenção pela denúncia ao racismo e à subalternização da mulher negra, como explica Ana Pá.  

“Normalmente, em 90% dos casos, a mão de obra da mulher negra é o serviço doméstico. E, no serviço doméstico, a gente ouve alguns desaforos, com um punhado de desrespeito, de falta de educação. E, aqui [na obra], eu trouxe algumas lembranças desse período, que é meu em particular, como empregada doméstica”, detalha. 

Imagem: Divulgação

Como visitar?

A Exposição Até Quando? é realizada a partir da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte (LMC) e está aberta para visitação até o dia 29 de maio, no Museu Mineiro. 

SERVIÇO

Local: Museu Mineiro

Data:  de 10 de abril a 31 de maio 

Endereço: avenida João Pinheiro, 342 – Lourdes, Belo Horizonte

Horário: de 12h às 19h (terça-sexta)  e de 11h às 17h (fins de semana e feriado) 

Valor: entrada gratuita

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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