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Início Meio Ambiente

MONITORAMENTO

Apesar da redução, desmatamento ainda ameaça futuro da Mata Atlântica

Expansão da agropecuária é o principal vetor desse desmatamento

12.maio.2025 às 21h30
Atualizado em 13.maio.2025 às 13h50
Camila Boehm
|Agência Brasil
Apesar da redução, desmatamento ainda ameaça futuro da Mata Atlântica

As perdas do bioma permanecem altas e avançam sobre matas maduras, importantes para a biodiversidade e a regulação climática - Fernando Frazão/Agência Brasil

A área total desmatada no bioma da Mata Atlântica caiu 14% em 2024. No entanto, a perda das matas maduras – com maior biodiversidade e estoque de carbono – teve redução de apenas 2%. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica e do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) do bioma, divulgados nesta segunda-feira (12), pela Fundação SOS Mata Atlântica.

A redução registrada nos monitoramentos é considerada pequena diante do objetivo necessário, que é o desmatamento zero, conforme avaliou a SOS Mata Atlântica. As perdas permanecem altas, principalmente em áreas historicamente críticas, e avançam sobre matas maduras, que são insubstituíveis em biodiversidade e regulação climática.

O diretor executivo da fundação, Luís Fernando Guedes Pinto, avalia que o desmatamento ainda representa uma grande ameaça para o futuro do bioma. Ele pontuou que o bioma da Mata Atlântica abriga cerca de 70% da população brasileira e sustenta mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

“No contexto das crises globais do clima e da biodiversidade, das tragédias ambientais e das recorrentes crises hídricas no Brasil, a degradação da Mata Atlântica amplia o risco de colapso dos serviços ecossistêmicos essenciais à nossa qualidade de vida, à segurança alimentar e à economia do país”, disse Guedes Pinto.

O Atlas, que é coordenado pela fundação e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), acompanha fragmentos com mais de 3 hectares (ha) em áreas de mata madura. Seus registros apontaram que a perda na vegetação ou de 14.697 hectares em 2023 para 14.366 hectares em 2024, o que representa uma redução de 2% na área desmatada.

Ainda assim, tal desmatamento representa a emissão de cerca de 6,87 milhões de toneladas de CO2 equivalente, valor comparável às emissões anuais de Camarões ou do Distrito Federal brasileiro, conforme divulgou a SOS Mata Atlântica, sobre a perda de mata madura em 2024.

Já o SAD, parceria com o MapBiomas, que detecta também desmatamentos menores e enxerga áreas em regeneração, registrou queda de 14%. Foram 71.109 hectares desmatados em 2024 frente a 82.531 hectares do ano anterior. O total de alertas caiu de 7.396 para 5.693, mas a área média por evento subiu de 11,2 para 12,5 hectares. Esses dados indicam desmatamentos maiores e mais concentrados.

O Piauí e a Bahia lideram o ranking estadual, com, respectivamente, 26.030 e 23.218 hectares desmatados registrados pelo SAD.

Expansão agropecuária

De acordo com o SAD Mata Atlântica, a expansão da agropecuária em áreas privadas ainda é o principal vetor do desmatamento do bioma, respondendo pela maioria dos alertas em 2024. Apesar da redução da área desmatada em alertas menores que 50 hectares, as grandes derrubadas – acima de 50 hectares – permaneceram estáveis, o que elevou a área média suprimida por evento.

Os levantamentos mostram ainda que, em 2024, mais de 70% das áreas desmatadas estavam em terras privadas ou em áreas sem registro fundiário formal. Segundo a fundação, isso reflete a disputa fundiária e a necessidade de maior regularização e fiscalização.

Para impedir o desmatamento decorrente da expansão agropecuária, Guedes Pinto afirma que é preciso a aplicação da lei da Mata Atlântica e o respeito à legislação, que diz que o desmatamento do bioma só pode ocorrer em situações excepcionais de utilidade pública e de interesse social.

“A grande dificuldade é a prevenção e a fiscalização do desmatamento ilegal, que é a maior parte do desmatamento que ocorre na Mata Atlântica”, disse. “A outra dificuldade é que a gente ainda financia a agropecuária que tem desmatamento ilegal, isso está avançando aos poucos, mas basicamente a gente não tem nem o Estado nem o setor privado fazendo o seu papel de impedir que cheguem recursos para agricultura ilegal, para o desmatamento ilegal e que penalize, fiscalize e puna quem não está respeitando a lei”, acrescentou.

Desastres ambientais

No Rio Grande do Sul, os dados revelaram aumento do desmatamento, causado principalmente pelos deslizamentos decorrentes das chuvas de maio do ano ado. Os eventos classificados como desastres naturais responderam pela maior parte dos 3.307 hectares desmatados no ano, naquele estado. Em 2023, a área desmatada total foi de 962 hectares.

Considerando o desmatamento por causas naturais em 2024, os deslizamentos foram a principal fonte de perda no bioma, apontou Guedes Pinto. Os deslizamentos de terra acontecem devido a chuvas muito intensas, em um período de tempo muito pequeno, em áreas de risco de deslizamento. Em geral, essas áreas de risco têm alta declividade, como serras e morros.

Exemplos disso são a região serrana do Rio Grande do Sul, a Serra do Mar em São Paulo e as serras do Rio de Janeiro.

“São regiões com declividade muito alta e solo raso, a rocha está muito perto da floresta. Se chove muito, o solo fica saturado de água, mais do que tem a capacidade de reter ou de escoar, e então esse solo desliza, escorrega e junto vai a floresta que está em cima. E fica aquela imagem daquele solo exposto nos morros de onde a floresta escorregou,” explicou.

Os eventos climáticos extremos também impactaram áreas protegidas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

“É urgente ampliar o foco da proteção ambiental. O desmatamento provocado por efeitos climáticos já é mensurável e ameaça até mesmo Unidades de Conservação. Se não houver ação coordenada entre proteção, uso da terra e adaptação climática, continuaremos repetindo a equação do desastre”, alertou Guedes Pinto.

Editado por: Valéria Aguiar
Conteúdo originalmente publicado em Agência Brasil
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