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Início Bem viver

PROGRAMA BEM VIVER

Luedji Luna: capitalismo nos levou a um nível de individualismo em que ser mãe ‘não tem valor’

Cantora foi entrevista na edição do Bem Viver deste sábado (10), especial dia das mães

10.maio.2025 às 15h22
Atualizado em 12.maio.2025 às 11h05
São Paulo (SP)
Lucas Salum

Em 2020, os fãs esperavam um novo álbum de Luedji Luna. A cantora, por sua vez, anunciou que estava grávida. 

Após o sucesso de Um Corpo no Mundo, trabalho de estreia da artista baiana, o público foi surpreendido pela notícia de que antes de um novo trabalho, a artista seria mãe.

“Eu sentia as pessoas falarem: ‘como é que ela, no auge, depois de ter lançado um “discão”, e a gente esperando outro [disco no mesmo patamar], todo mundo falando dela, no melhor momento da carreira dela, jovem, bonita, prosperando, como é que, nesse momento, ela vai ser mãe?’”, revela a cantora em entrevista ao Bem Viver , programa do Brasil de Fato, desta semana.

O programa celebra o Dia das Mães mostrando os desafios que essa data traz como reflexões para a sociedade, como o descrito por Luedji Luna.

Além disso, a cantora relata como foi superar os receios que tinha de trazer ao mundo mais uma criança negra em um país com tanta dificuldade de combater a violência contra essa população.

Luedji Luna afirma que, assim como foi o caso dela, seu filho também é um “projeto político”.

“Não à toa, eu segui a tradição da família e dei o nome africano para ele Dayo Oluwadamisi . Dayo é um nome banto que quer dizer ‘alegria chegou’. E Oluwadamisi é ioruba e quer dizer que ‘Deus protege a minha vida’.”

Na edição deste sábado (10), o Bem Viver também conta a luta por reconhecimento das doulas no país, a história do Quilombo da República, em Belém do Pará, a parceria agroecológica do MST com a Venezuela e muito mais. 

Confira a entrevista na íntegra

Bem Viver na TV: Como foi a Luedji filha?

Luedji Luna: Eu fui uma filha planejada, uma filha querida, uma filha desejada. Eu sou a primeira filha desse casal de jovens que se conheceram num contexto dos movimentos sociais.

Minha mãe estudou economia, meu pai estudou história, e eles se conheceram nesse contexto da militância, da construção do PT, do movimento negro lá da Bahia.

Então, eu fui mais do que uma filha, eu fui um projeto político deles. Não à toa, eles me deram esse nome que é o nome africano, o nome de uma rainha africana.

A minha mãe foi uma mãe super protetora, super controladora. Acho que pelo fato de [eu] ser menina, né? E aí a gente pode buscar os traumas, as próprias experiências que ela ouviu falar, ou que ela mesma vivenciou com relação à violência, ao controle do corpo feminino, a violência do corpo feminino. 

Tem também o fator raça, porque também eu era a única ou uma das poucas estudantes negras num colégio particular, isso já me colocava num lugar de solidão. 

E aí tinha essa mãe que era super protetora, que não confiava em ninguém, não me deixava me relacionar e também me educou no sentido da desconfiança, sabe? 

E no caso do seu filho, o Dayo, ele foi planejado? 

Eu conheci o Zud [rapper Zudizilla] no contexto de trabalho, eu fiz um projeto que envolvia o rap, que eu convidei alguns MCs e o Zud era um desses participaram do EP, e depois a gente fez um circuito de shows pelos Sesc do estado de São Paulo.

Nessas viagens aconteceu um flerte, um namorico ali, que foi indo depois. Ficamos meses nessa história de namorar, de viver esse romance e foi muito rápido… nós amamos sem proteção, mas na verdade eu já estava querendo ser mãe. 

Eu digo pra ele que eu dei um golpe [risos], eu achei um distraído e dei um golpe.

Eu queria muito ser mãe e eu falava isso com ele, mas não foi assim uma história linear, tradicional que namoramos por anos, depois a gente noivou, depois a gente casou, a gente planejou o primeiro filho e assim foi… não.

Eu sinto que foi muito instintivo, eu queria ser mãe, eu me achava pronta.

Eu era muito magra, eu lembro que eu era muito magra e de repente eu tava com seios maiores, uma anca maior, parece que meu corpo foi enchendo, se preparando para receber essa criança.

E quando você anunciou a gravidez, qual foi a reação do público?

Eu sentia as pessoas falarem: “como é que ela, no auge da vida pública dela, depois de ter lançado um puta discão, a gente esperando algo do mesmo patamar, ou maior, todo mundo falando dela, no melhor momento da carreira dela, jovem, bonita, prosperando na carreira, como é que, isso nesse momento, ela vai ser mãe?”

“Isso aí é demodê, isso daí não tem valor mais.”

Então isso me pegou muito nesse lugar, quando eu recebi. Foram poucas críticas, que às vezes não é uma crítica direta, mas é uma crítica velada, que vem com uma cara do tipo “que brega, ser mãe”. “Eca.”

Eu sinto que a gente chegou num nível de individualismo, de ambição que  supervalorizou tanto essa lógica de que o trabalho estar acima de tudo, de que o meu valor está ligado com o que eu produzo – que é isso que o capitalismo quer, que a gente se sinta mais potente, se envaideça a partir do que a gente produz – e a gente esquece que a gente não é só isso.

Antes de tudo isso existe um valor fundamental que é o amor, que é o amor que nasce da relação de duas pessoas, que é o amor que nasce dessa relação e da escolha de colocar alguém no mundo.

Essa escolha demanda da gente outros sentimentos, que não esses, que é o sentimento do altruísmo, que é o sentimento da generosidade, que é o sentimento da empatia.

Você disse que você foi um projeto político dos seus país. E Dayo, é um projeto político seu?

Ele é, sim, um projeto político. Não à toa, eu segui a tradição da família e dei o nome africano para ele Dayo Oluwadamisi

Dayo é um nome banto que quer dizer “alegria chegou”. E Oluwadamisi é ioruba e quer dizer que “Deus protege a minha vida”.

E por que eu dei esse nome pra ele. Ele ia se chamar apenas Dayo apenas. 

[Mas] quando eu soube que ele ia ser um menino negro, e depois um homem negro, eu senti no coração que eu precisava de mais uma proteção. Porque eu sou do candomblé e pra mim a palavra tem poder, a palavra anima as coisas.

Então eu sentia que eu precisava dar um nome que protegesse ele. Além da proteção que eu mesma daria, eu queria um nome que protegesse, que ele já nascesse com essa essência da proteção. 

Então, minha avó ou isso para a minha mãe, minha mãe ou isso para mim e o Dayo está nas minhas orações.

Eu sinto que ele é protegido, que é algo que a maternidade dá. Eu sinto que eu sou protegida pelas rezas da minha mãe e eu protejo meu filho a partir das minhas orações também.

Quando e onde assistir?

No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.

Na TVT: sábado às 13h; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.

Na TV Brasil (EBC), sexta-feira às 6h30.

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital. 

Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET. 

Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET. 

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital. 

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET. 

TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17. 

Sintonize

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil de Fato. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo. Além de ser transmitido pela Rádio Agência Brasil de Fato.

O programa conta também com uma versão especial em podcast, o Conversa Bem Viver , transmitido pelas plataformas Spotify, Google Podcasts, iTunes, Pocket Casts e Deezer.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para ser incluído na nossa lista de distribuição, entre em contato por meio do formulário.

Editado por: Douglas Matos
Tags: agroecologiaarte e culturaluedji lunamstmudanças climáticasmúsica
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