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Tiro no pé?

Chevron diz que saída da Venezuela prejudicará EUA; Caracas afirma que ‘contratos serão cumpridos’

Petroleira dos EUA diz que decisão do governo Trump beneficiará a China

06.maio.2025 às 14h36
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Trump suspende licença para petroleira Chevron atuar na Venezuela e critica ‘demora nas deportações’

- Getty Images via AFP

Faltando 21 dias para a saída da petroleira Chevron da Venezuela, o diretor executivo da empresa, Mike Wirth, disse que essa operação será prejudicial para os Estados Unidos e favorecerá a China no mercado global. De acordo com ele, se a companhia deixar o país, vai haver um vazio na compra de petróleo venezuelano que será ocupado por russos e chineses.

“Somos a única empresa estadunidense que permanece em solo venezuelano. Se saíssemos, como outros fizeram, a produção de petróleo continuaria, e as empresas americanas seriam substituídas por empresas de outros países, e historicamente, essas têm sido empresas chinesas, russas e outras que não são necessariamente do interesse dos EUA em nosso hemisfério”, disse em entrevista à Fox News.

A Casa Branca determinou em março que a Chevron teria 30 dias para encerrar suas operações na Venezuela. Esse prazo foi prorrogado até 27 de maio. A medida autoriza que a petroleira realize transações “ordinárias e necessárias” antes de encerrar as atividades. 

A nova atualização, no entanto, mantém a decisão de proibir que a Chevron exporte petróleo venezuelano, tenha negócios e sociedade com a petroleira estatal PDVSA, pague impostos ou royalties para o governo da Venezuela e realize transações com empresas russas que tenham sede na Venezuela ou com pessoas já sancionadas pelos EUA.

A ordem executiva começou a valer a partir de 4 de março. Com isso, o governo Trump substitui a licença 41, emitida em 26 de novembro de 2022 pelo ex-presidente Joe Biden, que autorizou a atuação da Chevron em território venezuelano depois de cinco anos de bloqueio contra o setor petroleiro da Venezuela.

Wirth disse que a saída da Chevron “afetaria a segurança energética dos EUA”, já que as refinarias do Golfo do México foram projetadas para processar petróleo venezuelano. Ainda segundo ele, essa decisão de deixar alguns mercados já mostrou que o único resultado é o aumento da presença chinesa nesses lugares.

“Já vimos essa mesma abordagem antes na África, América Latina e Ásia Central. E a China criou uma presença e influência mais fortes usando seus ativos econômicos e sua posição. A China é o maior comprador de petróleo venezuelano hoje, e autoridades do governo venezuelano estiveram na China recentemente, incentivando a China a comprar mais. As políticas podem levar ainda mais desse comércio para a China”, disse.

A reunião a que ele se refere foi realizada pela vice-presidente da Venezuela e ministra do Petróleo, Delcy Rodriguez, com o vice chinês, Han Zheng, e o presidente da China National Petroleum Corp., Dai Houliang. De acordo com a Bloomberg, no encontro realizado na semana ada, em Pequim, a venezuelana pediu que os chineses comprassem mais petróleo do país e ajudassem a fornecer diluentes para ajudar no processamento e exportação do produto.

Ainda de acordo com o jornal, o governo chinês pediu descontos maiores para a compra do petróleo. A China hoje participa da compra de petróleo venezuelano por meio de triangulações para evitar o bloqueio dos EUA. Ou seja, o produto é comprado por uma empresa terceira e reado ao mercado asiático. No entanto, esse modelo para driblar as sanções faz com que o petróleo seja vendido com um preço muito abaixo do mercado. 

“Contratos serão cumpridos”

O governo venezuelano aproveitou a declaração de Wirth para afirmar que continuará a produção nos campos de petróleo ocupados pela Chevron. De acordo com Delcy Rodríguez, o país vai seguir cumprindo os “compromissos contratuais” que foram firmados com qualquer empresa e que pretende também ampliar a produção petroleira. 

“Queremos reafirmar que a Venezuela garante o cumprimento integral de seus compromissos contratuais com a Chevron. Em qualquer circunstância, esses campos de petróleo não só continuarão produzindo, mas também aumentarão sua produção, garantindo sua comercialização em benefício da nação venezuelana”, disse em comunicado.

Em seu programa de televisão semanal, o presidente Nicolás Maduro reforçou a declaração de Rodríguez. De acordo com ele, os danos serão não só da sociedade venezuelana, mas também de uma empresa que atua há 100 anos no país. 

“É um absurdo. Se uma empresa está indo tão bem na Venezuela, que razão legal e política para fazer o que está fazendo com a Chevron? Os trabalhadores têm a capacidade de manter esses campos de petróleo produzindo. Ninguém vai parar a Venezuela. A única que eles estão prejudicando é a Chevron. A Venezuela continuará seu caminho no setor petrolífero, produzindo e entregando produtos venezuelanos ao mercado internacional, o que nós garantimos”, disse durante o programa Con Maduro+.

Ainda de acordo com o presidente, os responsáveis por pedir sanções e a saída da Chevron são os líderes da extrema direita venezuelana. Ele se refere, principalmente, à ex-deputada ultraliberal María Corina Machado. Em resposta a Wirth, ela disse que achava “um absurdo” que a Chevron fizesse esforço para ficar na Venezuela e elogiou a postura de Donald Trump contra o governo venezuelano.

“Francamente, acho isso absurdo; não entendo. Acredito que as decisões e a estratégia do presidente Trump são absolutamente corretas e eficazes. Já estão funcionando. Maduro está na posição mais fraca de sua história”, disse.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em abril que aplicaria uma tarifa de 25% aos produtos de qualquer país que decidisse comprar petróleo venezuelano. A determinação abrange também países que compram petróleo venezuelano de maneira indireta, através de intermediários, a chamada triangulação. A sanção a qualquer país valerá por 1 ano.

O texto também afirma que o governo venezuelano presidido por Nicolás Maduro e o grupo criminoso Trem de Aragua representam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos”.

Chevron na Venezuela

A Chevron atua na Venezuela desde 1922, quando ainda se chamava Standard Oil. Naquele momento, a Venezuela era governada por Juan Vicente Gómez, que foi responsável por uma série de concessões a empresas petroleiras estrangeiras. As empresas petroleiras começaram a ter, ao longo do tempo, uma interferência cada vez maior na política da Venezuela

Hoje, a companhia é responsável por produzir 20% do petróleo venezuelano. A Chevron hoje exporta cerca de 240 mil barris de petróleo venezuelano por dia. A empresa teve lucro líquido de US$ 3,2 bilhões (mais de R$ 18 bi) no quarto trimestre de 2024, um aumento em comparação com US$ 2,2 bilhões no ano anterior.

A decisão dos EUA também foi tomada sete meses depois de a Assembleia Nacional venezuelana ter aprovado a prorrogação por 15 anos da atuação da empresa mista que possui com a estadunidense, a Petroindependência. A companhia pertence majoritariamente à PDVSA (60%), mas tem participação de 34% da Chevron. De acordo com a lei de hidrocarbonetos da Venezuela, as empresas mistas devem pagar 33% de royalties para a PDVSA e 50% de imposto de renda para o Estado.

A empresa tem participação também em outras três empresas mistas nas quais ela é sócia minoritária da estatal venezuelana PDVSA: Petropiar, Petroboscán e Petroindependiente.

As medidas coercitivas unilaterais contra o setor petroleiro venezuelano começaram a ser emitidas em 2017 pelo próprio Donald Trump em seu primeiro mandato, mas, desde 2022, a Chevron tinha uma licença para atuar na Venezuela que contava com renovações automáticas. Essas renovações foram sendo cumpridas até hoje, mas serão interrompidas a partir de agora. Na época, a decisão de permitir esses contratos foi um alívio na política de “máxima pressão” exercida pelos Estados Unidos sobre a economia venezuelana.

As renovações automáticas foram sendo cumpridas até hoje, mas serão interrompidas a partir de agora. Na época, a decisão de permitir esses contratos foi um alívio na política de “máxima pressão” exercida pelos Estados Unidos sobre a economia venezuelana.

Tags: venezuela
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