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Dia da Educação

Educação gera emancipação popular e elite brasileira vê isso como ameaça, afirma professor da USP

Para Daniel Cara, falta de investimentos em problemas estruturais visam manter desigualdades no ensino público

28.abr.2025 às 20h05
São Paulo (SP)
Adele Robichez, José Eduardo Bernardes e Larissa Bohrer

Daniel Cara: "Mudanças estruturais na educação levem de oito a dez anos" - Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Em entrevista ao Conexão BDF , do Brasil de Fato, nesta segunda-feira (28), Dia Mundial da Educação, o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), criticou a forma como o Brasil lida com a educação. Segundo ele, a elite econômica brasileira nunca investiu de forma consistente no ensino público, por temer a emancipação popular.

“As elites econômicas brasileiras falam sobre educação, elas sabem a importância da educação, mas nunca fizeram muito para que de fato a educação se realizasse por um motivo que é estrutural: uma boa educação gera a emancipação das pessoas. Pessoas emancipadas vão criticar as estruturas de poder e vão querer participar do jogo de poder”, explica.

Cara apontou que, apesar de avanços em políticas públicas e leis, a implementação esbarra na precarização do trabalho dos professores, que são “o elo mais fraco da cadeia”. Salários congelados e condições precárias, especialmente em estados e municípios, mostram a falta de compromisso real com a valorização da carreira docente. “Mudanças estruturais na educação levem de oito a dez anos. Não temos pessoas à frente de governos estaduais e municipais com compromisso público, elas não se preocupam com o futuro, mas com a próxima eleição.”

Ele também criticou o impacto do novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso. Segundo o professor, o próprio Ministério da Fazenda reconhece que, a partir de 2027, o financiamento da educação e da saúde será inviabilizado caso as regras atuais não mudem. “Se o governo Lula 3 não romper com o neoliberalismo e não desagradar a Faria Lima em favor do povo brasileiro, corre o risco de não conseguir a reeleição. E isso é muito preocupante, porque não há alternativa melhor colocada hoje”, afirmou.

Problema da educação é econômico e social

Questionado sobre os dados do Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb), que mostram que o Brasil ainda não voltou ao patamar pré-pandemia de covid-19, Daniel Cara ponderou que o principal problema da educação brasileira não foi a suspensão das aulas presenciais, mas a crise econômica aprofundada pela crise sanitária.

“O problema da educação está relacionado a problemas econômicos. As famílias aram muitas dificuldades na pandemia, elas continuam ando dificuldades. Isso é um problema para os professores, mas também para as mães e pais de família. As crianças, em situação de necessidade em casa, acabam tendo dificuldade de aprendizado”, afirma.

Para o professor, o país precisa de mais investimento e políticas estruturadas para a recuperação educacional. Mas, sem crescimento econômico e prioridade política real para a educação, as dificuldades devem persistir. “Se tivéssemos um momento de crescimento econômico, uma gestão federal mais estruturada, isso não teria acontecido”, avalia.

Daniel Cara ainda alertou que fundações empresariais, como o Todos pela Educação, costumam ignorar essas questões estruturais e econômicas ao analisar a qualidade do ensino no Brasil. “Há um interesse em manter o debate educacional desconectado das questões de poder e de desigualdade.”

Brasil ‘não tem maturidade’ para celulares nas escolas

Durante a entrevista, Cara defendeu a regulamentação do uso de celulares em sala de aula. Para ele, embora o aparelho possa ter funções pedagógicas, a realidade brasileira exigia uma medida de contenção. “O Brasil não estava com maturidade para enfrentar essa questão [do uso de celulares nas escolas] porque existe um desgaste de educação, um desgaste nas relações educacionais e pedagógicas”, explicou.

Cara lembrou que iniciativas como o movimento Escola Sem Partido, liderado pela extrema direita, contribuíram para criar um ambiente de desconfiança e tensão entre professores, alunos e famílias. “O clima dentro das escolas está péssimo, e o celular de fato tira a atenção porque é um instrumento tecnológico imersivo: você só consegue prestar atenção no celular”, destacou.

Segundo o professor, apesar de resistências iniciais, a lei que restringe o uso de celulares nas escolas tem mostrado bons resultados em todo o país: “Acho que em algum momento ela vai desgastar, mas por enquanto tem funcionado e tem dado bons resultados. […] Foi uma lei necessária, e eu espero que continue funcionando”.

Editado por: Martina Medina
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