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NEOCOLONIALISMO

Panamá em greve: organizações populares rejeitam instalação de forças militares dos EUA

Sindicatos e movimentos protestam também contra reforma previdenciária

23.abr.2025 às 19h46
Atualizado em 25.abr.2025 às 11h01
Cidade do Panamá (Panamá)
Gabriel Vera Lopes
Panamá em greve: organizações populares rejeitam instalação de forças militares dos EUA

Marines estadunidenses em base no Panamá - Mauricio Valenzuela / AFP)

Os fantasmas de uma nova intervenção militar dos EUA no Panamá assombram, com força crescente, o país centro-americano, enquanto a resistência popular ameaça iniciar um novo ciclo de protestos sociais.

Nesta semana, o país foi sacudido pelo anúncio de uma greve geral por tempo indeterminado e por mobilizações contra os acordos do governo panamenho com Washington. Nesta quinta-feira (24), movimentos sociais e sindicais de todo o país estão anunciando greve geral por tempo indeterminado.

Assinado sob forte pressão dos EUA, o recente memorando de entendimento entre o governo do Panamá — liderado por José Raúl Mulino — e os Estados Unidos, que autoriza o envio de tropas estadunidenses para áreas próximas ao Canal do Panamá, provocou uma onda de indignação generalizada.

O acordo, revelado em 10 de abril após a visita do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hagel, permite a permanência de militares dos EUA em território panamenho, além de incluir exercícios militares e outras formas não especificadas de “cooperação”.

A revolta foi grande. Quem se afasta da zona financeira, repleta de arranha-céus imponentes — símbolos do paraíso fiscal e da desigualdade estrutural do país — encontra, nas ruas do Panamá real, a memória viva de um povo cuja história foi marcada, ao longo do século 20, pela resistência e pela luta contra a intervenção dos EUA. A história do povo panamenho é inseparável da batalha pela soberania plena do estratégico Canal do Panamá.

Da memória viva da resistência contra a sangrenta invasão dos EUA em 1989 até a epopeia dos mártires de 9 de janeiro de 1964 — quando um grupo de jovens estudantes ousou adentrar a Zona do Canal, então sob controle estadunidense, para exigir o cumprimento de um acordo que previa o hasteamento da bandeira panamenha ao lado da dos EUA na região, algo que as autoridades do país da América do Norte se recusaram a aceitar.

Naquele dia, hoje lembrado como o Dia dos Mártires, esses estudantes — com idade média de apenas 17 anos — foram violentamente reprimidos, gerando uma onda de indignação que levou a grandes protestos e confrontos com as tropas dos EUA. A resposta veio a tiros, deixando 21 panamenhos mortos (entre eles, estudantes) e centenas de feridos.

Diante desse cenário, organizações sociais e sindicatos panamenhos decidiram convocar protestos nesta semana contra as políticas do governo de José Raúl Mulino. As mobilizações foram acordadas em uma reunião no sábado, 12 de abril, com participação de sindicalistas, ativistas sociais e lideranças estudantis.

“Um só território, uma só bandeira”

Historicamente, o movimento popular panamenho tem travado uma luta pela soberania nacional plena, simbolizada na exigência de que apenas a bandeira do Panamá tremule em território nacional, sem dividir espaço com a bandeira dos EUA. Essa reivindicação tem um peso ainda maior quando lembramos que, durante quase todo o século 20, os Estados Unidos controlaram o estratégico Canal do Panamá e suas áreas vizinhas. Essa batalha está sintetizada no tradicional slogan Um só território, uma só bandeira, que ainda ecoa nos protestos populares.

“Esse governo está completamente subordinado ao governo do Trump. O pior é que ninguém perguntou aos panamenhos: ‘Vocês querem bases militares? Concordam com o que foi assinado?’”, denuncia Alberto Díaz Ramos, professor e dirigente sindical da Associação do Movimento Sindical de Educadores da República do Panamá (ASOMOGRERP), ao Brasil de Fato.

“Pelo contrário, o presidente Mulino saiu por aí defendendo essa decisão com mentiras. Estão entregando locais que antes pertenciam ao exército estadunidense e que, depois dos anos 2000, foram recuperados pelo povo panamenho. Agora, segundo as próprias declarações dos EUA, essas bases estão sendo devolvidas ao governo estadunidense” acrescentou.

Professores em todo o país foram os primeiros a aderir à greve geral. Na quarta-feira (23), na Cidade do Panamá, eles se reuniram na Igreja do Carmo para debater o que chamam de “os pontos mais críticos” da polêmica Lei 462 – uma reforma do sistema previdenciário imposta pelo governo Mulino que já provocou ondas de protestos em todo o país.

Alberto Díaz Ramos explica que as principais reivindicações dos professores, com outros setores sindicais, são a “revogação imediata da Lei 462” e a “defesa da soberania nacional”.

“Pelo que estamos lutando? Pelo fim da Lei 462, que condena os trabalhadores a aposentadorias miseráveis, e por um Panamá totalmente soberano. Nosso país é um só território, e deve ter uma única bandeira. Os EUA não podem arrastar o Panamá para sua política repressiva contra outras nações”, afirma.

A resistência contra a reforma da previdência já teve um episódio marcante em 12 de fevereiro, quando milhares de panamenhos foram às ruas em um dia histórico de protestos. Na ocasião, as manifestações – lideradas por sindicatos, movimentos populares e estudantes – foram violentamente reprimidas, resultando em mais de 480 presos e pelo menos 16 feridos graves.

Desde então, o governo Mulino instaurou um clima de repressão no país, que inclui perseguição a sindicatos — como o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção e Similares (SUNTRACS), que teve suas contas bancárias congeladas pelo governo numa tentativa de sufocá-lo financeiramente — além de diversas ações repressivas nas universidades.

Ao Brasil de Fato, o líder estudantil Eduardo García denuncia que a Polícia Nacional está intimidando estudantes e que, em várias ocasiões, invadiu a Universidade do Panamá lançando bombas de gás lacrimogêneo.

“O movimento estudantil, que hoje está na linha de frente defendendo nossa pátria, sofre forte repressão e assédio por parte da Polícia e da Guarda Nacional. Eles nem sequer nos permitem sair dos arredores da universidade para conversar com nossos colegas ou informar a população sobre o que está acontecendo com nossa autodeterminação. Não aceitamos a volta de quatro bases militares em nosso país, e por isso vamos continuar lutando — porque não vão conseguir nos amedrontar.”

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
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