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Yaroslav Lisovolik

Sul Global deve apostar em regionalismo contra as crises vindas do Norte, diz economista russo Yaroslav Lisovolik

Blocos como Mercosul tem mais capacidade e interesse em ajudar seus membros do que instituições como FMI

10.abr.2025 às 14h23
São Paulo (SP)
Rodrigo Durão Coelho
Sul Global deve apostar em regionalismo  contra as crises vindas do Norte, diz economista russo Yaroslav Lisovolik

Yaroslav Lissovolik foi um dos 70 intelectuais, líderes políticos e de movimentos do campo progressista reunidos em SP - Pedro Stropasolas

A saída para preservar o controle sobre as riquezas do Sul Global e a região se proteger das crises sistêmicas vindas do mundo desenvolvido é o regionalismo econômico, tendo o Brics como ferramenta ideal para isso. A opinião foi emitida pelo economista russo Yaroslav Lisovolik nesta sexta-feira (10), último dia da conferência Dilemas da Humanidade: Perspectivas para Transformação Social, realizada em São Paulo (SP).

Na mesa Nova Arquitetura Financeira, que discutiu alternativas ao uso exclusivo do dólar no sistema financeiro mundial, Lisovolik explicou que o sistema atual não oferece proteção para as crises globais, como a do subprime de 2008, a da pandemia e a atual, criada pela ameaça de tarifas de Donald Trump. Ele argumenta que o papel exercido hoje por instituições criadas na conferência de Brett Woods em 1944 (FMI e Banco Mundial) e controladas por interesses das grandes economias ocidentais deveria ser diluído de forma mais regional. Mas como?

“Na minha opinião, é o regionalismo. Blocos regionais no sistema financeiro e no sistema comercial que podem apoiar a arquitetura econômica global. Muitos se referiram à importância de reunir os recursos do Sul Global em nível regional e, por meio dessa agregação, criar plataformas que tenham uma maior influência e impacto na economia mundial”, disse.

Lisovolik explica que iniciativas regionais como o Mercosul e a União Africana – que aderiu ao G20 como bloco – têm muito mais poder de negociação do que nações individuais, além de capacidade e intencionalidade de levar progresso aos seus membros do que instituições cada vez mais fracas e obsoletas como a Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Fundos regionais têm muito mais conhecimento de questões locais específicas, informações sobre economias locais”, explica. “Este nível de governança tornaria tudo mais estável. Tenho defendido a formação de um G20 regional, que reúna blocos de integração regional com maior representação do Sul global e maior inclusão para economias menores nessa plataforma global.”

“Essas plataformas regionais estão revertendo a desorganização cumulativa — regiões mais desenvolvidas estão se tornando mais avançadas e as desfavorecidas não estão alcançando tanto sucesso — novas plataformas precisam lidar com essa questão. Entre os benefícios dessas plataformas regionais estão maior inclusão, menos politização, as instituições regionais seriam menos politizadas, menos imersas em questões políticas reais.”

Brics

Yaroslav Lisovolik sugere que esses bancos e plataformas regionais poderiam ser ligadas ao Brics. “Falando de bancos regionais de desenvolvimento ou acordos regionais de financiamento, isso poderia ser unido aos países do Brics, abrindo possibilidades para economias de pequeno e médio porte participarem dessas plataformas e o BRICS+ seria um formato que poderia abrir possibilidades para mais países. O NBD [ banco do Brics, presidido por Dilma Rousseff] poderia ser o nó de coordenação para bancos regionais de desenvolvimento.”

Lisovolik explica que a proposta NDB+ envolve um círculo de parceiros e instituições aliadas que incluiria, em primeiro lugar, bancos regionais de desenvolvimento do Sul Global. “Inclui uma gama mais ampla de instituições para ajudar a cofinanciar necessidades significativas de desenvolvimento de países em desenvolvimento. O NDB parece estar caminhando nessa direção: criação de centros regionais e possibilidade de ampliar projetos de investimento.”

O economista considera que o mundo caminha para uma ordem multipolar e o momento oferece oportunidade única para o Sul Global participar da governança global, “representada por instituições regionais”. “Seja Mandela sonhando com uma África unida, Bolívar com uma América Latina unida, muitas escolas de pensamento no Sul Global podem vislumbrar a criação e o progresso de uma governança do Sul Global, assumindo o controle de seus recursos, que está intimamente relacionado à esfera financeira.”

Entre as propostas defendidas pelo economista, estão a criação de plataformas para fundos soberanos, a criação de um mecanismo completo para apoio financeiro integral às economias em desenvolvimento, a integração regional do Sul Global, projetos regionais importantes e moedas regionais no Sul Global. “Promover mecanismos de pagamento alternativos – bancos centrais com moedas digitais. O círculo de aliados do NDB+ permite o cofinanciamento de projetos prioritários de larga escala do Sul Global.”

Ele aponta que uma das ideias em discussão dentro do Brics nesse sentido é a bolsa de grãos, uma “alternativa às bolsas existentes nesse setor no mundo desenvolvido”. “Um grupo de trabalho foi recentemente formado para liderar esse esforço dentro do Brics, de criação de plataformas para a produção de fertilizantes. Talvez outra modalidade dessas plataformas para a proteção desses recursos, florestas tropicais,etc.”

O encontro

São Paulo (SP) sediou entre os dias 7 e 10 de abril, um dos maiores encontros do campo progressista mundial: a conferência Dilemas da Humanidade: Perspectivas para Transformação Social para discutir saídas para a atual crise do capitalismo. Mais de 70 intelectuais, líderes políticos e de movimentos sociais de todo o mundo estarão reunidos no evento que acontecerá na PUC-SP e no Sesc Pompeia.

A conferência foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e a Assembleia Internacional dos Povos (AIP). Em sua quarta edição, o encontro discutiu e propôs soluções econômicas e sociais concretas para as diversas crises causadas pelo capitalismo e pelo neoliberalismo em todo o mundo, além de atuar no combate à fome, às desigualdades sociais e à crise ambiental.

As conclusões dos três dias de debates devem ser apresentadas em seu fechamento, na tarde de quinta-feira, por João Pedro Stedile (MST) e a economista Juliane Furno. A conferência é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e a Assembleia Internacional dos Povos (AIP).

Editado por: Leandro Melito
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