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REFORMA AGRÁRIA

Cerca de 400 famílias do MST ocupam área da CEEE Transmissão em Triunfo (RS)

Ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária do MST lançada em 1º de abril

10.abr.2025 às 08h33
Atualizado em 11.abr.2025 às 15h32
Triunfo (RS)
Redação
Cerca de 400 famílias do MST ocupam área da CEEE Transmissão em Triunfo (RS)

Movimento Sem Terra reivindica o assentamento das famílias que estão há mais de 10 anos acampadas no RS - Foto: Victor Frainer

Matéria atualizada dia 11 de abril, às 11h30, com posição do Governo do Estado do RS.

Ainda estava escuro, quando 400 famílias entraram na madrugada desta quinta-feira (10) em uma área de 1,7 mil hectares da CEEE Transmissão, na cidade de Triunfo (RS). A área servia para plantação e tratamento de eucalipto para os postes. A Brigada Militar já está no local.

Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a área está abandonada e sem cumprir sua função social. “As estruturas dos prédios e galpão estão degradadas e houve roubo de transformadores e fios de cobre”, destacam.

Famílias chegaram de madrugada na área – Foto: Victor Frainer

O acampado em Tupanciretã e integrante da direção estadual do MST Marlon Rodrigues afirma que após um ano das enchentes ainda não houve retorno do governo do estado sobre o reassentamento das famílias que tiveram suas casas e lavouras alagadas em Eldorado do Sul. “Também estamos aguardando do governo federal as soluções para o assentamento das famílias que estão há mais de 10 anos acampadas no RS.” Estão cadastradas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/RS) 1.604 famílias que aguardam por assentamento.

“Nós temos projeto de recuperação dessa área, através da agroecologia, que vai muito além da plantação de eucaliptos e criação de gado clandestino. E nossos assentamentos da região metropolitana são exemplos da nossa capacidade de produção agroecológica”, afirma.

Hoje o MST está com cinco acampamentos montados no estado, em o Fundo, Charqueadas, Tupanciretã, Hulha Negra e Encruzilhada do Sul.

MST é recebido pelo governo do estado

Em audiência na noite desta quinta-feira (10), após a desocupação da área no final da manhã, o governo do estado informou que a antiga Usina de Beneficiamento de Postes e Horto Florestal Renner da CEEE-D, em Triunfo, é uma área avaliada para se tornar um assentamento.

Segundo a secretária de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Danielle Calazans, isso só não foi possível porque existe um laudo técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) atestando contaminação no solo e água subterrânea, mas que irá solicitar um novo laudo.

O laudo de 2020 afirma que investigações ambientais realizadas a partir de 2004, prestaram contas de contaminação no solo e água subterrânea, além de tonéis com resíduos perigosos enterrados. “No ado, a área já sofreu intervenção, com remoção de resíduos e solo contaminado em 10 áreas consideradas as fontes ativas primárias de contaminação, sendo eles encaminhados para incineração, aterro industrial ou siderurgia, conforme sua tipologia. A área vem sendo semestralmente monitorada desde então, tendo sido solicitada pela Fepam a realização de Investigação Ambiental Detalhada na área central da usina, no entorno do poço cacimba e junto à área do aterro de resíduos no talhão 05, do horto florestal.”

O espaço foi utilizado no ado no beneficiamento de postes, operada pela CEEE no período compreendido entre os anos de 1960 e 1997, com uso de produtos químicos para a preservação de postes e produtos derivados de madeira. Entre os anos de 1998 e 2005 a unidade foi operada pela AES Sul Florestal, permanecendo fechada após este período, sendo a posse da área devolvida, por decisão judicial, para a CEEE no ano de 2006.

Direção do MST foi recebida em audiência na noite desta quinta-feira (10), após a desocupação da área no final da manhã – Foto: Katia Marko

A secretária também se comprometeu em buscar novas possibilidades de áreas no estado e a chamar uma nova reunião até final do mês. Também participaram da reunião o secretário-adjunto da pasta, Bruno Silveira, e o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Carlos Gomes. Além dos deputados estaduais, Adão Pretto Filho (PT) e Matheus Gomes (Psol), que acompanharam a negociação com a Polícia de Choque da Brigada Militar durante toda a manhã.

Adão Pretto Filho, que é presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ressaltou ainda para os representantes do governo do estado a ação ostensiva da Brigada Militar durante ocupação do MST, em Triunfo, nesta quinta-feira (10).

“A ocupação foi ordeira, sem violência. E o que o governo do estado faz? Envia batalhão de choque. Estamos falando de famílias inteiras, com mulheres e crianças, em uma manifestação ordeira. A presença da tropa de choque só deixa o ambiente hostil, quando o que se busca é diálogo e solução para essas famílias. É um aparato desproporcional. Na condição de presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, e de parlamentar que defende o MST, eu repudio a postura do governo do estado”, afirmou Pretto.

Na avaliação da direção do MST, a negociação não avançou desde que foi conversado com o governo do estado no ano ado, após a enchente, para o reassentamento de famílias de Eldorado do Sul e a criação de novos assentamentos. Além disso, foi repudiada a ação ostensiva da Polícia de Choque na desocupação da área pela manhã.

Incra tem cadastradas 1.447 famílias em seis acampamentos

Em nota, o Incra-RS informa que seu cadastro computava, em março deste ano, 1.447 famílias em seis acampamentos. “A autarquia está consolidando dados de ações de recadastramento realizadas em abril em dois acampamentos, com a inclusão de novas famílias e a exclusão de ausentes, com indicativo de redução do número geral”, acrescentou.

O instituto destacou que, além de áreas ofertadas e avaliadas, que aguardam disponibilidade orçamentária, tem feito a gestão para incorporação de áreas não onerosas. “Recentemente (7/3), o governo federal desapropriou um imóvel rural de 125 hectares em Cruz Alta, onde já vivem 12 famílias, para incorporação ao Programa Nacional de Reforma Agrária. O Incra/RS aguarda imissão na posse para criação do assentamento.”

Ocupar, para o Brasil alimentar

Desde o dia 1º de abril já foram realizadas 23 ações em 10 estados na jornada nacional de lutas – Foto: Victor Frainer

Com o lema “Ocupar, para o Brasil alimentar”, desde o dia 1º de abril já foram realizadas 23 ações em 10 estados. Foram mobilizadas cerca de 10 mil famílias que pedem o direito à reforma agrária e fomento para a produção da agricultura familiar.

As ações de protesto e ocupações de latifundiário ocorreram nos estados do Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso.

A Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária segue em curso no mês de abril, até o próximo dia 17, Dia Internacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que marca os 29 anos do Massacre de Eldorado do Carajás. Crime executado pela Polícia Militar a mando do fazendeiro Ricardo Marcondes de Oliveira, deixando 21 trabalhadores Sem Terra assassinados e 69 pessoas mutiladas, durante uma marcha na BR-155, no Pará.

O lema da jornada deste ano remete a alta no preço dos alimentos. Segundo o MST, esta alta afeta, principalmente, a população mais pobre, que destina uma parte maior do que os ricos para alimentação. “Em março, o tomate subiu 12,57%, a melancia 15,08%, o ovo de galinha 19,44% e o café moído 8,53%. Mesmo o Brasil sendo o grande produtor de soja e boi, o óleo subiu 29,2% e a carne 20,8%”, afirma o movimento.

O MST avalia que as medidas adotadas pelo governo federal para tentar conter a alta, como medidas ligadas à isenção de impostos para importação e aumento do valor do Plano Safra para o agronegócio, são insuficientes, pois não atacam a raiz do problema.

“O campo brasileiro está controlado pelo agronegócio, cujo objetivo é o lucro por meio da venda de commodities. Esta alta dos preços não é ageira, mas apresenta uma tendência de crescimento. Entre 2012 e 2024, as frutas subiram 299%, hortaliças e verduras 246%, cereais, legumes e oleaginosas 217%, e tubérculos, raízes e legumes 188%. Este é um cenário que permanecerá enquanto o agronegócio for o modelo hegemônico no campo brasileiro.”

Movimento aponta medidas para a crise do preço dos alimentos

Segundo o movimento, as ocupações denunciam o cenário no qual o agronegócio lucra com a fome e a pobreza do povo brasileiro – Foto: Victor Frainer

Na visão do MST, a saída para a crise do preço dos alimentos a por medidas estruturais, de médio e longo prazo, que ataquem a origem do problema. “Por isso, a Reforma Agrária Popular é uma política necessária e urgente para reverter este cenário.”

O movimento defende que o governo invista massivamente na produção da agricultura camponesa, responsável pela produção da maioria dos itens que chegam à mesa do povo brasileiro. “É o investimento nesta agricultura que poderá assegurar preços baixos. Em especial, ampliar significativamente os investimentos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).”

Além disso, o MST acredita que o governo também deve assegurar a ampliação da área da agricultura camponesa destinada à produção de alimentos. “Novas áreas de assentamentos, por exemplo, são essenciais para garantir o aumento do alimento produzido que chega à mesa das famílias.”

Outra proposta é que o governo deve restabelecer a política de formação de estoque de alimentos. “Esta medida é fundamental, principalmente, para a população mais pobre, em especial aquelas atendidas por programas sociais.”

Segundo o movimento, as ocupações denunciam este cenário no qual o agronegócio lucra com a fome e a pobreza do povo brasileiro. Os sem-terra reafirmam que a Reforma Agrária Popular deve ser encarada como uma política urgente e necessária para combater essa mazela e desenvolver um campo voltado, efetivamente, à produção de alimentos saudáveis.

Editado por: Katia Marko
Tags: agroecologiamst
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