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Início Bem viver Agroecologia

Resistência

‘Terra para os que nela trabalham’: luta em defesa dos territórios marca acampamento de mulheres na Bahia

Na sua 14ª edição, encontro reuniu cerca de 600 mulheres em Salvador, na Bahia

01.abr.2025 às 21h01
Salvador (BA)
Lorena Carneiro
‘Terra para os que nela trabalham’: luta em defesa dos territórios marca acampamento de mulheres na Bahia

O encontro foi organizado por mais de 20 entidades e movimentos populares de todo o estado - Comunicação Acampamento das Mulheres do Campo e da Cidade

Impulsionadas pelo sonho de uma sociedade mais justa, cerca de 600 lutadoras populares se reuniram na Escola Parque, em Salvador (BA), para o 14º Acampamento Estadual das Mulheres do Campo e da Cidade. Com o lema “Mulheres em luta, em defesa dos nossos corpos e territórios, contra o agronegócio e pelo Bem Viver”, o encontro foi realizado entre os dias 28 e 30 de março e debateu temas como saúde mental, violência, agroecologia e organização popular.

Mais de 20 movimentos sociais e entidades se articularam na construção do encontro, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Em unidade, as mulheres buscaram expressar a força da luta popular frente a desafios comuns, como o enfrentamento ao agronegócio, ao racismo e à violência de gênero.

“Nós ousamos em construir esse espaço coletivo e unitário das lutas das nossas mulheres. Somos mulheres urbanas, mulheres rurais, mulheres das águas e mulheres das florestas. E entendemos que toda violência do patriarcado nos atravessa historicamente e atinge a todas nós”, aponta Jaziam Mota, do setor estadual de gênero do MST-BA.

Fabya Reis, Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia, também ressalta a pluralidade de vozes e a força das comunidades que compõem o acampamento.

“Quando nos reunimos, formamos uma grande teia: as mulheres sem terra, as mulheres da cidade e das periferias, a rede de mulheres negras, o movimento negro unificado, nossas companheiras indígenas e as mulheres evangélicas. Somos diversas, vindas de diferentes realidades, e é nessa diversidade que construímos nossa luta todos os dias”, salienta.

Terra para quem nela vive e trabalha

A discussão sobre defesa da terra e dos territórios foi um dos temas centrais do encontro, sobretudo no contexto de aumento da violência no campo em todo o estado. Enquanto as mulheres davam início à atividade, na sexta-feira (28), fazendeiros armados atacaram um acampamento do MST em Guaratinga, extremo-sul da Bahia. Dias antes, indígenas ocupavam rodovias no sul do estado denunciando a violência contra suas comunidades e as prisões arbitrárias realizadas durante operação policial na semana anterior.

Diante desse cenário, Josi Pataxó, professora e representante dos povos indígenas de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, salienta a relação de pertencimento dos povos indígenas com seus territórios e alerta para a necessidade de demarcação de terras.

“Nós não somos nada sem nossos territórios. Nós não produzimos, nós não colhemos sem nossos territórios. Minha fala não é só pelo meu povo, mas por todos aqueles que precisam de sua terra.”

Já Mariely Oliveira, do Coletivo do Plano Nacional de Plantio de Árvores (BA), também destacou o papel do agronegócio e da expansão da monocultura para o avanço do desmatamento e, por consequência, da aceleração das mudanças climáticas. Segundo o último Relatório Anual do Desmatamento, lançado pelo MapBiomas, a Bahia foi o segundo estado com a maior área desmatada do país em 2023. Dos dez municípios que mais desmataram neste ano da pesquisa, quatro são baianos – Barreiras, Cocos, Jaborandi e São Desidério, que alcançou o topo da lista.

Mariely Oliveira aponta a reforma agrária e agroecologia como saídas para enfrentamento às mudanças climáticas/Comunicação Acampamento das Mulheres do Campo e da Cidade

Para enfrentar esse problema, Oliveira destacou a urgência da democratização da terra no país e investir em formas mais saudáveis de produção de alimentos, como, por exemplo, a partir da agroecologia. “Há saídas coletivas para reverter esse cenário, começando pela reforma agrária. O o à terra é essencial para cuidarmos das águas e das florestas, pois somos protagonistas no cuidado com os bens naturais, especialmente por meio da produção agroecológica.”

No entanto, a dirigente também ressalta que enfrentar o modelo de produção de alimentos também precisa ar pelo enfrentamento ao machismo. Afinal, segundo ela, são as mulheres que mais têm contribuído com a construção de novas formas de viver e que têm criado sistemas produtivos mais resilientes.

“Nós extrapolamos essa ideia de que a mulher só produz no entorno da casa. Nós estamos envolvidas em todo sistema produtivo da terra, o problema é que os recursos financeiros advindos disso ficam a cargo dos homens. Isso é algo que precisa ser superado. As produções diversas das mulheres são sistemas resistentes aos efeitos das mudanças climáticas.” 

Editado por: Thalita Pires
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