Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Meio Ambiente

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Em Pernambuco, conferência de Meio Ambiente é encerrada sem eleger delegados ou propostas

Estado não realizava conferência de meio ambiente havia 12 anos; esta, porém, não cumpriu seus objetivos

14.mar.2025 às 07h25
Atualizado em 17.mar.2025 às 15h18
Recife (PE)
Redação
Em Pernambuco, conferência de Meio Ambiente é encerrada sem eleger delegados ou propostas

Centenas de pessoas participaram da 5ª Conferência de Meio Ambiente de Pernambuco, encerrada sem cumprir com os objetivos - Reprodução da TV Pernambuco

Ocorreu, nesta quinta-feira (13), a Conferência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco. O evento no Centro de Convenções, em Olinda, reuniu representantes da sociedade civil e dos poderes públicos municipais, além de membros do governo do estado, setor privado e população inscrita diretamente na etapa estadual. O objetivo era debater e eleger propostas prioritárias, além de escolher representantes de Pernambuco para a conferência nacional, marcada para o início de maio. Mas o evento teve seu fim antecipado.

As centenas de participantes já haviam assistido à cerimônia de abertura, seguida de uma palestra com a temática do evento – a emergência climática e os desafios da transformação ecológica – e ainda pela manhã se dirigiram para os grupos de trabalho (GTs), nos quais permaneceriam até as 15h30. Este é o momento fundamental do dia, onde são debatidas e elencadas as propostas prioritárias de cada eixo, conteúdo este que é enviado para o Ministério do Meio Ambiente. Mas a insatisfação começou no intervalo para o almoço.

Sem almoço grátis, sem água e sem regras

O governo de Pernambuco só garantiu almoço para os representantes dos poderes públicos – estadual e municipal. Os participantes da sociedade civil precisaram “se virar” com recursos próprios para se alimentar. Muitos eram do interior do estado e, se não conseguiram viabilizar o transporte pela prefeitura, tiveram que custear do próprio bolso a ida ao evento – e não estavam felizes com isso. Piorou quando acabou a água para beber no evento.

Leia: Defender o meio ambiente é defender o nosso direito a um futuro

Defesa Civil aponta 206 mil recifenses vivendo em 21 áreas de alto risco; saiba quais são

Pesquisador pernambucano alerta para ausência de adaptação climática nos planos diretores do estado e risco de ‘viver eternamente em emergência’

Com as barrigas vazias e preocupados com a eleição de delegados que aconteceria horas mais tarde, o intervalo do almoço serviu para uma leitura atenta ao regimento da conferência. Os participantes notaram que o regulamento apresentava uma falha importante: não especificava a forma de eleição dos delegados que devem representar Pernambuco em Brasília.

Na volta do almoço, o debate seguiria nos grupos de trabalho, mas parte dos representantes da sociedade civil se dirigiu ao palco da plenária e as gargantas secas não foram impeditivo para o protesto, em coro, pedindo a apresentação do regimento, para que fosse submetido à aprovação dos presentes. As atividades nos GTs foram paralisadas e, após mais de uma hora de ime, a Conferência Estadual de Meio Ambiente foi suspensa.

Termina nesta sexta-feira (15) o prazo limite para a realização das conferências estaduais de meio ambiente. A comissão organizadora estadual tem até sete dias para enviar à comissão nacional as propostas aprovadas e delegados que representarão Pernambuco na última etapa. A 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente está marcada para acontecer entre os dias 6 e 9 de maio, em Brasília (DF).

Conferência reuniu representantes da sociedade civil, do setor privado e dos poderes públicos municipais e estadual. Reprodução da TV Pernambuco

A proposta de regulamento da conferência (leia aqui) foi publicada no site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) no dia 20 de dezembro de 2024. A Seção 4, na última página do documento, trata da eleição de delegados para a conferência nacional. O texto explica que serão eleitos 50 delegados titulares e mais 50 suplentes, sendo – entre os titulares – 25 da sociedade civil (dos quais cinco devem ser indígenas, quilombolas ou ribeirinhos), dez delegados do poder público (municipal e estadual) e 15 do setor privado.

Assista: Mais que Porto de Galinhas: conheça rotas de turismo local e sustentável no litoral sul de Pernambuco

O documento, no entanto, não explica o modelo de escolha ou eleição dos delegados que devem representar Pernambuco na etapa nacional, se será elaborada uma lista consensual ou por votação, se a votação será aberta ou por categorias (sociedade, setor privado, setor público). Não há qualquer especificação de regras para este processo.

Frustração

A jornalista e ativista ambiental Katharyne Bezerra viajou 190 quilômetros, desde Belo Jardim, no Agreste do estado. Ela relatou em suas redes sociais que a falta de leitura do regimento deixou os presentes sem saber as regras para eleger delegados. “Não tem como ser aprovada uma conferência dessa maneira”, pontuou. Ao fim do evento, tratou o tema com bom humor, mas sem esconder a frustração. “Não tivemos votação das propostas e nem eleição dos delegados. Estamos voltando para casa sem ter sido delegada de nada.”

Vinda de Surubim, também no Agreste, a professora e produtora cultural Joelma Carla considera o encerramento do evento “uma falta de respeito com todo mundo”. “Viemos com expectativa de debater temas urgentes e necessários, mas saímos daqui frustrados”, diz. Ela conta que os delegados vindos dos municípios fizeram um grande esforço para fazer os debates nos seus territórios, construir propostas e levar para o Recife.

Leia também: Agricultores e indígenas conseguem paralisar complexo eólico em Pernambuco

Após chuvas, Pernambuco tem 7 mortes e 18 municípios com abastecimento de água prejudicado

No Sertão pernambucano, indústria do gesso cava sua própria cova com devastação da caatinga

Também de Surubim, o engenheiro agrônomo e ativista Glaydson Queiroz acrescentou a crítica de fazer um evento de apenas um dia para debater centenas de propostas oriundas dos municípios. “Uma falta de respeito com a sociedade civil”, resumiu. O historiador João Malunguinho destaca que precisou sair de madrugada para ir à conferência, que ele classificou como “desastrosa”. “Foram vários erros que precisam ser cobrados do governo”, desabafou.

O regulamento da conferência foi elaborado por um grupo (veja aqui quem são) definido em decreto da governadora Raquel Lyra (PSD) publicado no Diário Oficial do dia 30 de novembro. Metade do grupo é de representantes do governo do estado, enquanto a outra metade é de agentes do setor privado e da sociedade civil.

A gestora pública Camila Barros, que foi secretária de Juventude do Recife na gestão Geraldo Júlio (PSB), criticou o evento. “Quem é do controle social ralou muito no município para estar aqui e sabe o poder de uma conferência. Não tem a mínima condição de seguirmos aqui sem regimento. Não podemos legitimar isso”, disse, alegando que o governo do estado estaria ganhando “um cheque em branco” da sociedade civil presente no evento. “Fomos enganados. Não viemos para uma conferência, mas para um seminário”, resumiu.

A resposta da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas)

Em nota enviada ao Brasil de Fato Pernambuco, a Semas diz que “o evento seguiu as orientações do Ministério do Meio Ambiente para a realização da conferência” e culpa “uma minoria” pela inviabilização do evento.

“Um pequeno grupo discorda, de forma truculenta, da estrutura e da organização da conferência. Prontamente, a secretaria se dispôs a trazer soluções para os questionamentos feitos por essa minoria. É preciso ressaltar que a grande maioria dos delegados presentes foi favorável à continuidade da conferência. No entanto, o grupo ofereceu resistência a ponto de inviabilizar o evento”, argumenta a Semas.

A Semas afirma que será criada uma comissão organizadora extraordinária “para avaliar a retomada do processo de votação dos delegados e discussão das propostas que serão encaminhadas para a Conferência Nacional de Meio Ambiente”. Foram cerca de 350 propostas que ficaram sem discussão, além de 50 delegados e 50 suplentes que deveriam ser eleitos para a etapa nacional.

Editado por: Vinicius Sobreira
Tags: meio ambientePERNAMBUCOpolítica pública
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

LEGISLATIVO

Mais de 90 entidades pedem Rosa Amorim à frente da Comissão de Meio Ambiente da Alepe

MEIO AMBIENTE

Aprovada no Senado, política para recuperação do bioma Caatinga segue para a Câmara

MEIO AMBIENTE

Opinião | A ausência de saneamento nos territórios periféricos e a transição climática: uma trágica combinação na RMR

JUSTIÇA AMBIENTAL

Opinião | O direito à cidade: luta de classes e catástrofe ambiental no Recife

O clima mudou e a política também precisa mudar

Veja mais

ELEIÇÃO PETROLÍFERA

Novo gigante do petróleo, Suriname vai às urnas para escolher governo neste domingo

Tecnologia

Acordo China-Brasil sobre Inteligência Artificial reforça pesquisas conjuntas e desenvolvimento de infraestrutura

Eleições regionais

Venezuelanos escolhem deputados e governadores e colocam governo à prova menos de 1 ano após eleição presidencial

R$43 milhões

Lula lança programa Solo Vivo no Mato Grosso ao lado de Fávaro, com entrega de máquinas agrícolas

CINEMA

Wagner Moura e Kleber Mendonça são premiados em Cannes

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.