Na noite de ontem (19), a VoteLGBT, organização com atuação desde 2014 para aumentar a representatividade de LGBT+ em todos os espaços da sociedade, principalmente na política, promoveu o evento online "De Olho em 2026 – As LGBT+ nas Eleições de 2024". Através da plataforma Zoom, o evento reuniu lideranças políticas de todo o Brasil, onde foi realizado um balanço das eleições municipais de 2024, discutindo os desafios enfrentados e apontando direções para fortalecer a representatividade LGBT+ nas próximas eleições.
Dentro do evento, a organização teve a oportunidade de apresentar ainda o novo trabalho desenvolvido pelo grupo, a plataforma Sentinela. Apesar das últimas eleições terem marcado um avanço significativo para a presença LGBT+ no cenário político nacional, foram as mesmas eleições que evidenciaram diversos desafios para figuras políticas LGBT+, como a violência e ataques digitais que afetaram muitas candidaturas. Nesse sentido, para dar respostas aos obstáculos identificados no último pleito eleitoral, a plataforma inovadora surge com o objetivo de mapear e combater a violência política contra as candidaturas LGBT+.
Com base em serviços de inteligência artificial, a nova plataforma busca também garantir a segurança e aumentar a participação das lideranças LGBT+ nas eleições de 2026. Para utilizar a plataforma é necessário compartilhar situações de impedimento ou que buscam atrapalhar o seu projeto político, desde ofensas e fake news até ameaças diretas, sejam elas online ou presencialmente. As denúncias podem ser feitas através de formulário ou em contato direto via Whatsapp, ambos disponíveis no site oficial da plataforma. Além disso, podem ser realizadas ainda nominalmente ou de forma anônima.
O novo projeto desenvolvido pela VoteLGBT acontece em parceria e através de um acordo de cooperação com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). A partir desse acordo, o responsável pela denúncia, caso deseje, pode solicitar que a mesma seja encaminhada diretamente à ouvidoria do MDHC, que prestará o serviço de análise do caso, e e orientação. Podem utilizar a plataforma lideranças LGBT+ que concorreram nas últimas eleições, pré-candidaturas que não tiveram sua candidatura confirmadas, lideranças eleitas, pessoas que são parte da equipe de uma candidaturas LGBT+, eleita ou não, e pessoa que presenciou, no âmbito virtual ou presencial, uma violência política contra lideranças LGBT+.
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