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ANÁLISE

Milei, queridinho do mercado, vendeu terreno na lua e culpou vítimas

18.fev.2025 às 11h19
Leonardo Sakamoto
|UOL

- Javier Milei tenta implementar pacote de ajustes ultraliberais enquanto crise e pobreza aumentam - MANDEL NGAN / AFP

Javier Milei vem sendo tratado como gênio por atores dos mercados, apaixonados por seu choque de ultraliberalismo na economia argentina — o fato de a pobreza no país vizinho ter piorado com o seu ajuste, atingindo metade da população, segundo o Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina, é apenas um detalhe para esse pessoal. Agora, o “jênio” fez algo que, na melhor das hipóteses, é uma burrice sem tamanho. E, na pior, um crime.

Ele vai ser investigado pela Justiça por ter promovido em sua rede social uma criptomoeda chamada $Libra, na última sexta (15), afirmando que ela iria “incentivar o crescimento da economia, financiando pequenas empresas e empreendimentos argentinos”. Seu endosso fez com que investidores do seu país e de outros comprassem o token, o que ajudou em uma forte valorização.

Mas poucas carteiras detinham 80% da cripto e aram a vendê-la logo depois disso, embolsando milhões de dólares em lucros. Diante das acusações de envolvimento em uma fraude, Milei apagou a sua postagem no X (!), disse que não conhecia antes os detalhes do projeto (!!) e, por isso, resolveu tirar a informação (!!!). O seu segundo post ajudou a piorar as coisas, derrubando de vez o valor da moeda. Investidores teriam perdido bilhões.

Há envolvidos nesse lançamento que afirmaram ter assessorado Milei para o tema de criptomoedas — o presidente é entusiasta delas. Antes mesmo de assumir o cargo, quando deputado, ele já havia promovido outra, uma também de caráter duvidoso.

Agora a Justiça vai analisar se Milei pode ser responsabilizado por fraude, associação ilícita e descumprimento dos deveres como servidor públicos, entre outros crimes. A oposição pede impeachment, o que é difícil. Mas o “criptogate” deve tirar votos de sua base nas eleições legislativas de meio de mandato, em outubro, o que dificultaria bastante seu governo.

Com todo esse fuzuê, o principal índice da Bolsa de Valores da Argentina caiu quase 6% nesta segunda (17).

Diante do caos, Milei seguiu a cartilha de governantes da ultradireita, terceirizando responsabilidades. “Eu não promovi, apenas divulguei”, afirmou em uma entrevista a uma TV (é só tirar “criptomoeda” e colocar “cloroquina” que o discurso parece o que ouvimos no Brasil durante a pandemia). Disse que foi enganado por terceiros e agiu de boa-fé.

E apesar de defender para que as criptos aumentem sua participação na economia do seu país, não corou ao compará-las a jogos de azar: “Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação, se você sabia que tinha essas características?” Traduzindo a arrogância: a culpa é das vítimas que acreditaram na sua recomendação.

Seus aliados saíram em sua defesa, dizendo que o cidadão Milei tem liberdade de expressão — como se isso incluísse o direito de promover moedas fajutas e sai ileso com isso. Fica parecendo que ele se diz libertário porque defende uma “liberdade para enganar trouxa”.Continua após a publicidade

Uma das regras mais importantes para mercados saudáveis é que seus atores circulem informações de forma correta e sem privilegiar ninguém, o que não parece ser o caso. Mas tenho poucas dúvidas de que os mercados vão continuar tratando-o como gênio se ele seguir entregando o que querem, independente de incompetência ou da má-fé. Até porque o ajuste na Argentina está sendo feito com chicotada no lombo dos trabalhadores com proteção total aos mais ricos e ao capital.

Conteúdo originalmente publicado em UOL
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