O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, na manhã desta segunda-feira (27), com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para falar sobre a crise imigratória que estabeleceu com os Estados Unidos após a deportação de 88 brasileiros sob condições “degradantes”, segundo o Itamaraty.
No domingo (26), a pasta informou que será apresentado um "pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos ageiros no voo" que veio dos Estados Unidos e que aterrissou na noite de sexta-feira (24), em Manaus, capital do Amazonas.
A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, disse à imprensa que na aeronave também havia "crianças com autismo, com algum tipo de deficiência, que aram por situações muito graves".
Edgar Da Silva Moura, um técnico de informática de 31 anos que chegou deportado no voo após sete meses detido nos EUA, afirmou que os ageiros vieram amarrados “no pulso, na cintura e na perna” e que “não tinha água”. “A gente pedia para ir a banheiro e não deixavam", declarou à AFP. "Estava muito quente, pessoas desmaiaram".
Luís Antonio Rodrigues Santos, um trabalhador autônomo de 21 anos, relatou o "pesadelo" de pessoas com "problemas respiratórios" que aram "quatro horas sem ar-condicionado" devido a problemas técnicos. "Já mudou muita coisa [com Trump]. Imigrantes [são] tratados como criminosos", afirmou.
