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Internet é fascista?

Com criação de bolhas e fake news, redes sociais favorecem o discurso da direita, afirma pesquisador

Vinicius Prates afirma que internet não é fascista, mas que fake news dissimulam suas características democráticas

18.jan.2025 às 09h11
São Paulo (SP)
Duda Blumer

Fim da checagem de fatos pela Meta foi anunciada em 7 de janeiro, dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump - KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP

No mais recente aceno das redes sociais à extrema direita, Mark Zuckerberg, dono da Meta – companhia que controla Facebook, Instagram e Whatsapp – anunciou o fim do serviço de checagem de fatos nos aplicativos. 

Face ao domínio das tecnologias e redes sociais por figuras da extrema direita, o Brasil de Fato conversou com o professor e pesquisador do Mestrado em Comunicação Intercultural nas Organizações do Mackenzie, Vinicius Prates.

“A direita e a extrema direita têm mais afinidade com a cultura da comunicação em rede e com a produção de notícias falsas porque elas dão ênfase nas diferenças, e a comunicação ágil, feita por algoritmos nas redes sociais, enfatiza aquilo que nos antagoniza, e assim nos coloca mais dentro de uma bolha”, analisa.

Na teoria explicada por Prates, presente em seu livro Comunicação em Rede na Década do ódio (2022, Estação das Letras e Cores), “a esquerda tem seus valores mais ligados à mistura e a direita, à triagem”. Então, enquanto a esquerda tenta enfatizar “o que é comum na humanidade”, entre gêneros, orientações sexuais, aspectos étnicos e sociais, “a direita faz o contrário”.

Na visão do acadêmico, para que a esquerda transite nas redes sociais, ela teria que “buscar furar as bolhas o tempo todo”, mas sabendo que “a configuração da internet como conhecemos hoje, é de fabricação de bolhas”.

A Meta não é o único conglomerado de tecnologia próximo aos interesses da extrema direita. Em 2022, o bilionário Elon Musk comprou a antiga rede social Twitter, a renomeou para X e também retirou a política de checagem de fatos da plataforma.

Zuckerberg doou U$ 1 milhão (cerca de R$ 5,9 milhões) para o evento de posse de Trump, que defende a desregulamentação do ambiente digital, além de ser contrário à política de checagem de fatos.

Já Musk, que não tem nenhuma experiência política ou governamental, foi nomeado por Trump para liderar o Departamento de Eficiência Governamental. Segundo Trump, a pasta não será oficial do governo, mas servirá como um “conselho consultivo que fornecerá orientações” à istração.

Apesar da proximidade dos donos das grandes empresas de tecnologia a figuras políticas de extrema direita e simpatizantes do fascismo, Prates avalia que em sua origem as redes sociais não são fascistas. 

“Temos que lidar com o termo fascismo como aquele em que apenas uma voz fala por todos, ou seja, tem um emissor para muitos receptores. E isso é muito mais pertinente para a cultura de massa (como rádio e televisão) do que para a cultura de rede. Na primeira, tínhamos uma emissora que comandava um espetáculo midiático para uma massa de receptores. A internet não tem a mesma característica, porque ela foi pensada em sua concepção para que os emissores fossem diversificados”, explica. 

No entanto, reconhece que há razões de aflição no uso da internet e sua afinidade com a extrema direita. Segundo o pesquisador, isso ocorre porque apesar de sua origem estipular muitos receptores, em uma característica que é democrática, as fake news funcionam como uma “crítica subentendida” aos meios de comunicação de massa, como a grande imprensa. 

“Quando uma pessoa recebe e acredita em uma notícia falsa, ela pressupõe que os meios massivos são desonestos, estão omitindo e distorcendo as informações. Esse pressuposto faz as pessoas crerem que a internet é autogerida, anárquica, não têm um centro de comando, e não a pelos filtros da grande imprensa. E o erro está aí, em parecer que as fake news vêm do povo, ignorando seus centros de produção e algoritmos de dispersão [como os perfis bots]. 

Prates esclarece que as fake news parecem ser “naturalmente populares”, enquanto os “disseminadores profissionais se utilizam dessa ingenuidade para dissimular as características democráticas das redes”, criadas para terem vários emissores, mas dominadas por grandes disseminadores de notícias falsas.

Governo brasileiro está refém das fake news

O exemplo mais recente de notícias falsas no Brasil é sobre o monitoramento de transações via Pix. Em uma norma publicada no Diário Oficial da União em 18 de setembro de 2024, que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas ariam a ser monitoradas. 

A medida visava substituir os valores a partir R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para pessoas jurídicas, que já eram monitorados. Além disso, tinha como objetivo final maior fiscalização contra sonegação de impostos e evitar crimes financeiros. 

Contudo, a medida foi assolada por notícias falsas e a monitoração do pix virou “taxação do pix”, em especial após um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em seu Instagram, que teve mais de 200 milhões de visualizações. 

Diante da onda de notícias falsas, o governo brasileiro recuou e revogou a norma, na última quarta-feira (15). Na análise de Prates ao Brasil de Fato, essa foi a “pior decisão” que poderia ser tomada pela istração do presidente Lula. 

“A partir de agora, nós temos até o final do mandato um governo refém das fake news. A direita aprendeu que se uma onda de notícias falsas for feita, o governo será obrigado a recuar em qualquer medida”, pontuou. 

 

Editado por: Leandro Melito
Tags: extrema direita
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