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Início Direitos Direitos Humanos

Educação

Lideranças indígenas ocupam Secretaria de Educação do Pará e relatam retaliação e ameaças

Comunidades denunciam proposta de implantar sistema de ensino por meio de televisores no estado

14.jan.2025 às 14h17
Belém (PA)
Mariana Castro

Lideranças indígenas denunciam proposta de troca de professores por televisores nas aldeias - Reprodução/Alessandra Korap

Mais de 100 lideranças indígenas de diversas etnias do estado do Pará ocupam a Secretaria de Educação nesta terça-feira (14), em defesa da manutenção do Sistema Modular de Ensino (Some), que atende comunidades do campo, ribeirinhas e indígenas. 

A iniciativa foi criada há 44 anos e, em muitos casos, representa a única alternativa de ensino médio para jovens e adultos que vivem em áreas distantes dos centros urbanos, com a presença de professores em mais de 90 localidades do estado.

No entanto, segundo as lideranças, que têm o apoio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), o governo, por meio do Secretário de Educação Rossieli Soares, pretende substituir o sistema pela modalidade de Ensino à Distância (EAD), com a implantação de centrais de mídia.   


Sem energia elétrica e internet regular, SOME é única alternativa de ensino em algumas comunidades do Pará. / Reprodução

A proposta de aulas por meio de televisores é considerada a extinção da educação do campo, das florestas e das águas, onde comunidades vivem com o fornecimento irregular ou a completa ausência de energia elétrica e o à internet.   

“De maneira unilateral e autoritária, sem ouvir as comunidades atendidas pelo Some, o governo determinou às suas diretorias a não oferta de matrícula no 1º ano, porta de entrada do ensino médio, o que na prática significará a substituição dos professores por TV’s no ensino médio como um todo em três anos. O governador Hélder Barbalho, que posa de defensor da Amazônia e do clima nos eventos internacionais, aplica mais esse golpe contra os direitos humanos das populações tradicionais”, informa nota do Sintepp.  


Portões foram fechados e lideranças denunciam corte de energia e uso de spray de pimenta / Reprodução/Alessandra Korap

Retaliação à ocupação  

Segundo o professor Mateus Ferreira, que está na ocupação, as comunidades indígenas já haviam aberto um processo de negociação com o governo, mas não foram atendidas e, por isso, decidiram o processo de organização de ocupação. 

"O governo tem negado tudo, tem negado água, alimentação, fechou a entrada e impede a ajuda de outros apoiadores, por isso estamos aqui dando e, mais especificamente logístico. Coordenadores do Sintepp também estão acompanhando e, inicialmente, a maioria são professores do Somei, que é o Some indígena contra a intenção do governo de atender as comunidades sob a mediação de uma televisão".  

Imagens divulgadas pelo sindicato apontam retaliação à ocupação, com o corte de energia da Seduc por volta das 9h30, e a presença massiva de policiais. 

"Começou a repressão ao movimento. Cortaram a luz da Seduc, mas seremos resistência. Estamos sem energia como forma de retaliação às populações tradicionais e aos povos originários", informa o sindicato.   

Alessandra Korap, líder indígena e ativista socioambiental da etnia Munduruku, faz parte da ocupação e denuncia, com publicações em tempo real nas redes sociais, o que descreve como abandono à educação indígena. Segundo publicações, além do corte de energia, a polícia militar fez uso de spray de pimenta nos banheiros para não serem utilizados, além de ameaças de corte de água. 

"Ocupamos a Seduc no Estado Pará porque o governador da COP 30 é traidor da educação, tirou o Some e a gratificação dos professores. A escola e os alunos do ensino médio são abandonados pelo Governador do Estado. [Eles] só usam os indígenas para benefício, sem fazer a consulta aos povos indígenas, mas usa o nome dos indígenas. Mexeu com a educação indígena, mexeu com os formigueiros", declara Alessandra.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjorpa), os profissionais da imprensa também estão sendo proibidos de cobrir a ocupação no local. Em nota, a entidade afirma que "o Sindicato de Jornalistas do Pará (SINJOR-PA) foi acionado por jornalistas barrados pela PM no portão de entrada da Seduc, o que é lamentável em pleno século XXI, considerando que a liberdade de imprensa e o livre exercício do jornalismo são elementos basilares da democracia". 

"Iremos cobrar da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), da Secretaria de Segurança Pública (Segup) e da Casa Civil as devidas explicações, a fim de assegurar o trabalho jornalístico e o direito à comunicação livre por parte da sociedade paraense", completa o texto. 

Até o momento, o movimento dialoga apenas com policiais militares, que já acumulam situações de opressão a professores e estudantes que tentam se somar à ocupação em frente ao prédio. As lideranças reivindicam serem atendidas pelo Secretário de Educação Rossieli Soares.  

“Nós viemos aqui para trazer a nossa demanda, nossa reivindicação e fazer com que eles reconheçam que com uma canetada, eles estão contribuindo com a morte da educação escolar indígena do estado do Pará, não é de um povo, é da educação do campo também (…)”, diz um dos caciques presentes. 
A deputada estadual Lívia Duarte (PSOL) acompanha o caso e alerta o risco iminente de mais casos de opressão ao movimento de ocupação. 

"As demandas precisam ser ouvidas, minimamente. O movimento chegou aqui pedindo uma reunião com o Secretário de Educação, no que o governo do estado teria negado e, então, o movimento radicalizou e só sai daqui com a presença do governador ou da governadora em exercício, Hana Ghassan. Esperamos um fim pacífico, mas se não for, que possamos garantir os direitos. A população está aqui muito revoltada, e não vejo um desfecho que não seja o recuo do estado e a garantia de direitos", declara Lívia. 

O governo do estado sustenta informações divulgadas desde dezembro de 2024, onde aponta que “não há qualquer iniciativa para acabar com o Some”.

"A Seduc ressalta que é contra todo ato de violência e informa que não é verdade que o Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) será finalizado. As áreas continuarão a ser atendidas pelo programa, que chega a pagar até R$ 27 mil para que professores atuem em localidades remotas. Em média, o professor do Some recebe R$ 23,9 mil", afirma a nota divulgada nesta terça-feira. O documento afirma ainda que a remuneração de professores no estado é maior que o piso nacional. 

 

Editado por: Nathallia Fonseca
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