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ANÁLISE

Líbano, Israel e o risco de uma guerra total no Oriente Médio

Irã deve responder à morte de líder do Hezbollah e a ONU é incapaz de conter a escalada militar

29.set.2024 às 12h59
São Paulo (SP)
Anderson Barreto Moreira

Líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah fez seu primeiro pronunciamento sobre a guerra nesta sexta-feira (3) - Al Jazeera

Vivemos em um tempo de profunda apreensão com os destinos da humanidade. Uma confluência de fenômenos parece ligar os fios do tempo histórico em um trilho rumo ao desconhecido. A guerra entre Estados Unidos/OTAN contra a Rússia se encontra em um momento decisivo: é questão de tempo, um curto tempo, para que a Ucrânia sofra não apenas com a derrota militar, mas também com a mudança política que será inevitável com a vitória russa.

Já no Oriente Médio, Israel e Estados Unidos traçam um mapa que pode conduzir a guerra total na região. Eis os eventos de nossa época que exigirão uma enorme resposta mundial para que o pior cenário não seja o único possível. O pânico nos Estados Unidos e aliados tem feito com que os defensores da guerra total dobrem suas apostas.

Uma invasão do território russo, a região de Kursk, sem nenhuma chance de vitória real levou à morte de milhares de soldados ucranianos e centenas de civis russos, uma típica investida punitiva que foi demolida pelo que é hoje a maior e mais efetiva força militar do planeta, a Rússia. Ao mesmo tempo, uma conversa mal disfarçada sobre a permissão de mísseis de médio e longo alcance de propriedade da OTAN serem lançados em todas as regiões da Rússia acelerou uma mudança fundamental na doutrina sobre o uso de armas nucleares por Moscou.

A partir de agora, um Estado não nuclear apoiado por outro Estado nuclear que use armamentos convencionais em larga escala e que ameace a existência do Estado russo será alvo legítimo dos poderosos mísseis hipersônicos nucleares da Rússia. Estados Unidos/Otan continuam afirmando que Vladimir Putin blefa e segundo a revista The Economist em recente artigo, a Ucrânia está perdendo a guerra e é hora dos aliados agirem diretamente sobre a questão.

Seria mais honesto itir que chegou a hora de transformar o mundo em cinzas num conflito nuclear que certamente será o resultado de um confronto direto. Como se não bastasse o alto risco que o império corre em suas apostas na Ucrânia para ver se seus delírios de derrotar a Rússia se concretizam, em outubro de 2023 um novo front foi aberto no Oriente Médio.

Não há mais necessidade de discutir a validade ou não da ação do Hamas. Diante do atual genocídio do povo palestino praticado pelo Estado terrorista de Israel, certo ou não, sempre o direito de defesa diante do colonizador prevalecerá sobre outras avaliações. Mas o que se desenrolou de outubro até agora não é apenas mais um capítulo que o acaso histórico trouxe ao já conturbado cenário mundial.

Israel e Estados Unidos promovem uma escalada perigosa em que o primeiro foi autorizado a usar toda sua força para atender a estratégia maior do “bloco ocidental”: enfraquecer a ascensão de uma nova ordem mundial multipolar. O genocídio do povo palestino atende aos interesses de Israel mas, numa camada mais profunda, teve como objetivo trazer todo o chamado “eixo da resistência” para uma guerra total na região.

Esse “eixo da resistência” vem se consolidando desde a tentativa de destruição da Síria em 2011 que, graças ao apoio da Rússia em articulação com o Irã, Hezbollah no Líbano e o Hamas na Palestina, sobreviveu a tentativa de sua desintegração. Desde então, esse grupo que envolve Estado e entes não estatais cresceu em força e organização, incorporando forças do Iraque e dos houthis no Iêmen.

Estamos falando, portanto, de vastas regiões do planeta que estão em guerra declarada e ampliando suas alianças. Mas onde essas duas ondas de choque se encontram? Se antes podíamos ter a impressão de que estávamos diante de dois fenômenos que, apesar de se aproximarem não se tocavam, o dia de hoje, 28 de setembro, pode ter selado uma mudança estrutural no desenrolar da transição de poder no século 21. A escalada de Israel contra o Irã, via assassinatos e atentados contra líderes da resistência, não foram suficientes para arrastar os iranianos para a guerra total.

Uma certa ilusão de que os apelos internacionais, ou de que uma quase inexistente ONU impediriam a estratégia de guerra desenhada por Israel e Estados Unidos trouxe uma paralisia diante do genocídio e apenas esparsas vocês tomaram ações mais duras, como o rompimento de relações com Israel.

Tudo isso animou israelenses e estadunidenses a seguirem adiante na estratégia de envolver o Irã numa guerra aberta, o que necessariamente traria Rússia e China e outros países que estão na Organização de Cooperação de Xangai e BRICs para um cenário sombrio diante da necessidade de defender um membro dessas organizações. Se o assassinato do líder do Hamas em Teerã há algumas semanas durante a posse do novo presidente iraniano já havia provocado temores de uma guerra aberta, o assassinato de Hassan Nasrallah no dia 27 de setembro, após Israel bombardear intensamente o sul do Líbano e a capital, Beirute, pode ter sido o evento decisivo onde a confluência dos dois campos de batalha mundiais com maior evidência podem vir a tornar-se um só.

É praticamente inevitável a resposta iraniana diante dessa escalada pois o preço que pagará – política e militarmente – caso não responda será alto demais. Diante da magnitude dos eventos que estamos vivenciando já não é mais possível a ingenuidade de acreditar em instituições como a ONU, ou nas palavras dos governos de Estados Unidos e Israel de que são ações necessárias para se proteger do “mal” que ronda “ordem mundial baseada em regras” ou a “democracia ocidental” ou qualquer uma dessas fantasias. É preciso um amplo movimento de massas que denuncie os crimes de guerra de Israel e Estados Unidos e o risco de uma guerra total e, talvez, nuclear como consequência da estratégia imperial de poder sobre o mundo.

*Anderson Barreto Moreira Pesquisador Instituto Front

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente reflete a linha editorial do Brasil de Fato.

 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
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