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ESPECIAL

Mês da Visibilidade Lésbica: ‘Minha arte é e sempre será meu escudo’, diz cantora Jordana Henriques

Acompanhe a segunda conversa da série 'Mulheres lésbicas da cultura de Porto Alegre que você precisa conhecer'

19.ago.2024 às 00h57
Atualizado em 20.ago.2024 às 00h57
Porto Alegre (RS)
ana c

Por conta de ser uma lésbica desfem, eu conseguo adentrar espaços ocupados, majoritariamente, por homens. - Arquivo Pessoal

Durante o Mês da Visibilidade Lésbica, o Brasil de Fato RS apresenta o especial "Mulheres lésbicas da cultura de Porto Alegre que você precisa conhecer". A nossa segunda entrevista é com Jordana Henriques, uma mulher preta, lésbica, desfem, cantora e compositora natural de Caçapava do Sul (RS). Lá, ela iniciou sua carreira ainda criança. Quando adolescente, na cidade de Santa Maria, amadureceu seu trabalho ingressando no coletivo musical EntreAutores, lançando seu primeiro trabalho autoral solo intitulado Aquário.

No ano de 2019, Jordana integrou a turma de residência artística do Projeto Concha em Porto Alegre. Financiado pela Natura Musical foram 8 meses de atividades dedicadas a promover visibilidade e autonomia para mulheres na música. A artista, hoje, com 29 anos, reside em Porto Alegre onde fortalece a sua carreira como compositora com influências da MPB, samba e gêneros diversos. Jordana vive de sua arte há 21 anos. Confira a entrevista:

Brasil de Fato RS: Como você escolheu a música?

Jordana Henriques: Na verdade foi a música que me escolheu, que me encontrou. Quando eu tinha mais ou menos oito anos de idade, a professora de artes do meu colégio me encontrou, falou que eu tinha uma voz muito bonita e começou a me ensaiar para um show de calouros na minha cidade. Nesse show, eu conquistei o terceiro lugar, na minha primeira apresentação, cantando uma música gaúcha, a Cabo Toco da intérprete Fátima Gimenes. Depois dali eu nunca mais parei de cantar. Aos 13 anos eu fiz aula de violão e mais ou menos com 14 anos comecei a fazer show em barzinho, trabalhar e viver de música.


Ainda hoje a sociedade vê as lésbicas desfem – que não performam feminilidade – como homens. Somos tratadas às vezes até mesmo pelo pronome masculino / Arquivo Pessoal

Como é ser uma lésbica na cena musical porto-alegrense?

Antes de ser lésbica, eu sou uma mulher preta, e assim, eu sempre tive que fazer as coisas três vezes melhor que as outras pessoas. Minha arte é e sempre será o meu escudo. É com ela que eu consigo provar meu potencial e meu talento sem ofender ninguém, sem discutir, sem brigar. Não gosto disso. Ser uma mulher lésbica na cena musical, eu percebo que me traz benefícios, porque ainda hoje a sociedade vê as lésbicas desfem – que não performam feminilidade – como homens. Somos tratadas às vezes até mesmo pelo pronome masculino mesmo sendo mulheres.

Eu me identifico com o gênero feminino e digo que fico um pouco chateada com isso. As pessoas não buscam a informação e saem chamando a gente pelo masculino, sem saber se a gente prefere esse pronome. Isso me incomoda um pouco, porém, eu consigo me dar super bem e adentrar em lugares que talvez uma mulher um pouco mais feminina sofreria, inclusive assédio, por parte dos homens. É uma coisa bem polêmica, mas é assim mesmo que acontece.

A maioria das pessoas me trata com o maior respeito e pelo pronome que eu me identifico, mas eu vejo que eu tenho mais oportunidades por conta de ser uma lésbica desfem e conseguir adentrar em espaços ocupados majoritariamente por homens.

Que história curiosa, emocionante te marcou nesses anos de carreira?

Uma história que sempre vai me marcar, foi quando eu me apresentei pela primeira vez na televisão, num programa do SBT – Astros Nova Geração. Eu estava ainda começando, não tinha tanta experiência de palco, assim, tinha só a voz e um sonho de ganhar o Brasil, mas, como ainda me faltava experiência, eu ganhei dois 'sim' e dois 'não' nesse programa.

Foi uma experiência muito boa, eu cantei a música da Alcione, Meu Ébano, e hoje em dia eu posso ver a evolução que eu tive de lá pra cá, em questão de afinação, impostação de voz e tudo. Esse foi um momento muito marcante pra mim. Foi um desafio.

Outros momentos emocionantes foi quando eu participei dos festivais de música nativista gaúcha. Nesses eu tenho 47 troféus de primeiro lugar, alguns de segundo lugar. Hoje em dia eu não participo mais, eu troquei de estilo musical, mas ainda gosto muito da música gaúcha, que canto até hoje. Eu acho que sempre é bom ser premiada pelo seu talento, sua voz. Ser reconhecida.


Nos festivais de música nativista eu tenho 47 troféus de primeiro lugar, alguns de segundo lugar. Eu acho que sempre é bom ser premiada pelo seu talento, sua voz. Ser reconhecida / Arquivo Pessoal

Qual a importância da visibilidade lésbica dentro do espaço de cultura no qual você atua?

Eu acho que é importante. Eu luto mais pela questão da igualdade de gênero do que pela própria visibilidade lésbica, porque eu acho que antes de tudo, as pessoas têm que respeitar o ser humano que está ali, independente do gênero. Isso vai ao encontro da luta do feminismo, principalmente, onde as mulheres ainda são muito desvalorizadas, desqualificadas, sendo que a gente tem tanto potencial quanto os homens. Eu acho que deveria ter mais oportunidades para as mulheres no geral e mais igualdade de gênero.

Editado por: Katia Marko
Tags: visibilidade lésbica
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