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Início Política

Recursos

Teto de Gastos e Novo Arcabouço Fiscal travaram avanço da educação no país, diz estudo do Inesc

Estados gastaram menos do que o necessário por estudante para garantir uma educação básica de qualidade

09.jul.2024 às 09h30
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

Dados do Censo Escolar de 2021, realizado pelo IBGE, indicam que, em MG, existem, aproximadamente, 53 mil professores de ensino infantil, 138 mil de ensino fundamental e 30 mil do ensino médio. - Foto: Agência Brasil

O Teto dos Gastos, instituído em 2016, e o seu substituto, o Novo Arcabouço Fiscal de 2023, fizeram que com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) no decênio 2014-2024 não fossem alcançadas, conforme aponta um estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Além dos objetivos não cumpridos na educação básica, alguns indicadores retrocederam no país.  

A assessora política do Inesc, Cleo Manhas, afirma que de alguma maneira “regras fiscais rígidas sempre impedem o crescimento das despesas correntes líquidas, como saúde e educação. Durante a vigência do Teto de gastos, nós vimos a educação perder recursos ano a ano, e isso afetou não só o orçamento federal quanto os orçamentos dos estados e municípios”. 

Manhas defende que a educação brasileira é pressionada por políticas de austeridade que, em suas palavras, “não se justificam no cenário macroeconômico de hoje, que é relativamente estável”. 

“Nós precisamos de menos austeridade e mais políticas sociais. Gasto com a educação não é gasto, é investimento. É comprovado que o gasto com a educação gera ganhos com relação ao Produto Interno Bruto e movimenta a economia do país. Só o investimento público em políticas sociais reduz as desigualdades”, afirma.  

A assessora defende que somente uma decisão política sobre a educação pode garantir um investimento adequado. “Se fala sempre em reduzir os investimentos da educação e saúde. Mas ninguém diz que os juros altos do Banco Central pressionam a dívida pública e que quase um terço do orçamento vai para o pagamento da dívida. Por que isso não é discutido? E a gente só discute redução dos recursos para educação?”, questiona a assessora. 

Em 2022, os gastos do governo federal com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública chegaram a R$ 1,879 trilhão, o que representou 46,3% do Orçamento Federal Executado (pago), de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD). No ano ado, foram R$ 2.010 trilhões de R$ 5.201 trilhões.  

Para este ano, foram reservados R$ 1.746 trilhão de R$ 5,5 trilhões aprovados. Para o Ministério da Educação, são destinados cerca de R$ 180 bilhões. “É fato que o orçamento de hoje para educação não é suficiente. Nós precisamos de mais recursos para o cotidiano da educação e para investimento em infraestrutura, que está muito defasada na maior parte dos lugares desse Brasil”, afirma Canhas. 

Dados do relatório 

A entidade comparou os recursos destinados à educação básica pública entre 2019 e 2023 em todos os 26 estados e no Distrito Federal. 

Para isso, utilizou o indicador Custo Aluno Qualidade (CAQ), criado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que calcula o quanto deve ser gasto com cada estudante mensalmente para garantir uma educação de qualidade. Os gastos reunidos pelo CAC, no entanto, incluem apenas insumos necessários para o cotidiano das escolas, sem levar em conta os investimentos em infraestrutura. 

“O que nós percebemos, quando comparamos o que se gasta e o valor calculado pelo CAC, é que estamos distantes do ideal. Nós não temos nem o mínimo para o cotidiano, quem dirá para o investimento em infraestrutura”, afirma Canhas. 

Do começo do período analisado até 2021, apenas sete estados investiram mais do que a média nacional de aproximadamente R$ 5 mil por aluno. Em 2022, foram 14 estados que investiram acima da média, devido à grande quantidade de emendas parlamentares em pleno ano de eleições para os estados e governo federal, conforme defende o próprio Inesc.  

No ano seguinte, foi registrado um novo aumento entre os estados. Desta vez, porque o Teto de Gastos tinha perdido a vigência, mas o Novo Arcabouço Fiscal ainda não estava em vigor. 

Os estados do Rio Grande do Sul, Maranhão e Alagoas lideram o ranking da maior diferença entre a realidade e a expectativa, de acordo com dados do ano ado. Os gaúchos investiram apenas R$ 3.281 por aluno, quando o ideal para aquele estado era de R$ 10.953. Os maranhenses, na mesma linha, rearam somente R$ 2.192 por matrícula, contra os R$ 9.861 que seriam necessários. Por fim, Alagoas investiu 2.596 por aluno diante dos R$ 9.969 calculados pelo CAC. 

O estudo do Inesc apontou ainda que os estados do Norte e Nordeste, que tiveram os menores investimentos, apresentaram as maiores distorções entre a idade dos alunos e a série em que estavam.  

Também se constatou que estudantes negros e indígenas estão entre as maiores vítimas da falta de orçamento em educação. Os estados com a maior proporção de alunos indígenas, Amazonas e Mato Grosso do Sul, gastaram abaixo da média nacional com educação. Na mesma linha, Rio de Janeiro e Bahia, com mais estudantes negros, gastaram menos do que a média e apresentaram as maiores taxas de distorção entre idade e série. 

“A situação se agrava ainda mais se pensarmos que os recursos dispendidos para a educação pública no Brasil também devem buscar corrigir a dívida educacional com as gerações adas, bem como resgatar estudantes em idade escolar que evadiram da educação básica”, lamenta Cleo.  

“Esse estudo mostra que o argumento de que a escassez de recursos melhora a sua alocação é frágil. Na verdade, regras rígidas prejudicam o financiamento de áreas importantes para o país, que não possuem lobby financeiros a seu favor, como é o caso da educação”, conclui. 

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: teto de gastos
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