O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é o anfitrião em Washington da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que marca o 75º aniversário da aliança militar ocidental. O encontro, que começa nesta terça-feira (9), deve reiterar apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia, mas é também marcada pela incerteza política nos EUA.
Biden, de 81 anos, enfrenta grande resistência aos planos de prosseguir com a candidatura dele contra o republicano Donald Trump, no pleito de novembro. Os pedidos para que ele desista se avolumaram, mesmo dentro do Partido Democrata, após o desastroso debate televisivo contra Trump, no final de junho.
Além dos eleitores locais, Biden precisa convencer os líderes dos 32 países da Otan que devem participar do encontro de três dias.
"Nossos aliados esperam uma liderança americana", disse Biden ao canal MSNBC na segunda-feira (8). Na entrevista, ele ressaltou que a Otan cresceu durante seu mandato, com a entrada da Finlândia (2023) e da Suécia (2024).
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, vai à cúpula e pediu para que o Ocidente dê uma "resposta mais forte" para a Rússia. Ele pretende conseguir maior ajuda militar da Otan.
Biden prometeu na segunda-feira que anunciaria, em conjunto com os aliados da Otan, "novas medidas para fortalecer a defesa antiaérea da Ucrânia" e ajudar a proteger as cidades e os civis dos ataques russos. O país espera um convite formal para aderir à Otan.
Os planos ucranianos – uma ex-república soviética – não são aceitos por Moscou, que impõe a recusa de Kiev em ingressar na Otan como condição para interromper imediatamente a guerra.
A Rússia diz que acompanha a cúpula em Washington "com máxima atenção".
