Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Artigo

Propostas de contribuição para o enfrentamento da catástrofe climática, social e política

'Um plano real de reconstrução do RS a pela ação do Estado e das organizações populares'

23.maio.2024 às 22h51
Porto Alegre (RS)
Front – Instituto de Estudos Contemporâneos

Comerciantes do centro histórico de Porto Alegre iniciam limpeza após enchente - Rafa Dotti

Estamos entrando na quarta semana de um estado em colapso e com a infraestrutura básica quase completamente destruída. Sistemas viário, aéreo, sanitário e educacional estão paralisados e não tem prazo para voltar à normalidade. A produção está em crise, com vastas áreas agropecuárias debaixo d’água. A produção industrial e a atividade comercial também estão paralisadas. Há cidades que não existem mais, outras em que pouco sobrou.

A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, está com seu centro comercial e istrativo em colapso e milhares de pessoas sem moradia, sem luz e sem água. Dezenas de milhares se mantêm com doações, cozinhas solidárias e auxílio dos governos. E nada disso tem hora para terminar. O Rio Grande do Sul, hoje, sobrevive basicamente da ajuda externa.

O impacto social e político deste cenário é incalculável. Mas é certo que alguém será responsabilizado por tudo isso. De nossa parte, sabemos que os principais responsáveis são as grandes corporações e os governos serviçais que colocaram em prática as políticas de cunho neoliberal e destruição ambiental.

Mas o fascismo, mais uma vez, entendeu a oportunidade aberta pela crise e dissemina sua própria versão dos fatos. O bolsonarismo botou sua máquina política para funcionar, amplificando as fake news com o slogan "o povo pelo povo" que busca jogar a culpa nas costas do governo federal e, por tabela, na esquerda. Há uma estratégia e uma organização nisso tudo.

No meio do caos, sem dúvida, é urgente mitigar as perdas. Mas não será possível sair da crise sem construir uma possibilidade de futuro. Agora é o momento de apontar uma saída, discutindo um plano real de enfrentamento da crise e reconstrução do Rio Grande do Sul que e pela ação do Estado e das organizações populares. Esta é a tarefa política central. É preciso centralizar as ações, alinhar as propostas e fazer a disputa política.

Caso contrário, a catastrófica crise climática deixará como legado uma enorme e prolongada crise social e política cujos efeitos ainda não podem ser dimensionados.

Esboçamos aqui apenas algumas medidas que consideramos prioritárias e urgentes para iniciar este processo e que podem e devem ser incorporadas num plano popular de reconstrução mais amplo.

Propostas para o Rio Grande do Sul:

1 – Anistiar as dívidas de famílias com renda inferior a 3 salários mínimos atingidas, para que tenham condições de reconstruir suas vidas.

2 – Anistiar as dívidas dos pequenos agricultores e assentados da reforma agrária atingidos, dando condições para a retomada da produção de alimentos e o combate à fome.

3 – Criar um cartão alimentação para compra nos mercados locais e subsídio do governo para os pequenos e médios comerciantes adquirirem produtos da pequena agricultura e da reforma agrária.

4 – Retomada imediata dos estoques públicos de alimentos, para regular a oferta, evitando movimentos especulativos e elevação dos preços. Consolidação dos estoques públicos de alimentos como política permanente de Estado.

5 – Criar um programa emergencial de garantia de emprego por seis meses para todos os atingidos que têm vínculo empregatício.

6 – Criar um dispositivo que garanta o uso prioritário de força de trabalho local nas obras de reconstrução da infraestrutura do Rio Grande do Sul, garantindo assim a recuperação do emprego e da renda.

7 – Construção imediata de moradias para os atingidos e mapeamento e desapropriação de imóveis que não cumpram sua função social para uso como moradia.

8 – Criar um programa de reconstrução mobiliária subsidiado pelos três entes federados para recuperação do local de moradia das famílias atingidas no estado do Rio Grande do Sul.

9 – Instituir a gratuidade (e livre) no transporte público municipal, a fim de reduzir o custo de vida da população mais pobre.

10 – Suspensão da Lei Complementar 87/1996 (Lei Kandir) com vistas à recuperação financeira do estado do Rio Grande do Sul.

11 – Reconstrução de áreas atingidas com novas tecnologias de contenção de enchentes e medidas adaptativas às mudanças climáticas.

12 – Mapeamento das áreas de risco de enchentes e deslizamentos de terra no estado do Rio Grande do Sul e elaboração de uma política de realocação das populações para áreas seguras.

13 – Investir em obras de drenagem e realizar manutenção das obras de engenharia, como diques e reservatórios, para a contenção de cheias.

14 – Implementação imediata de medidas de reflorestamento de encostas, áreas ribeirinhas, recuperação de nascentes, mananciais e rios como forma de minimizar os efeitos das enchentes.

Propostas nacionais:

1 – Institucionalizar um protocolo de atuação do Poder Público em situações de catástrofe ambiental, que contemple medidas preventivas, emergenciais e pós-crise, garantindo assim redução de danos e maior eficiência e rapidez nas ações tomadas.

2 – Criar um fundo federal de enfrentamento às catástrofes climáticas, com a sobretaxação de grandes empresas envolvidas em atividades predatórias (desmatamento, poluição, envenenamento e degradação do meio ambiente), para financiar medidas emergenciais de enfrentamento a eventos climáticos extremos no território nacional.

3 – Lançar um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Clima em nível federal, voltado para obras de prevenção contra catástrofes climáticas e que não esteja dentro dos limites do arcabouço fiscal.

4 – Criar um programa nacional de frentes de trabalho em territórios impactados por emergências climáticas, aliado a cursos intensivos de qualificação profissionalizante, para reconstrução da infraestrutura urbana.

5 – Fortalecer a rede de apoio solidária a longo prazo, especialmente das cozinhas comunitárias como forma organização emergencial de combate à fome em contextos de catástrofe ambiental no território nacional.

6 – Criar um seguro nacional contra catástrofes climáticas, para que os futuros atingidos por eventos extremos possam acionar em caso de perdas de bens móveis.

7 – Suspensão dos processos de privatização das empresas de saneamento e água. Retomar investimento público nas empresas públicas de água e saneamento básico pelo governo federal com cláusula de proibição de privatização por 20 anos.

* Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Katia Marko
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ELEIÇÃO PETROLÍFERA

Novo gigante do petróleo, Suriname vai às urnas para escolher governo neste domingo

Tecnologia

Acordo China-Brasil sobre Inteligência Artificial reforça pesquisas conjuntas e desenvolvimento de infraestrutura

Eleições regionais

Venezuelanos escolhem deputados e governadores e colocam governo à prova menos de 1 ano após eleição presidencial

R$43 milhões

Lula lança programa Solo Vivo no Mato Grosso ao lado de Fávaro, com entrega de máquinas agrícolas

CINEMA

Wagner Moura e Kleber Mendonça são premiados em Cannes

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.