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Início Cidades

IMPACTO DAS CHEIAS

Para especialista, estudos de impacto das chuvas em Curitiba são de 20 anos atrás

Desastre em Porto Alegre acende alerta para os riscos das mudanças climáticas em Curitiba

13.maio.2024 às 14h54
Curitiba (PR)
Gabriel Carriconde

Canal extravasor e macrodrenagem dos rios Pinheirinho e Guaíra são criticados pela população - Pedro Carrano

Região sul completamente alagada, deslizamentos na região norte, centro com inundações históricas, bairros submersos, desabastecimento e pessoas para serem resgatadas.

Este cenário que poderia ser de algum filme sobre catástrofes, acabou virando a realidade de dois terços dos porto-alegrenses, e gaúchos como um todo, que vem sofrendo com o flagelo das chuvas e enchentes, provocadas pelas alterações climáticas.

Em Curitiba, cidade que é banhada por diversos rios, e bacias hidrográficas, a catástrofe anunciada no Rio Grande do Sul acendeu o alerta em pesquisadores, políticos, poder público e sociedade civil a respeito dos riscos que a capital poderá ter com o aumento histórico do índice de chuvas, acompanhada de longas estiagens, e temperaturas anormais para as estações do ano.

Um estudo desenvolvido pela prefeitura de Curitiba, em 2020, intitulado ''Avaliação de riscos climáticos da cidade de Curitiba'', aponta um cenário preocupante para capital paranaense.

Até 2099, regiões próximas dos rios Barigui, Iguaçu, e Belém, poderão sofrer com fortes enchentes, maiores que as atuais. Isso porque, de acordo com o próprio estudo, ''Os dados indicam que a cidade poderá ter alguns anos com chuva muito acima da média e com diversos dias consecutivos de precipitação, com potencial para causar deslizamentos nas regiões de risco'', que ainda afirma que recordes máximos de temperatura na cidade devem ''ultraar 40°C até o fim do século, enquanto os recordes de temperatura mínima devem ficar sempre acima de 0°C, evidenciando mais uma vez o efeito da mudança do clima sobre a cidade de Curitiba'', cita o estudo.

Riscos

Para o pesquisador Eloy Casagrande, PhD em engenharia de recursos minerais e meio ambiente pela Universidade de Nottingham (Inglaterra), apesar da estrutura de parques e áreas que servem como ''esponjas'' na cidade para evitar alagamentos, são baseadas em estudos e índices de chuvas de 20 anos atrás.

Em 2003, a prefeitura de Curitiba desenvolveu o projeto dos parques lineares ao lado dos rios nos bairros Cajuru, CIC, e Campo de Santana para atuar como faixas de drenagens e prevenir enchentes. Além destas áreas, lagos como nos parques São Lourenço, Tingui, Barigui e Atuba ajudam na mesma função. Para o estudioso é preciso um plano para contemplar a nova realidade da cidade diante a crise climática.

''A questão principal é que todos os estudos que foram feitos para diminuir o impacto das enchentes e chuvas em Curitiba são de 20 anos atrás, quando ficava alagado no centro até a Rua XV. Depois veio o projeto das áreas de recebimento das bacias, como os parques que atuam como esponjas. Só que o volume de chuvas mudou, e os projetos não acompanhariam isso, e essas áreas acabaram ficando ultraadas, elas precisam ser revistas como o sistema de drenagem da cidade, que foi impactada com o aumento de espaços urbanos'', analisa.

De acordo com o estudo de 2020 da prefeitura, o índice pluviométrico nas últimas décadas vem sendo acompanhando do aumento da temperatura da cidade. ''O valor da temperatura média anual prevista para 2099 é de 26,1°C, bem acima da normal climatológica oficial para o município segundo o Instituto Nacional de Metereologia (INMET), de 16,9°C, o que demonstra os efeitos das alterações climáticas sobre a cidade'', cita.

Em outubro do ano ado por exemplo, Curitiba teve o outubro mais chuvoso dos últimos 26 anos, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). De acordo com o Simepar o grande volume de chuvas na época foi associado ao fenômeno El Niño. Mesmo fenômeno que provocou as chuvas fortes no Rio Grande do Sul.


Em Curitiba e na região metropolitana, caso de São José dos Pinhais, moradores vivem ao lado do rio Pequeno / Pedro Carrano

Obras contra as enchentes

Diante do cenário a prefeitura de Curitiba vem buscando formas de tentar amenizar os impactos das chuvas e enchentes, sobretudo em bairros próximos a rios, como o Parolin. Em março, o executivo municipal lançou um programa contra as cheias com recursos do governo federal via PAC/Drenagem ligado ao Ministério das Cidades. O investimento prevê recursos de R$110 milhões em obras de macrodrenagem nos bairros.

De acordo com Rodrigo Araújo Rodrigues, secretário municipal de Obras Públicas, as ações planejadas para o avanço do programa “Curitiba Contra Cheias” possibilitarão um salto na capacidade de resposta da cidade a eventos climáticos extremos. “São obras que vão ampliar a capacidade de drenagem nos bairros, reduzindo os efeitos das chuvas muito intensas”, reforça Rodrigues.

Por meio do Departamento de Pontes e Drenagem da Smop, o município afirma manter ações preventivas nos bairros, de micro e macrodrenagem, visando mitigar os efeitos causados pelas mudanças climáticas, sujeitas também a críticas de lideranças de bairro e de movimentos populares, como a reportagem do BDF PR registrou nos casos dos bairros Fanny, Lindoia, Parolin, 29 de janeiro, Harmonia, Tatuquara, Vila Pantanal, entre outras áreas.

As estratégias para prevenir danos causados pelas chuvas incluem a busca de recursos federais para ampliar as intervenções de macrodrenagem. A partir de recursos do PAC/Drenagem três grandes projetos estão em fase de licitação e outro em fase de elaboração.

Os projetos são para a mitigação de cheias do Rio Belém, na bacia do Rio Belém Norte (desde a nascente no Parque das Nascentes do Rio Belém, no Cachoeira, até a Rua Professor Nilo Brandão, no São Lourenço), revitalização da sub-bacia do Rio Serraria, até o Rio Pilarzinho, manejo de água pluviais e drenagem urbana para evitar cheias no Rio Belém (Rio Água Verde e na Rua Samuel Cezar) e contenção de cheias da Bacia do Rio Iguaçu, nas proximidades do zoológico.


Canal extravasor e macrodrenagem dos rios Pinheirinho e Guaíra: comportas funcionarão diante da grande quantidade de água? / Pedro Carrano

Desafios

Contudo, o pesquisador Eloy Casagrande, pondera que é necessário ''quebrar concreto'', criando jardins de chuvas que drenam águas da chuva com vegetação, e envolvendo a população.

''A cidade tem que se preparar principalmente criando incentivo para as pessoas possam implementar tecnologias que ajudam na preservação ambiental, como o IPTU verde, várias cidades já implementaram isso. Aumentar as galerias pluviais, e aumentar a limpeza dos resíduos nessas galerias'', afirma.

Na avaliação do deputado estadual Goura Nataraj (PDT), ainda é necessário mais investimentos em Curitiba para tratar as consequências dos impactos ambientais ligados as cheias, como por exemplo, casas populares. ''Precisamos de um investimento altíssimo em habitação, para que as pessoas possam ter suas casas em lugares distantes de áreas de risco'', afirma Nataraj.
 

Editado por: Pedro Carrano
Tags: capitalismocrise climática
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