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'JUSTIÇA PARCIAL'

Júri condena comerciante pelo assassinato de Ari Uru-Eu-Wau-Wau, líder indígena e defensor da floresta

Ativista próxima da vítima contesta resultado e diz que morte foi motivada por conflitos pela terra: 'falta o mandante'

16.abr.2024 às 20h58
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla

Ari Uru-Eu-Wau-Wa no Rio Jamari durante fiscalização no território indígena; há um anos, guardião da TI foi encontrado morto com sinais violência - Equipe de Audiovisual Uru-eu-wau-wau/Jupaú

O comerciante João Carlos da Silva foi condenado a 18 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Jaru (RO) por ass o líder indígena e integrante de uma equipe de defensores da floresta Ari Uru-Eu-Wau-Wau. A liderança foi encontrada com sinais de espancamento no dia 18 de abril de 2020, em uma estrada de Tarilândia, município de Jaru, em Rondônia.

O julgamento durou quase 12 horas e foi transmitido ao vivo pelo Tribunal de Justiça de Rondônia nesta segunda-feira (15). O comerciante foi condenado por homicídio duplamente qualificado e deverá cumprir a pena em regime fechado, com possibilidade de recorrer contra a sentença.

Neidinha Suruí, ativista socioambiental e amiga de Ari, disse ao Brasil de Fato que a Justiça foi feita parcialmente no caso do líder indígena assassinado. Ari protegia a floresta e os direitos dos povos indígenas, por isso Neidinha acredita que o crime não foi motivado por questões pessoais, mas sim pelo conflito por terras.

Motivo fútil

Segundo a denúncia do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Ari Uru-Eu-Wau-Wau foi a um bar pertencente ao comerciante na noite de 17 de abril de 2020. João Carlos da Silva teria, conforme o MP-RO, oferecido bebida alcoólica ao líder indígena antes do assassinato.

As duas qualificações são motivo fútil, já que o crime foi cometido porque o comerciante não gostava da maneira como Ari se comportava quando bebia álcool, e utilização de meio que dificultou a defesa da vítima, já que o réu embriagou Ari até ele ficar inconsciente.

No julgamento, foram apresentados testemunhos segundo os quais o comerciante disse que mataria Ari porque estava insatisfeito com a mudança de comportamento da vítima após a ingestão de bebida.

O autor do crime teria desferido golpes com instrumentos perfurocortantes no queixo, no pescoço e na cabeça do líder do povo Uru-Eu-Wau-Wau.

"Justiça foi feita apenas parcialmente", diz amiga de Ari

O líder indígena assassinado fazia parte de um grupo de vigilância formado para fiscalizar e denunciar invasões à Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, um dos últimos redutos de floresta amazônica no estado, além de uma das áreas protegidas mais impactadas pela extração ilegal de madeira.

Neidinha Suruí, ativista socioambiental e amiga próxima de Ari, rejeitou a ideia de que a motivação para o crime fosse uma desavença pessoal. Ela disse ao Brasil de Fato que a "justiça foi apenas parcialmente feita" e considerou a pena branda. Para Neidinha, ainda falta condenar o mandante do crime e o cúmplice.

"A própria exposição da advogada de defesa do réu, a própria fala do réu e das testemunhas, que era da família do réu, mostraram o que a gente sempre vem dizendo: que a motivação é uma questão pelo conflito de terra, pela defesa do território, porque o Ari era um guardião da floresta, o Ari era um protetor do povo. Pra mim, ficou muito claro isso no julgamento."

Suruí, que conheceu Ari desde criança, destacou o legado deixado pelo defensor: o compromisso com a defesa do meio ambiente, do clima, do território e dos direitos dos povos indígenas. "Ele era um guardião da floresta, então todo esse legado de proteção da floresta ele deixa para a humanidade", disse.

A atuação de Ari Uru-Eu-Wau-Wau na expulsão de invasores

Ari tinha 33 anos e foi encontrado morto no dia 18 de abril, véspera do Dia dos Povos Indígenas, em 2020. O corpo tinha sinais de espancamento e foi deixado na linha 625 de Tarilândia, distrito de Jaru (RO), perto de uma das entradas da Terra Indígena (TI) Uru-eu-wau-wau, a maior do estado.

Em 2021, o Brasil de Fato noticiou a expulsão de grileiros flagrados em um acampamento no interior da Terra Indígena. "Eu venho sofrendo ameaças de morte por tomar a frente dessa proteção. Sou ameaçado há quatro ou cinco anos", relatou, na época, Awapy Uru-Eu-Wau-Wau, primo de Ari, que atuava em parceria com a vítima do homicídio.

O abandono estatal e a pressão crescente do agronegócio motivaram os indígenas a se responsabilizarem pela fiscalização. Eles não possuem poder de polícia, mas usam tecnologia de ponta – inclusive drones – para detectar violações à integridade da TI e reportar aos órgão especializados.

Outro lado

A reportagem não conseguiu o representante legal de João Carlos da Silva. O espaço está aberto à manifestação. Durante o julgamento, a defesa argumentou que não havia provas suficientes para condená-lo. 

Editado por: Nicolau Soares
Tags: amazôniaconflitos no campopovos indígenasrondôniaterras indígenas
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