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Reparação

Senado pode votar política para pessoas atingidas por barragens nesta terça (7); entenda o que está em jogo

Apesar de Brasil não ter nenhuma legislação sobre o tema, tramitação se arrasta no Congresso desde 2019

06.nov.2023 às 14h05
São Paulo (SP)
Nara Lacerda

Moradores observam mar de lama que tomou conta de Brumadinho (MG) em 2019, sirenes de alerta da Vale não tocaram e mais de 270 pessoas morreram - ©Douglas Magno / AFP

A Comissão de Infraestrutura do Senado deve votar, nesta terça-feira (7), o projeto de lei que institui a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB). O texto está parado na Comissão desde abril do ano ado e sua aprovação tem potencial de reverter um cenário temeroso: a falta completa de legislação sobre o tema. 

No PL 2788 estão contemplados os direitos das famílias atingidas e as responsabilidades das empresas. Atualmente, a legislação brasileira nem sequer define o conceito de pessoas atingidas por barragens. Não há diretrizes para a definição de direitos em casos de rompimentos ou outros desastres e acidentes e nem regras para coibir abusos. 

"Infelizmente, hoje, no Brasil e no mundo, a cada novo desastre causado por uma grande empresa da mineração, assim como a cada nova hidrelétrica que se construiu, os atingidos são obrigados a se organizar em movimentos populares e conquistar, naquele caso concreto, o reconhecimento de quem vai ter algum direito e quais serão os tipos de indenização ou reparação que eles vão ter em cada caso, em cada situação, em cada estado, em cada cidade", alerta o advogado popular, Leandro Scalabrin, membro do Coletivo Nacional de Direitos Humanos do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). 

:: Herança Maldita: filme mostra como Brumadinho e Mariana se relacionam com ciclo do ouro em MG ::

Scalabrin diz que a única legislação existente na história prevê políticas e compensação apenas para proprietários de terra e data da década de 1940. Os danos ao meio ambiente, às comunidades tradicionais e aos trabalhadores e trabalhadoras não estão contemplados. Ele também destaca que o Brasil não possui um órgão governamental responsável por essa questão. 

"Nós não temos nada e é isso que a legislação vem enfrentar", afirma ele. "Além de não termos um conceito e de não estarem previstos quais são os direitos que essas pessoas têm, também não temos um órgão de governo responsável. Esse trio é o que marca a destruição do nosso povo atingido", completa.” 

Histórico 

O PL foi apresentado em 2019 como uma resposta aos desastres de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. Os dois casos entraram para a história como as maiores tragédias socioambientais do Brasil e expam falhas nas garantias de segurança por parte das empresas da mineração.  

Em novembro de 2015, a barragem do Fundão rompeu no Complexo Industrial de Germano, município de Mariana. O empreendimento era gerido pela empresa de mineração Samarco, controlada pela Vale e pela australiana BHP Billiton. 

Uma avalanche imediata de cerca de 40 milhões de metros cúbicos atingiu rios, córregos, destruiu a vegetação e arrastou construções. Segundo o Ibama, mais de 11 mil pessoas foram prejudicadas e milhares de processos por indenização foram abertos.  

Pouco mais de três anos depois, em janeiro de 2019, ocorreu o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, gerenciada pela Vale. Nenhum sinal de alerta foi acionado e 276 pessoas morreram soterradas, a maior parte trabalhadores da empresa.  

:: Em BH, cerca de 1200 atingidos por barragens da Vale reivindicaram reparação justa e integral ::

Um volume de 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos e lama destruiu grande parte da vegetação local e matou diversos animais. A avalanche atingiu o rio Paraopeba, afluente do São Francisco, tornou a água imprópria para consumo das comunidades, matou peixes e sufocou a flora local. 

Ainda que os dois maiores desastres ambientais do país tenham causado centenas de mortes, destruído biomas e impossibilitado modos de vida ados há gerações, a tramitação da legislação se arrasta há quase quatro anos. 

Leandro Scalabrin afirma que a falta de leis sobre o tema abre espaço para a negligência. "Justamente por não ter uma lei acontecem essas violações. Essa omissão gera um padrão de violações de direitos humanos causadas por essas empresas."

:: MAB ocupa Brasília (DF) por política nacional de reparação a atingidos por barragens; veja programação da jornada de lutas ::

Ele aponta também o desequilíbrio de forças entre as grandes corporações e as comunidades. "Existe uma assimetria. Nós estamos falando de Davi lutando contra Golias", alerta. 

"Enquanto os atingidos não têm lei e não têm órgão de governo que os defenda, as empresas têm agências nacionais que regulam seus direitos, participam de licitações e usufruem de contratos de concessão por 30 anos. Elas têm concedido o direito de desapropriação de terras e moradias, conseguem judicializar, colocar a polícia para despejar famílias. Vão à Bolsa de Valores e captam bilhões de reais, am fundos públicos. Essa é a luta que está colocada nos territórios", conclui Scalabrin. 

Desde sábado (4), o MAB deu início a uma mobilização em Brasília pela reparação das vítimas atingidas por barragens em todo o Brasil. A jornada de lutas reivindica a implementação do PNAB e pressiona para aprovação do PL e sanção presidencial. A votação na Comissão de Infraestrutura está marcada para começar às 11 horas da manhã e será transmitida pelos canais online da casa.

Editado por: Thalita Pires
Tags: direito à constitucionalidadedireito à propriedade e à terradireito à vidadireitos civis e políticosdireitos sociais e econômicos
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