Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

DESINVESTIMENTO

Mesmo com TCE de Minas Gerais barrando privatização, especialistas temem sobre futuro da Codemge

Desde que Romeu Zema assumiu o governo, empresa responsável pelo desenvolvimento econômico do estado enfrenta imes

18.out.2023 às 08h56
Belo Horizonte (MG)
Ana Carolina Vasconcelos

Imagem da fachada da Codemge - Foto: Guilherme Bergamini / ALMG

Após pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) barrou, mais uma vez, no início de outubro, o processo de venda da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) para o setor privado.  No entanto, especialistas acreditam que é necessário ter atenção às próximas movimentações do governo de Romeu Zema (Novo).

Com o “Programa de gestão de portfólio”, a diretoria da Codemge e o governo estadual buscam vender os ativos da empresa, ou seja, patrimônios e participação em outras companhias, em uma estratégia que o TCE-MG chamou de “privatização indireta”, já que não aria pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Criada em 2018 pela gestão de Fernando Pimentel (PT), a estatal é responsável pelo desenvolvimento econômico de Minas Gerais e reúne uma série de ativos e empresas públicas que atuam em áreas como mineração, energia, infraestrutura, turismo, entre outras.

:: Sob críticas, propostas de Zema para privatizar empresas de MG começam a tramitar no Legislativo ::

Desde que o atual governador assumiu seu primeiro mandato, em 2019, a empresa enfrenta uma série de imes sobre a permanência de seu caráter público. Em maio deste ano, o TCE-MG já havia proibido a empresa de vender seus ativos. Porém, no mês seguinte, voltou atrás na decisão.

Weslley Cantelmo, que é economista e presidente do Instituto Economias e Planejamento, destaca que, nos últimos anos, a gestão da empresa já tem deixado de cumprir seu papel estratégico, fazendo com que, na prática, o processo de privatização já esteja acontecendo.  Para ele, o caráter público da Codemge seria fundamental para que Minas Gerais desempenhasse um projeto de reindustrialização.

“O Brasil a por um processo rigoroso de desindustrialização, e Minas Gerais é talvez um dos estados onde esse processo fica mais evidente. Nós perdemos muitas indústrias de bens de capital e temos cada vez mais nos especializado em atividades agroexportadoras. Isso gera poucos empregos e pouca renda. O papel que a Codemge poderia desempenhar é de pegar essas participações que ela possui e financiar investimentos em novas atividades”, explica Weslley.

:: Governos estaduais insistem em privatizações enquanto mundo reestatiza empresas ::

Privatização indireta

Weslley Cantelmo afirma que, em vez de ampliar os investimentos em Minas Gerais, a Codemge tem operado na contramão durante o governo de Zema. “O que tem acontecido nos últimos anos é uma política de desinvestimento, na qual a Codemge abre mão das participações e se desfaz dos ativos que controla. Isso, na prática, é um processo de privatização indireta e é bastante danoso para o estado”, conclui o economista.

Entre os importantes ativos de responsabilidade da empresa, está a maior jazida de nióbio do mundo, que fica no município de Araxá, na região do Alto Paranaíba, e é istrada pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), estatal da qual a Codemge é acionista majoritária.

A extração do nióbio garante um ree de 25% para o estado, gerando, em média, uma arrecadação anual de aproximadamente R$ 300 milhões. Ainda assim, em setembro deste ano, o presidente da Codemge, Thiago Toscano, declarou à imprensa que “foram desenhadas diversas formas de caminhar com a privatização” da Codemig.

:: Conheça a Codemig, empresa de lucro bilionário que Zema quer vender ::

Ameaça ao patrimônio histórico e cultural

A Codemge também é responsável pela gerência do Expominas e do Centro Cultural Itamar Franco, em Belo Horizonte; do Parque das Águas de Caxambu, em Caxambu; da Thermas Antônio Carlos, em Poços de Caldas; do Grande Hotel de Araxá, em Araxá; e do Teatro Paschoal Carlos Magno, em Juiz de Fora, além de outros patrimônios do governo de Minas Gerais.

Assim, outra preocupação com o processo de privatização da empresa é sobre como será o futuro desses espaços, que cumprem papel cultural e social importantes para a população mineira.

Ana Paula Lemes de Souza, que é doutoranda em direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teme que a gestão privada priorize o lucro em detrimento do interesse público.

“Esses setores são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais. Por isso, manter o controle público sobre eles garante que os interesses da população e do Estado sejam priorizados. A privatização poderia levar a uma busca excessiva pelo lucro, prejudicando a qualidade do serviço prestado, além de colocar em risco o patrimônio dos mineiros”, avalia.

Consultora e assessora jurídica de organizações da sociedade civil do Circuito das Águas do Sul de Minas, a pesquisadora destaca que a desestatização da Codemge pode trazer sérios impactos para o Parque das Águas de Caxambu. Ela conta que, muito mais do que ponto turístico, existe uma relação tradicional, histórica e afetiva entre os moradores da região e o parque.

“Há um risco significativo de degradação em todos os sentidos. Empresas privadas priorizam o lucro sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural, levando a práticas de gestão que comprometem a integridade do local”, comenta Ana Paula.

:: Zema terá que explicar ao STF porque aumentou o próprio salário em 300% ::

Incerteza sobre o Espaço Cultural Itamar Franco

Na capital mineira, Lina Rocha, jornalista e empregada pública da Rádio Inconfidência, tem a mesma preocupação com o Espaço Cultural Itamar Franco. Criado há oito anos, além de abrigar a Sala Minas Gerais, onde acontecem as apresentações da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Fundação TV Minas e a Rádio Inconfidência,  o espaço é aberto ao público para práticas de lazer.

“A ocupação desse espaço é livre, as pessoas têm uma sensação de pertencimento, fazem caminhadas, levam seus cães, fazem atividades físicas, tem a realização de shows e feiras culturais. Com uma possível privatização, como seria essa relação? Continuaríamos a ter uma democratização do espaço? Porque a gente não sabe qual vai ser o tipo de relação de uma empresa privada com  a população que circula ali hoje”, indaga Lina Rocha.

Outra preocupação da jornalista é sobre como ficarão a Sala Minas Gerais e os espaços utilizados pelas emissoras. Atualmente, elas não pagam aluguel, por serem públicas e ocuparem um espaço que também é público.

“Então, quando você privatiza, imagino que  a  empresa que for gerir o espaço fará a cobrança de um aluguel que a gente sabe que será bastante caro, causando um grande ônus aos cofres públicos. Outra questão é que esses espaços foram organizados e equipados para serem o que são hoje. Se por um acaso elas tiverem que sair de onde estão, a gente pensa que além de pagar um aluguel que pode ser oneroso para o estado ainda tem a questão de para onde vão os equipamentos”, questiona Lina.

Editado por: Larissa Costa
Tags: privatizaçao
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

RECORDE

Caixa anuncia maior patrocínio da história para esportes paralímpicos

SEM DIÁLOGO

Prefeitura de São Paulo irá afastar 31 diretores de escolas municipais em bairros vulneráveis, denuncia Daniel Cara

REFORMA AGRÁRIA

Cerca de 6 mil militantes do MST ocupam trecho de ferrovia da Vale no Pará para pedir demarcação de acampamento

Eleições PT

‘Essa será a última eleição de Lula e temos dar essa vitória a ele’, diz Edinho Silva em Curitiba (PR)

DITADURA

Uruguai ainda luta por justiça e memória, diz jornalista sobre Marcha do Silêncio

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.