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Direitos humanos

Argentina: vice de Milei revela projeto para soltar repressores da ditadura

Parte da chapa que venceu as primárias, Victoria Villarruel afirma que pode indultar militares

05.set.2023 às 10h05
Victor Farinelli
|Opera Mundi

Milei e Villarruel conformam principal candidatura da extrema direita argentina nas eleições presidenciais de 2023 - Partido A Liberdade Avança

A campanha eleitoral na Argentina entrou de cabeça no tema dos direitos humanos, devido a recentes declarações da advogada e parlamentar distrital Victoria Villarruel, candidata a vice-presidente na chapa de Javier Milei, nas quais reivindica a ditadura militar argentina e afirma que, se chegar ao governo, irá impulsionar um processo de libertação dos repressores do regime que foram condenados pela Justiça, e que ela considera como “presos políticos”.

Nesta segunda-feira (04/09), a parlamentar encabeçou um ato na Assembleia Legislativa de Buenos Aires (distrito federal argentino) um ato em “homenagem às vítimas do terrorismo”, no qual também afirmou que “é hora de reivindicar aqueles que lutaram contra os grupos terroristas que tentaram instalar o comunismo na Argentina e que hoje estão presos injustamente por uma Justiça enviesada e manipulada pela esquerda”.

Villarruel também afirmou que caso ela e Milei cheguem ao poder, o novo governo poderia iniciar um processo para indultar os repressores que se encontram atualmente condenados e presos, por decisão da Justiça, devido às suas responsabilidades na perseguição e eliminação de mais de 8 mil opositores, entre assassinados e desaparecidos.

“Nossos presos políticos são vítimas de sentenças enviesadas, nas quais se aplicou um absurdo princípio de retroatividade. Nós defendemos que, assim como esse princípio não é aplicado aos terroristas da esquerda, também não seja usado contra aqueles que lutaram contra o terrorismo”, reclama a candidata a vice.

:: 'Há uma crise no peronismo', diz líder político que disputou eleições na Argentina ::

Filha e sobrinha de militares

Esta não foi a primeira vez que Villarruel fez alusão à proposta de indultar repressores. Segundo o jornal Página/12, desde a vitória de Milei nas eleições prévias de 13 de agosto, que colocou a candidatura do partido de extrema direita A Liberdade Avança como favorita na disputa presidencial, ela já mencionou a intenção de promover essa política em ao menos duas entrevistas para meios televisivos.

Uma semana depois das prévias, por exemplo, ela respondeu a questionamento do jornalista Eduardo Feinmann no canal La Nación + sobre se um governo de Milei “soltaria condenados por violação aos direitos humanos no dia 11 de dezembro” (a posse de quem for eleito nas próximas eleições argentinas será em 10 de dezembro).

Villarruel primeiro nega que libertaria os repressores no dia seguinte à posse, mas depois defende o mesmo princípio que mencionou no ato desta segunda, de “aplicar aos militares a mesma regra” que ela diz que são aplicadas aos opositores da ditara, que ela chama de “terroristas”. A declaração está no vídeo abaixo, a partir do minuto nove:

Ademais, a advogada tem uma relação familiar com as Forças Armadas. Seu pai, Eduardo Villarruel, foi tenente do Exército e participou de operativos da ditadura na província de Tucumán, no Noroeste da Argentina.

Também lutou na Guerra das Malvinas e chegou a ser capturado pelos ingleses. Em 1987, ele formou parte do grupo de militares que se negaram a jurar lealdade ao governo de Raúl Alfonsín, o que lhe rendeu uma pena de prisão de 40 dias e sua exoneração.

Seu tio, Ernesto Villarruel, não era militar mas formava parte dos aparatos de repressão. Segundo uma investigação liderada pelo juiz Daniel Rafecas, ele era um dos agentes responsáveis pelas torturas cometidas no centro clandestino El Vesubio, na região metropolitana de Buenos Aires. Chegou a ser condenado em primeira instância por seu envolvimento no caso, mas acabou recorrendo em tribunais superiores e sua defesa mantém o processo congelado, alegando “incapacidade de afrontar o julgamento” por questões de saúde.

A também advogada e parlamentar Myriam Bregman revelou durante um programa de televisão, na última quinta-feira (31/08), uma nota da carceragem onde está preso o repressor Miguel Etchecolatz, onde o nome de Villarruel aparece com uma das pessoas autorizadas a ter contato com ele.

“Eles (os repressores) tinham um registros das pessoas com quem eles podiam falar, pedir ajuda, e Villarruel era uma dessas pessoas, que tinha contato permanente com os genocidas”, afirmou Bregman, que também disse ter provas de ameaças e ataques pessoais enviados a ela pela hoje candidata a vice-presidente, na chapa de Javier Milei.

Reações

O ato de Villarruel provocou uma onda de reações por parte de organismos de direitos humanos. O próprio ato já foi alvo desse repúdio: centenas de pessoas se reuniram do lado de fora da Assembleia Legislativa de Buenos Aires para protestar contra a homenagem da militante de extrema direita à ditadura argentina.

Outras organizações estão preparando uma mobilização para esta semana, mas que ainda não tem uma data confirmada. Segundo o Página/12, a articulação envolve entidades como Abuelas de Plaza de Mayo, Madres de Plaza de Mayo, Fundação Memória Histórica e Social da Argentina, Movimento Ecumênico pelos Direitos Humanos, Liga Argentina pelos Direitos Humanos e Associação Boa Memória.

A parlamentar Victoria Montenegro, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Buenos Aires, afirmou que “este episódio nos mostra que é preciso enfrentar o negacionismo com uma melhor estratégia, com militância ativa, pois claramente há uma porcentagem da população que está aderindo ao discurso negacionista, entre outras coisas porque os meios de comunicação têm dado mais espaço aos propagadores desse discurso”.

* Com informações de Página/12 e RT.

Conteúdo originalmente publicado em Opera Mundi
Tags: argentinadireito à memóriadireito à vidadireitos humanosditaduraextrema direitajavier milei
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