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Reação

‘É cansativo’: nova parada do julgamento do marco temporal no STF frustra indígenas em Brasília

Cerca de 600 pessoas acompanhavam sessão do lado de fora da Corte; julgamento retorna na quinta (31)

30.ago.2023 às 00h34
Atualizado em 31.ago.2023 às 00h34
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio

Parte dos indígenas fez caminhada pela Esplanada dos Ministérios nesta quarta (30), em Brasília, para bradar contra marco temporal - Antônio Cruz/Agência Brasil

O adiamento da conclusão do julgamento do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi recebido com lamento por indígenas que acompanhavam a transmissão da sessão do lado de fora do prédio, nesta quarta-feira (30). O caso chegou à Corte em janeiro de 2017 e já teve a análise adiada diversas vezes nos últimos anos. Desta vez, mais de 600 lideranças de diferentes comunidades do país vieram acompanhar a manifestação dos ministros sobre o tema diretamente de Brasília (DF).  

A sessão foi interrompida pela presidenta do STF, Rosa Weber, logo após a revelação do voto de André Mendonça, que votou a favor da tese do marco temporal. Esse é o segundo posicionamento nesse sentido; o primeiro foi manifestado por Nunes Marques. Até o momento, o placar em torno do tema está em dois votos a dois. O relator, Edson Fachin, e Alexandre de Moraes se colocaram contra a ideia de que as comunidades tradicionais só têm direito a terras que já estivessem ocupando ou disputando desde antes da Constituição Federal de 1988. Outros sete magistrados ainda devem revelar o voto na próxima sessão, prevista para quinta-feira (31).

O indígena Kopenoti, do Conselho Terena do Mato Grosso do Sul, viajou durante 25 horas de ônibus na companhia de um grupo de 30 pessoas para acompanhar o julgamento na capital federal. "Nós viajamos muito tempo para depois chegar aqui e [isso] ser adiado. Não é fácil, não. Aguardamos que seja recomeçado amanhã", disse ao Brasil de Fato.

Já Marciane Tapeba veio do Ceará para participar do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena em Brasília e interrompeu a agenda para se somar à concentração na porta do STF. Ela conta que esta não é a sua primeira atividade de acompanhamento do caso do marco temporal.

"Já é a terceira ou quarta vez que a gente vem aqui pra acompanhar o julgamento e não consegue avançar. É cansativo, mas a luta continua e a gente precisa resistir. Lá no Ceará, os indígenas estão mobilizados na Praça do Ferreira, na Praça da Imprensa, estão na articulação fazendo marchas e a gente está aqui na força, na resistência, esperando que a encantaria possa trabalhar e a gente possa chegar ao fim de forma positiva, mas este processo é bem cansativo."

Desabafo semelhante fez a indígena Neusa Kunha Taqua, do Território Rio Pequeno, em Parati (RJ). Ela conta que a comunidade local teve a área reconhecida em 2017, mas o terreno ainda não foi finalmente demarcado. Composto por várias fases técnicas e istrativas, o processo é longo e costuma demorar anos para ser concluído. Como o julgamento do caso do marco temporal tem repercussão geral, ou seja, vai fixar um entendimento a ser aplicado para todas as áreas tradicionais, Neusa teme um eventual retrocesso na discussão sobre os direitos originários dos povos indígenas aos seus territórios. "Estamos aguardando a portaria declaratória. Nosso maior medo é que venha a ser aprovada essa tese, pois prejudicaria todos os processos demarcatórios. Seria extinguir os povos indígenas", afirmou.

Relevância

Integrante da coordenação-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna afirma que "muita coisa está em jogo" no julgamento, que é o mais esperado pelas comunidades tradicionais em todo o país. "Está em jogo principalmente a vida de vários povos que ainda estão com seus territórios por demarcar. A retomada do julgamento é, pra gente, algo crucial. É fundamental essa força da luta do movimento, que chegou junto aqui no STF. Temos uma expectativa muito grande em relação a esse julgamento. Esperamos que não haja mais nenhum pedido de vista, o que seria muito frustrante pra gente e muito ruim também pra imagem do Supremo. Temos esperança nos nossos direitos originários ao território."

Gustavo Peixoto, da entidade Indigenistas Associados (INA), esteve entre os parceiros que comparecem à porta do STF para se solidarizar com as lideranças populares nesta quarta. Servidor público da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), ele assinala que o reconhecimento por parte do STF do direito originário das comunidades tradicionais ao território ajudaria o Brasil a consolidar a perspectiva já lançada pela Constituição Federal de 1988.

"A Constituição já fala que a gente é um Estado pluriétnico nacional de direito, então, ela reconhece que o Estado não se rompe por ter muitas etnias, muitas nações dentro deles. O que falta ao Brasil é aplicar a Constituição, é reconhecer que o Estado é pluriétnico. É com isso que a gente vai ser capaz de reconhecer os indígenas com toda a sua diversidade. A gente tem que reconhecer a existência desse Estado plural e espalhar isso em todas as políticas públicas dirigidas aos indígenas", afirma o especialista, acrescentando que as demarcações fazem parte desse processo.

Editado por: Thalita Pires
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