Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

Golpismo

Ex-ministro da Defesa teria facilitado tentativa de hacker em fraudar eleições de 2022 a pedido de Bolsonaro

Paulo Sérgio Nogueira teria levado o hacker de Araraquara Walter Delgatti à sede do Ministério da Defesa

17.ago.2023 às 11h42
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

Paulo Sérgio Nogueira e Jair Bolsonaro são citados em tentativa de fraudar eleições de 2022 durante depoimento de Walter Delgatti Neto à MI - Evaristo Sa/AFP

O hacker Walter Delgatti Neto afirmou que o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira facilitou o o à sede da pasta, em Brasília, e aos funcionários especialistas em tecnologia da informação para tentar criar um código-fonte falso das urnas eletrônicas a fim de fraudar as eleições presidenciais de 2022.

A ponte entre Paulo Sérgio Nogueira e Walter Delgatti Neto teria sido feita pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro após uma reunião no Palácio do Alvorada, que teria ocorrido em 10 de agosto do ano ado. Na ocasião, segundo o hacker, estavam presentes Bolsonaro, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o assessor da Presidência Marcelo Câmara.  

“A conversa foi bem técnica até que o presidente me disse: a parte técnica eu não entendo, vou te enviar para o Ministério da Defesa, por meio do general Marcelo Câmara, e lá você explica, a despeito da resistência de Marcelo Câmara em levá-lo”, disse Walter Delgatti Neto aos parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI), que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, nesta quinta-feira (17). 

“Ele me disse que eu estaria salvando o Brasil. Nisso essa conversa foi evoluindo e chegou na parte técnica. Recebi garantia de proteção, receberia um indulto do presidente. Com as cautelares de proibição de ar a internet que eu tinha, foi oferecido esse indulto.” 

:: PIX de R$ 17 mi para Bolsonaro e transações atípicas de Mauro Cid serão investigadas por MI ::

No total, o hacker afirmou que foi ao Ministério da Defesa cinco vezes em encontros com o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira e com o pessoal de tecnologia de informação. “Eles iam até o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e me avam o que viam. Eles meio que iam decorando o que viam do código e me avam, e eu ia ando orientações", detalhou.

Inclusive, o relatório que foi entregue ao TSE pelo Ministério da Defesa, em 9 de novembro do ano ado, foi elaborado com base nas informações prestadas por Walter Delgatti Neto. O documento aponta para dois pontos de atenção em relação às urnas eletrônicas, mas comprova que não houve fraude nas eleições de 2022. 

:: TSE desmente fake news sobre seções eleitorais que deram 100% dos votos a Lula; entenda ::

O relatório, a despeito de ter sido elaborado com o apoio de Walter Delgatti Neto, não conseguiu falsear uma falha. Isso porque as urnas só poderiam ser fraudadas se funcionassem online. Os aparelhos, no entanto, só funcionam offline. “Isso seria uma fantasia, tanto que lhe foi pedido que fosse um código-fonte falso”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) durante o depoimento desta quinta-feira (17). Em resposta, o hacker disse: “concordo”.    

“Ele sabia que a urna é o meio adequado para a eleição, não à toa ele teve vários mandatos. Insatisfeito, ele queria demonstrar que a urna poderia ser fraudada, mas esqueceu que a urna é offline. Se é offline, você não poderia fraudar. Só poderia fraudar se fosse online”, disse o deputado Duarte Jr. (PSB-MA), na mesma linha, ao que Delgatti confirmou as informações: “correto”. 

“Mas Jair Bolsonaro, ainda assim, chamou o ex-ministro da Defesa para lhe dar todas a condições e caminhos para ter contato com os técnicos para que o senhor pudesse fraudar as eleições. Confirma?”, perguntou o deputado, que teve a confirmação do hacker. 

“O senhor sabia que estava fazendo coisas erradas?”, questiona novamente Duarte Jr., obtendo, mais uma vez, resposta positiva de Delgatti: “sabia, mas lembrando que estava fazendo a pedido de um presidente. Ele me deu dar carta branca para fazer o que quisesse em relação às urnas, que eu seria anistiado”, concluiu o hacker.

“Isso é gravíssimo. O pedido para fraudar a eleição foi feito por um presidente em seu mandato”, condenou o deputado do PSB.

Grampo de Moraes 

O hacker Walter Delgatti Neto também afirmou que Jair Bolsonaro pediu que ele assumisse um grampo que teria sido feito contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante uma ligação mediada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).  

“O presidente entrou em contato comigo por meio de um celular aparentemente novo, com um chip inserido naquela hora. Eles haviam conseguido um grampo do ministro Alexandre de Moraes, que teria conversas comprometedoras, e eles precisavam que eu assumisse a autoria desse grampo", disse.

A ligação teria ocorrido em um posto de gasolina, próximo a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Pouco antes, Zambelli teria ligado para Walter Delgatti Neto e falou que precisava tratar de um assunto urgente. Logo depois, um motorista da parlamentar teria buscado o hacker para levá-lo até o local.  

“Esse grampo seria suficiente para uma ação contra o ministro e refazer as eleições. Eu concordei em assumir porque era uma proposta do presidente da República. Depois a Carla Zambelli disse que seria necessário invadir alguns sistemas de Justiça para demonstrar a fragilidade dos sistemas, a pedido de Bolsonaro”, disse Delgatti.  

Foi neste momento que o hacker teria feito a inserção de alvarás de soltura e um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As inserções foram feitas entre 4 e 6 de janeiro deste ano, dias antes dos atos que culminaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. 

Em 27 de junho deste ano, Delgatti confessou à PF a sua participação em parte do esquema, que teria contado com a ajuda da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). O hacker afirmou que o objetivo da invasão era expor as vulnerabilidades do sistema judiciário brasileiro, com o propósito de desacreditar o sistema eletrônico de votação.  

Segundo Delgatti, Zambelli solicitou que, caso não conseguisse invadir as urnas eletrônicas, o hacker deveria procurar por "diálogos comprometedores" envolvendo Alexandre de Moraes. Em resposta, Delgatti teria afirmado que seria possível inserir um mandado de prisão contra o ministro no sistema do CNJ.   

Zambelli teria feito o texto e enviado para publicação. Delgatti alegou que "fez algumas alterações, pois o português estava meio ruim", e emitiu o mandado de prisão e o bloqueio de valores, no exato valor da multa aplicada ao PL pelo TSE, de cerca de R$ 22 milhões. 

A defesa de Zambelli disse que ela "rechaça qualquer acusação de prática de conduta ilícita e imoral pela parlamentar, inclusive, negando qualquer tipo de pagamento ao mencionado hacker". Segundo Delgatti, a ex-deputada depositou cerca de R$ 40 mil em sua conta. 

Reunião de 9 de agosto 

Um dia antes de Bolsonaro encaminhar o hacker ao Ministério da Defesa, em 9 de agosto, teria havido outra reunião. Na ocasião, o marqueteiro de Jair Bolsonaro, Duda Lima, teria sugerido a Walter Delgatti Neto a apresentação da suposta fraude às urnas eletrônicas à população no dia 7 de setembro ou em uma propaganda eleitoral.  

“O Duda Lima, inicialmente, disse que seria ideal eu participar de uma entrevista com a esquerda e falar de forma espontânea sobre a fragilidade das urnas. Não ocorreu porque o meu encontro saiu na mídia, e eles cancelaram esse plano. Uma segunda ideia era pegar uma urna emprestada da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], fazer um código meu, em vez do código do TSE, e mostrar que é possível apertar um voto e imprimir outro”, disse Delgatti à MI.

“Eles queriam que eu fizesse um código-fonte fake e inserisse nas linhas que se chamam 'códigos maliciosos'. Isso seria divulgado no 7 de setembro ou em alguma propaganda eleitoral", afirmou.

Editado por: Geisa Marques
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

'MARES DE FRANGOS'

Muitas galinhas, pouca variedade genética: granjas são ‘chocadeiras’ de doenças como a gripe aviária

RECORDE

Caixa anuncia maior patrocínio da história para esportes paralímpicos

SEM DIÁLOGO

Prefeitura de São Paulo irá afastar 31 diretores de escolas municipais em bairros vulneráveis, denuncia Daniel Cara

REFORMA AGRÁRIA

Cerca de 6 mil militantes do MST ocupam trecho de ferrovia da Vale no Pará para pedir demarcação de acampamento

Eleições PT

‘Essa será a última eleição de Lula e temos dar essa vitória a ele’, diz Edinho Silva em Curitiba (PR)

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.