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Até quando?

Começa o julgamento do Massacre de Paraisópolis: ‘Criminosos fardados estão matando nosso povo’

Ato com familiares de vítimas marca abertura da oitiva das testemunhas. Expectativa da acusação é por júri popular

25.jul.2023 às 16h18
São Paulo SP
Igor Carvalho

Familiares se reuniram na frente do Fórum Criminal da Barra Funda antes da audiência - Foto: Igor Carvalho

Começou nesta terça-feira (25), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, a oitiva das testemunhas do assassinato de nove jovens que estavam no Baile da DZ7, no bairro de Paraisópolis, zona sul da capital paulista, quando policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar fizeram uma operação no local para acabar com a festa, que culminou nas mortes.

Antes, na porta do fórum, familiares das vítimas e entidades de direitos humanos se reuniram para pedir justiça e cobrar responsabilização dos policiais militares. “Criminosos fardados estão matando nosso povo. Queremos viver. Se tivesse um filho de bacana, seria outra situação. Infelizmente, eram todos de periferia”, Maria Cristina Quirino, mão de Denys Henrique, uma das nove vítimas fatais.

Dos 31 policiais militares que participaram da operação, apenas 12 se tornaram réus e agora arão a ser julgados. Para os familiares das vítimas e sua defesa, houve conivência do Estado e dos órgãos, com a letalidade policial.

“A polícia construiu e elaborou uma operação para obstruir os bailes funks e essa operação culminou na morte de nove pessoas. Por isso, todos esses policiais devem ser levados a juri popular por homicídio e dolo eventual”, afirmou Dimitri Alves, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe-SP), órgão que acompanha o caso desde o princípio.

Durante o ato, Quirino lamentou que uma das linhas adotadas pela defesa seja a criminalização do funk e dos jovens assassinados. “Já tentaram fazer isso lá no início, quando a Justiça Militar pediu o exame toxicológico dos nossos filhos, tentando alegar que a possível causa da morte era por eles estarem sob efeito de entorpecentes. Essa tentativa é mais uma narrativa que eles usam para criminalizar [os jovens] e se livrarem do crime que cometeram.”

Para a deputada estadual Simone Nascimento (PSOL), não há novidade nessa tentativa de criminalização por parte da Polícia Militar. “Tudo que é associado à cultura negra e periférica, que pertença à classe trabalhadora, é criminalizado. Já foi o samba e a capoeira, agora é o funk. Eu espero que quem estiver à frente desse julgamento entenda que o funk tem que ser valorizado e abraço pela sociedade, não condenado.”

Dimitri Alves afirmou que a defesa das famílias trabalha com a hipótese do júri popular, método de julgamento que consideram compatível com a dimensão que o caso tomou.

“Minha expectativa é que as testemunhas de acusação possam convencer o juiz de que os policiais agiram com a intencionalidade de gerar um grande tumulto e, portanto, assumiram o risco do que aconteceu”, explicou o presidente do Condepe. “A polícia construiu e elaborou uma operação para obstruir os bailes funks e essa operação culminou na morte de nove pessoas. Por isso, esses policiais devem ser levados a juri popular por homicídio e dolo eventual”, finalizou.

Simone Nascimento pediu uma reflexão e solidariedade aos familiares que estão enlutados, brigando pela memória de seus filhos. “Vivemos um genocídio em curso no nosso país e a violência policial é um dos braços do Estado que melhor coloca em prática esse plano no cotidiano. Vemos isso através de massacres como o que aconteceu em Paraisópolis. A única forma de reagir a esse massacre é a organização e luta por justiça, sem que permitamos que a justiça brasileira naturalize esses massacres. Hoje, vir aqui na frente do Fórum, pedindo justiça por esses nove jovens e adolescentes, é uma forma de resistência.”

Relembre

Na noite de 1 de dezembro de 2019, imagens de violência promovida pelo 16º Batalhão da Polícia Militar paulistana no baile da Dz7 na comunidade de Paraisópolis, região sul de São Paulo, inundaram as redes sociais.

Naquela data, a Operação Pancadão, promovida recorrentemente pelo estado, provocou a morte de nove jovens, entre 14 e 23 anos. O caso ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis.

A maioria dos jovens morreram asfixiados após o lançamento de spray de pimenta e bombas de gás pela PM, que encurralou os participantes do evento. Um deles morreu por traumatismo.

Na Justiça Militar, a Corregedoria da PM apurou a conduta de 31 policiais militares que estavam na ação. O órgão concluiu que os agentes não causaram as mortes dos frequentadores do baile.

As vítimas que saíram para se divertir e não puderam voltar para casa foram: Marcos Paulo Oliveira dos Santos, de 16 anos; Bruno Gabriel dos Santos, 22; Eduardo Silva, 21; Denys Henrique Quirino da Silva, 16; Mateus dos Santos Costa, 23; Dennys Guilherme dos Santos Franco, 16; Gustavo Cruz Xavier, 14; Gabriel Rogério de Moraes, 20; e Luara Victoria de Oliveira, 18.

Editado por: Leandro Melito
Tags: direito à vidaparaisópolis
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