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Decisão popular

Esquerda surpreende e leva duas candidaturas ao segundo turno na Guatemala

Como em 2019, Sandra Torres foi a mais votada no primeiro turno, mas desta vez ela enfrentará um ambientalista

26.jun.2023 às 09h35
Victor Farinelli
|Opera Mundi

Sandra Torres e Bernardo Arévalo disputarão o segundo turno das eleições presidenciais da Guatemala no dia 20 de agosto - Opera Mundi

Em uma jornada cheia de surpresas neste domingo (25/06), a esquerda conseguiu levar duas candidaturas ao segundo turno das eleições presidenciais da Guatemala.

O primeiro turno da disputa presidencial terminou com um resultado bastante inesperado, apesar de a primeira colocação ter ficado com a mesma vencedora da eleição ada, em 2019.

Segundo informações do Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala (TSE), após mais de 95% das urnas apuradas, a empresária Sandra Torres, do partido de centro-esquerda União Pela Esperança (UNE), obteve 15,3% dos votos, com os quais ela chega novamente ao segundo turno.

Esta é a terceira vez que Torres concorre à Presidência da Guatemala, e nas outras duas vezes ela também chegou ao turno decisivo, perdendo em 2015 contra o ex-presidente liberal Jimmy Morales (2016-2020) e em 2019 para o atual mandatário, o conservador Alejandro Giammattei.

Porém, esta é a primeira vez que ela enfrentará outro candidato progressista no segundo turno, marcado para próximo dia 20 de agosto.

O segundo mais votado neste domingo foi a grande surpresa do dia: Bernardo Arévalo, do Movimento Semente, reuniu 12,1%, superando todas as candidaturas de direita.

O desempenho de Arévalo foi bastante inesperado, já que seus percentuais em todas as pesquisas publicadas durante a campanha variaram entre 4% e 6% das intenções de voto.

Ademais, Arévalo não foi a única surpresa da jornada. O terceiro colocado foi o candidato governista Manuel Conde, do partido Vamos, com 7,8%.

Também foi surpreendente a quarta colocação do nacionalista Armando Castillo, do partido Viva, que ficou com 7,4% dos votos.

Dois dos candidatos melhor posicionados nas pesquisas foram as grandes decepções. O ex-funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) Edmond Mulet, do partido de centro-direita Cabal, ficou em quinto lugar, com apenas 6,9%.

Porém, a maior frustração foi a candidatura da extrema direita, liderada por Zury Ríos Sosa, filha do ex-ditador Efraín Ríos Montt (1981-1983). Todas as pesquisas a colocavam entre os três primeiros lugares, e em muitas delas ela aparecia liderando, sempre com percentuais acima dos 15%, às vezes até acima dos 20% das intenções. Neste domingo, porém, ela conquistou apenas 6,7% dos votos.

Quem é Bernardo Arévalo

Opera Mundi publicou neste domingo um pequeno perfil das três figuras melhor posicionadas nas pesquisas, incluindo o de Sandra Torres, única candidatura que obteve no primeiro turno um percentual semelhante ao que as sondagens atribuíam a ela.

Entretanto, a matéria não falou sobre o surpreendente Bernardo Arévalo, que chegou ao segundo turno e ganhou mais 40 dias de campanha para tentar repetir o feito de seu pai, o ex-presidente Juan José Arévalo (1945-1951), cuja história contaremos nos parágrafos mais abaixo.

Sociólogo de 64 anos, nascido em Montevidéu (durante o exílio de seus pais), Arévalo é o líder do Movimento Semente, que se descreve como um partido “ecologista, progressista e liberal”, embora alguns analistas locais prefiram categorizá-lo como “social liberal”.

As posições políticas da sua bancada no Congresso mostram semelhanças com o estilo do presidente chileno Gabriel Boric: por exemplo, considera os governos de Nicarágua e Venezuela como ditaduras e exige do presidente Giammattei uma postura oficial de condenação à Rússia e de apoio à Ucrânia, com relação ao conflito entre os dois países – inclusive, chegou a pedir na justiça (sem sucesso) o cancelamento do contrato do Estado guatemalteco para a aquisição de milhões de doses da vacina russa anticovid Sputnik V.

Entretanto, o vínculo mais controverso do partido é com o presidente de El Salvador, o polêmico empresário e influencer Nayib Bukele.

Nestas eleições da Guatemala, o mandatário salvadorenho não expressou abertamente seu apoio a nenhum candidato, mas em 2019, quando a candidata do Movimento Semente era a ex-promotora pública Thelma Aldana, o principal trunfo da campanha eram declarações de Bukele, nas quais ele pedia votos da juventude e a chamava de “futura presidente”.

Outra situação, que talvez também explique o fenômeno de Arévalo este ano e porque ele não foi previsto pelas pesquisas, é que, assim como Bukele durante sua candidatura em El Salvador (em 2019), Arévalo e o Movimento Semente centraram os esforços da campanha deste ano nas redes sociais, sem fazer tantos atos públicos e comícios.

Família Arévalo

Apesar de seu desemprenho eleitoral ser inesperado, o sobrenome Arévalo não é uma novidade no Palácio Presidencial guatemalteco. Seu pai foi o escritor e ex-presidente Juan José Arévalo, que governou o país entre 1945 e 1951, conhecido por um estilo que era chamado de “socialismo espiritual”, cujo objetivo era “libertar o indivíduo psicologicamente”.

Durante aquele governo, a Guatemala realizou grandes reformas na saúde e na educação. Também foi criado o Instituto Guatemalteco de Seguridade Social (IGSS), referência no país até os dias de hoje.

No entanto, Arévalo precisou superar diversas tentativas de golpe de Estado para completar seu mandato. A maioria desses ataques realizados pela direita local foram patrocinadas pela empresa norte-americana United Fruit e pela embaixada dos Estados Unidos no país, como relata o famoso livro “As Veias Abertas da América Latina”, do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano.

Em 1950, Arévalo pai elegeu seu sucessor, o militar Jacobo Árbenz, que manteve o programa de governo progressista, mas não resistiu às investidas da direita e acabou vítima de um golpe, em 1954.

Com o início da ditadura do general Carlos Alberto Castillo, a família Arévalo foi obrigada a fugir do país, e encontrou asilo político no Uruguai, onde Bernardo Arévalo nasceu.

O clã só voltaria ao país centro-americano em meados dos Anos 70, apesar de o regime ditatorial ainda estar vigente – naquele então, sob as ordens do general Eugenio Laugerud. Juan José Arévalo faleceu na Cidade da Guatemala, em 1990, quando o país já havia recuperado a democracia.

Conteúdo originalmente publicado em Opera Mundi
Tags: américa centralditaduraguatemala
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