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Início Política

após indiciamento

MP pede absolvição de servidor do IBGE que fugiu de bolsonaristas em estrada bloqueada em 2022

Tiago Marcolino tinha sido acusado de tentativa de homicídio ao tentar sair; caso agora será investigado pela PF

31.maio.2023 às 13h46
Rio de Janeiro (RJ)
Felipe Mendes

Carro de trabalho usado pelos servidores ficou danificado após ataque de bolsonaristas - Acervo pessoal

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu a absolvição de um servidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que foi acusado de tentativa de homicídio ao tentar fugir após ser agredido por bolsonaristas em um bloqueio em estrada do interior paulista em novembro de 2022. 

O caso aconteceu em na rodovia SP-360, na altura do município de Amparo. Marcolino viajava em um veículo oficial com identificação do IBGE, acompanhado de uma colega. Eles atuavam no Censo 2022 e iam prestar serviço em Serra Negra, outro município da mesma região. O carro foi abordado pelos participantes dos protestos golpistas e alguns iniciaram os ataques. 

O episódio deu início a uma série de transtornos. Ao tentar fugir, Marcolino foi agredido, precisou de trafegar na contramão, teve o carro invadido por alguns dos golpistas e foi parar em uma delegacia, onde chegou a ficar detido. O delegado tentou indiciar o servidor por tentativa de homicídio (por supostamente ter tentado atropelar os bolsonaristas).

Com apoio de uma advogada, ele ou por audiência de custódia e foi liberado na época, mas o processo seguiu em curso. A manifestação do MP-SP pedindo sua absolvição, mais de seis meses depois, traz um pouco de alívio.

"Eu fico muito feliz que a justiça tenha sido feita. Pela primeira vez em meses eu consegui dormir sem me preocupar comigo, tive uma sensação de que tudo estava sendo esclarecido. Porque nessa condição de réu, a gente não sabe o que o outro vai interpretar", disse.

Na manifestação, o MP-SP solicita a retirada das medidas cautelares impostas a Marcolino, bem como a transferência da investigação para a Polícia Federal, já que a atuação da delegacia que atendeu o caso inicialmente não condiz com a real situação registrada, e crimes praticados contra funcionários públicos devem ser julgados pela Justiça Federal, conforme prevê a Constituição.

Para provar o que relatou, Marcolino trabalhou para conseguir as imagens de câmeras da rodovia. O Sindicato dos Trabalhadores do IBGE também se engajou na defesa do servidor. Ele ainda foi absolvido pela corregedoria do órgão, que fez apuração interna para investigar o episódio.

"Inclusive eles pontuaram que os manifestantes deveriam ter sido autuados por agressão e por depredação do patrimônio público. Se eles tivessem comprovado alguma coisa que eu havia feito fora do esperado, eles teriam tomado as diligências cabíveis, que seria me responsabilizar pelo carro [danificado]", disse.

Meses de tensão

Apesar de ter sido liberado após ar por audiência de custódia, Marcolino ou por muitas dificuldades e teve prejuízos. Só no primeiro momento, gastou cerca de R$ 7 mil com advogados. Nada que se comparasse às ameaças e agressões que sofreu.

"Foi dito que o IBGE não ia ar, que o IBGE trabalhava para o Lula. Nesse momento tentei conversar com manifestantes, falar sobre o trabalho, sobre não ser político partidário, que é um trabalho que ajuda a região. Algumas pessoas começaram a gritar que não éramos bem vindos. Começaram a bater, dar chutes e socos no carro", relatou o servidor ao Brasil de Fato na época.

Na sequência, bolsonaristas tentaram retirar a colega de dentro do carro. Alguns abriram uma das portas traseiras. Enquanto tentava proteger a outra servidora e os pertences que estavam no carro, Marcolino foi agredido com um soco no rosto. Ele então ligou o carro e tentou sair. Primeiro de marcha ré, mas desistiu por receio de atropelamentos. Então partiu para a frente, desviando das pessoas e dos materiais usados para o bloqueio.

"Quando saímos fomos perseguidos por quatro carros e duas motos, por três quilômetros, mais ou menos. Os motoristas jogavam os carros na nossa frente, com intuito de talvez provocar acidente. Fui obrigado a entrar na contramão pra fugir. Vi uma viatura da Guarda Civil Municipal de Amparo e me aproximei para pedir ajuda. Quando parei, os manifestantes vieram para cima do carro e quebraram o vidro da frente usando um capacete", relatou.

As agressões só cessaram quando um dos guardas atirou para o alto, como advertência. Antes disso, porém, Marcolino teve o nariz fraturado. Ele e a colega foram para um pronto socorro e, na sequência, para a delegacia. Sempre perseguidos pelos bolsonaristas.

"Não se pode deixar de salientar que mesmo diante da presença dos agentes da lei, os manifestantes – em grande número – agrediram fisicamente Tiago e danificaram o veículo público, conduzido por ele, sendo necessário o disparo de munição antimotim para que o conflito cessasse", pontuou a promotora Flavia Travaglini Zulian, que assina a manifestação do MP sobre o caso.


Servidor teve o nariz fraturado por bolsonaristas / Acervo pessoal

"Eu não fui atacado por ser um civil comum, e sim por que estava com veículo oficial, do IBGE, órgão do governo federal, um carro de uso exclusivo em serviço", disse o servidor.

Episódios de recusas à participação no Censo e até mesmo agressividade contra agentes do IBGE foram frequentes no país em 2022. Marcolino contou que colegas em diversas cidades sofreram ameaças. Esta foi a primeira vez que ele participa do processo de recenseamento, mas contou que colegas que já estavam na função em outras edições afirmaram que esse tipo de situação é novo.

Editado por: Thalita Pires
Tags: bolsonaristasibge
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