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Início Bem viver Cultura

Arte urbana

Mano Cappu: ‘Rap é uma denúncia, Hip Hop é um agente de mudança’

Rappers falam sobre a importância do Rap e do Hip Hop nas periferias do Paraná

31.maio.2023 às 10h29
Curitiba (PR)
Lia Bianchini

Alep aprovou projeto que eleva as batalhas culturais de rima à categoria de patrimônio cultural imaterial no Paraná - Foto: Orlando Kissner/Alep

Do chão de terra vermelha das periferias de Curitiba, um adolescente no início dos anos 2.000 descobriu que poderia sonhar ao ouvir rimas de Rap de grupos locais. Assim, Mano Cappu descreve o início da sua carreira, aos 15 anos. Cria da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), Cappu encontrou na cultura Hip Hop um meio para burlar o destino que o sistema capitalista programou para jovens negros e periféricos como ele.

“Na escola eu era ensinado a fazer um curso de mecânica básica. [Diziam] você vai trabalhar na Bosch, na New Holland. Mas eu queria fazer arte, fazer música, romper com esse estigma. Nós não somos chamados para ser liderança dentro de uma fábrica, a gente é chamado para arrastar bota”, afirma.

O rapper, que se diz um “caçador de palavras”, encontrou nas rimas uma forma de “escancarar a realidade na cara da sociedade”. “Estamos denunciando as mazelas que o poder público deixou na periferia. O Rap é uma denúncia, o Hip Hop é um agente de mudança”, relata Mano Cappu.


“Estamos denunciando as mazelas que o poder público deixou na periferia", afirma Mano Cappu / Divulgação

Realidade do corpo preto e LGBT

Vinda do interior do Paraná para Curitiba, a multiartista Siamese também fez do Hip Hop o palco para dar visibilidade à própria existência. “Ver batalhas e shows de MC’s, principalmente as mulheres, me prendia e instigava e me inspirava a falar questões que me atravessam também. O Hip Hop nasce para trazer a realidade de muitas minorias, e eu me via fazendo música que fala da realidade do meu corpo preto e LGBTQIAPNB+”, conta.


"O Hip Hop nasce para trazer a realidade de muitas minorias", diz Siamese / Foto: Vitor Augusto

Ser uma forma de expressão de pessoas colocadas à margem da sociedade está na origem da cultura Hip Hop, que nasceu na década de 1970, no Bronx, em Nova Iorque (EUA), um bairro majoritariamente negro e hispânico na época. Suas primeiras manifestações no Brasil foram na década de 1980, na periferia de São Paulo.

No Paraná, o dia a dia de artistas do Hip Hop esbarra no racismo de um estado que preza por celebrar a cultura branca europeia.

“Fazer Rap no Paraná, trabalhar com a cultura Hip Hop, é bem difícil, a gente acaba esbarrando no racismo mesmo. [Sofremos] várias represálias de instituições, da Polícia Militar, da Guarda Municipal. Às vezes a gente está fazendo um rolê de Rap, batalha de rima na rua e tem que parar o som porque os caras já chegam na violência, na brutalidade, sendo que a gente só está ocupando um espaço e produzindo cultura”, diz a DJ Dani Black, que atua no coletivo A Máfia, em Londrina, formado por cinco mulheres negras.


"A gente acaba esbarrando no racismo mesmo", diz DJ Dani Black, sobre trabalhar com Hip Hop no Paraná / Vand.alismo

Falta de incentivo 

O racismo também se reflete na falta de incentivo e políticas públicas de fomento às manifestações do Hip Hop. “O racismo é algo estrutural e está enraizado na nossa sociedade, e aqui em Curitiba e no setor Cultural não é diferente. Para além da representatividade, precisamos ser remuneradas com equidade. Eu não vejo a gente sendo contemplada nos palcos de grandes festivais da cidade”, critica Siamese.

Para tentar mudar essa realidade, Mano Cappu conta que há uma movimentação junto a parlamentares progressistas para pressionar pela criação de uma política afirmativa voltada especificamente para o Hip Hop. Como exemplo do descaso, ele conta que nunca um projeto de Rap foi aprovado em edital de fomento da Fundação Cultural de Curitiba.

"Eu queria que mostrassem quem são os curadores, quantas pessoas pretas, quantas mulheres, quantas pessoas LGBTs estão nessa curadoria. A gente esbarra no sistema, o edital não é inclusivo”, pontua o rapper.

Patrimônio cultural 

Na segunda-feira (22/5), foi aprovado, em primeiro turno, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), projeto que eleva as batalhas culturais de rima à categoria de patrimônio cultural imaterial no Paraná.

O projeto é assinado pela deputada Ana Júlia (PT) e define que o Poder Executivo Estadual poderá incentivar políticas públicas voltadas à difusão das batalhas de rima e realizar eventos para divulgar a cultura Hip Hop. O incentivo poderá ser realizado via editais públicos e outros procedimentos licitatórios, destinação de recursos próprios para esta finalidade, realização de eventos, bem como quaisquer outros meios, a critério do governo. 

Editado por: Fredi Vasconcelos
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