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DESVALORIZAÇÃO

Em MG, auxiliares de serviços da educação recebem menos de um salário mínimo

“Zema tirou nossos sonhos”, diz trabalhadora. Para denunciar a situação, sindicato realiza paralisação nesta quarta (10)

09.maio.2023 às 17h15
Belo Horizonte (MG)
Ana Carolina Vasconcelos

“O salário que o Zema nos paga não nos permite sequer nos alimentar. " - Emília Gorethe Ferreira, ASB de uma escola de Belo Horizonte. - Rovena Rosa/ Agência Brasil

Quando se fala em trabalhadores da educação, muitas vezes, se pensa automaticamente nos professores. Porém, diversos outros profissionais são fundamentais para a existência de um ambiente educacional de qualidade. É o caso das Auxiliares de Serviços da Educação Básica (ASB), responsáveis pelo cuidado e pela manutenção das escolas, atividades muitas vezes invisibilizadas. Em Minas Gerais, a categoria, que é majoritariamente feminina, recebe menos de um salário mínimo.

Enquanto o governador do estado, Romeu Zema (Novo), sancionou, na última semana, a lei que confere o reajuste de 298% em seu salário, que chegou a R$ 37,5 mil por mês, as ASBs ganham aproximadamente R$ 992, o que representa R$ 328 a menos do que o valor do salário mínimo atual.

“O salário que o Zema nos paga não nos permite sequer nos alimentar. Muitas colegas não conseguem levar marmita e acabam precisando comer os restos da merenda escolar. Não estamos dando conta de comprar alimentos”, relata ao Brasil de Fato MG Emília Gorethe Ferreira, ASB de uma escola de Belo Horizonte.

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Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) demonstrou que, em abril, o preço da cesta básica na capital mineira estava em R$ 654,57, mais de 65% do salário das auxiliares.

Para Emília, a baixa remuneração é consequência da falta de valorização das profissionais, por parte do governo mineiro. “O governo tirou nossos sonhos. O Zema nos vê somente como serviçais, que só trabalham, não precisam de salário, não precisam de lazer, não precisam de nada, apenas de trabalhar”, avalia.

Serviços essenciais

Além da limpeza dos espaços físicos, as trabalhadoras também são responsáveis pela alimentação de estudantes e professores, atendem a comunidade e ajudam os docentes durante os momentos de chegada, intervalos e saídas, entre outras atividades essenciais para o funcionamento das escolas.

“Nós limpamos salas, banheiros, corredores, azulejos e os espaços em geral. Eu também levo todo o material para a sala dos professores, na mão. Também levamos comida e café para os professores.

Subo escadas, às vezes com comidas muito pesadas. Tudo que eu faço dentro da escola, faço com excelência. Então, também preciso receber um salário de excelência e respeito”, relata Emília.

Consequências: dívidas e adoecimento

Diante desse cenário, muitas vezes, as profissionais precisam recorrer a empréstimos para conseguir pagar as contas e comprar itens básicos, comprometendo ainda mais a realidade das trabalhadoras, que am a acumular dívidas.

Outro impacto da falta de valorização é o adoecimento das ASBs. Emília conta que existem muitos casos de auxiliares que têm a saúde afetada, devido ao contato com produtos de limpeza durante o trabalho.

“A maioria de nós adoece dentro do trabalho e nem consegue desfrutar da aposentadoria. Muitas vezes, as pessoas se aposentam e logo vão a óbito, por conta do trabalho sem fiscalização e sem vistoria do Estado. Ninguém vai dentro da escola ver como é o nosso dia a dia”, relata.

Paralisação

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convocou uma paralisação das profissionais para a quarta-feira (10), com objetivo de denunciar a situação. Ao longo do dia, as ASBs realizam uma série de atividades de mobilização na capital mineira.

“Queremos debater a situação de penúria na qual elas se encontram, porque o governo de Minas não paga o reajuste do piso, e elas recebem valores inferiores ao salário mínimo vigente no país”, explica Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG. O piso salarial nacional das ASB é R$ 1242, para 30 horas semanais.

O dia de paralisação começa com uma audiência pública, a partir das 9h30, na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), convocada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), para debater a condição das trabalhadoras. Mais tarde, às 14h30, acontece uma marcha pelas ruas de Belo Horizonte.


Foto da deputa Beatriz Cerqueira (PT). / Sarah Torres/ ALMG

“Quem é responsável pela alimentação, limpeza e pequenos reparos da escola estadual está sofrendo muito com as absurdas condições de trabalho”, avaliou a parlamentar, nas redes sociais, ao divulgar o encontro.

No perfil da deputada, auxiliares enfatizaram a dureza da realidade enfrentada. Uma trabalhadora chegou a comentar que colegas pensam sobre mudar de profissão.

“Minha cidade é pequena e estamos vendo que não teremos pessoas para assumir a função, devido à baixa remuneração. Trabalhar como ajudante para pessoas que pagam para limpar suas casas é bem melhor. Hoje, está em torno de R$ 150 a limpeza diária no município. Pensa e faz as contas para quem limpa uma casa por dia”, relatou.

"Gostaria de ver uma escola funcionar uma semana sem ASB. O que seria? Salas e banheiros sujos. E a alimentação, quem faria?”, questionou outra profissional, nas redes sociais, endossando a convocação para a paralisação.

Sem respostas

Questionado pela reportagem sobre os motivos da falta de valorização das profissionais e sobre o porquê de o Estado ter dinheiro para reajustar o salário de Romeu Zema e, ao mesmo tempo, não garantir salários mais adequados ao trabalho desenvolvido pelas ASBs, o governo de Minas não respondeu até o fechamento desta matéria.

Editado por: Larissa Costa
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