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INJUSTIÇA CLIMÁTICA

Chuvas no Norte e Nordeste: destruição é reflexo de mudanças climáticas e moradias precárias

Ambientalistas defendem políticas públicas para prevenir tragédias e tirar população pobre das áreas de risco

28.mar.2023 às 06h08
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla

 Morador de Manaus (AM) observa destruição em bairro onde oito pessoas morreram soterradas no dia 12 de março  - Michael Dantas / AFP

Seis estados das regiões Norte e Nordeste têm famílias desabrigadas ou desalojadas pelas fortes chuvas dos últimos dias, com registros de mortes e residências arruinadas por alagamentos e deslizamentos. As áreas em estado de emergência se estendem por Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão. Segundo ambientalistas, a destruição é consequência de eventos climáticos extremos e da ocupação urbana desordenada, que empurra populações pobres para áreas de risco.

Em Manaus (AM), um deslizamento de terra no dia 12 março deixou oito mortos e atingiu 11 casas no bairro Jorge Teixeira, zona leste da cidade. Chuvas intensas voltaram a atingir a cidade neste fim de semana, e 172 famílias ficaram sem moradia, segundo a istração municipal. Entre as vítimas, moradores pobres de palafitas e casas de madeira, que ficam na rota da enxurrada e não resistem à força da água. 

Um estudo recente do MapBiomas aponta que Manaus (AM) é a cidade brasileira com maior expansão de áreas urbanizadas em assentamentos precários. No período analisado, entre 1985 e 2021, a capital amazonense teve uma área equivalente a 10 mil campos de futebol ocupada por moradias inadequadas. Atrás no ranking estão São Paulo (SP), Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ). 

Leia mais: Nível do Rio Acre continua subindo e preocupa moradores de Rio Branco

"Especificamente na Rua Pingo D’agua, no Bairro Jorge Teixeira em Manaus, onde ocorreu a morte de oito pessoas devido a um deslizamento de terra, não havia registro de área de risco. No entanto, a área encontra-se dentro de um assentamento precário conhecido e delimitado pelo IBGE", diz o estudo do MapBiomas. 

No Maranhão, mais de 31 mil famílias já sofreram de forma direta ou indireta pelas tempestades. São Luís (MA) e outras 48 cidades entraram em situação de emergência, com 5,8 mil desabrigados e seis mortes em todo o estado. A capital maranhense está em sexto lugar no ranking do Mapbiomas entre as cidades com crescimento de áreas urbanizadas em assentamentos precários. Segundo o estudo, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste concentram a maior parte das cidades com expansão de moradias em áreas de risco. 

Vítimas no Acre são pessoas pobres e pretas, diz Ângela Mendes 

Em Rio Branco (AC), o rio Acre e os igarapés que cortam a área urbana subiram de forma acelerada e bairros inteiros ficaram submersos. Desde quinta-feira (23) já choveu quase todo o esperado para o mês inteiro. Cerca de 32 mil pessoas foram prejudicadas, conforme a Defesa Civil.

"Muitas das famílias que perderam tudo estão em um lugar muito específico: na beira do Rio, dos igarapés e dos córregos, mas também em bairros que não têm a menor infraestrutura, nem saneamento básico", declarou pelas redes sociais  Ângela Mendes, filha de Chico Mendes e ativista socioambiental que atua na Aliança dos Povos da Floresta e no comitê que leva o nome de seu pai.

:: Relatório expõe estrago na política ambiental sob Bolsonaro ::

Ângela ressalta que as vítimas mais vulneráveis de Rio Branco são populações ribeirinhas e periféricas, que vivem em áreas alagáveis e têm poucas condições socioeconômicas de se reerguer após desastres naturais. 

"Por isso precisamos falar sobre justiça climática. Há pessoas que têm condição de reagir a essas situações, e outras não têm. A maior parte delas tem um perfil muito específico: são pessoas pobres e pretas. E isso configura racismo ambiental", pontua a ativista.  

A pesquisa do Mapbiomas concluiu que a Amazônia lidera o percentual de crescimento das ocupações informais do território brasileiro. "Nesse bioma, 29,3% do crescimento urbano foi em áreas informais. A Região Norte possui 13 das 20 cidades com maior proporção de crescimento, com Belém entre as cinco primeiras da lista", dizem os pesquisadores. 

É preciso tomar medidas preventivas, diz Greenpeace

Como forma de se antecipar a novas tragédias, o Greenpeace defende que o governo federal faça a revisão e implementação do Plano Nacional de Adaptação (PNA), junto com o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres. 

Implementado em 2016 pelo Ministério do Meio Ambiente, o PNA tem como objetivo criar metas e estratégias governamentais para a gestão e redução de riscos que crescem devido à crise climática.

:: Mudanças climáticas: o que são e o que esperar para o futuro? ::

"Estamos vivenciando um aumento de eventos extremos em nosso país! É urgente que o poder público enfrente a discussão de adaptação e prevenção a catástrofes com muita seriedade. Não podemos agir somente nas ações de resposta, o problema é estrutural e a saída está em acabar com as desigualdades sociais que produzem vulnerabilidades", diz Rodrigo Jesus, porta-voz de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil.

Governo estuda declarar emergência climática em mil municípios 

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva, visitou as áreas atingidas pelas chuvas em Manaus (AM) e disse no domingo (26) que o governo discute a edição de um decreto para reconhecer estado de emergência climática em 1.038 municípios mapeados como mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. 

O objetivo, segundo a ministra, é permitir a realização de obras preventivas, como de estudos de solo e de drenagem, além de trabalhos de assistência social que se antecipem às tragédias. 

"Além da situação de emergência, são os projetos de prevenção, esses são projetos de médio e longo prazo. Nós estamos vivendo sob o efeito de mudanças climáticas que estão se agravando a cada dia", declarou Marina Silva. 
 

Editado por: Thalita Pires
Tags: acrerio branco
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