Em audiência pública da Câmara de Curitiba, na sexta (17), representantes de escolas de samba e blocos carnavalescos demandaram compromisso dos vereadores com a discussão sobre financiamento para o Carnaval curitibano. Como forma de encaminhamento da demanda, o propositor da audiência, vereador Angelo Vanhoni (PT) sugeriu mobilizar os demais vereadores para a criação da Frente Parlamentar da Cultura e do Carnaval.
"A luta de resistência as escola fazem, mas necessitamos muito do apoio do poder público. O Carnaval de Curitiba está bem longe da realidade financeira de outras capitais", apontou Jeferson Pires de Assis, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Curitiba (Liesc).
Além da criação da frente parlamentar, Vanhoni também propôs realizar um seminário com convidados de outros estados, entre abril e maio, e falou da nova discussão para destinação de verbas da União para a cultura. Segundo o vereador, Curitiba deve receber "um recurso razoável".
Desburocratizar editais
Maior percentual dentro do Orçamento do município e lançamento de mais editais de fomento também foram colocados como pontos importantes para fortalecer o Carnaval curitibano.
A secretária de Estado da Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Ferreira, garantiu que a pasta trabalha para desburocratizar os editais já existentes, com o objetivo de contemplar mais projetos carnavalescos. Ela citou como exemplo o edital de fomento de 2022, em que cinco projetos carnavalescos foram desclassificados por questões burocráticas de documentação.
"O Estado está muito distante de toda essa manifestação tão importante e visceral. Nós já vamos tomar uma providência e não vamos mais desabilitar por documentação. A gente vai diligenciar os proponentes, porque a gente sabe que o edital é uma coisa difícil, burocrática, a gente tem trabalhado muito em cima disso, na questão de formação", disse.
