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Opinião

De Marx a Marielle: as perdas de março

Ambos incomodam poderosos e suas ideias estão mais vivas do que nunca

09.mar.2023 às 19h19
Três os (RS)
Juarez Paulo Braga Zamberlan

Marx e Marielle: suas ideias incomodavam os governos, que, à época e agora, representam os interesses dos poderosos. - Reprodução

Escrevo neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres.

Não abordarei especificamente as atividades alusivas ao dia. Por quê? Independente dos fatos históricos que ensejaram a criação da distinção, não vejo grandes mudanças no comportamento dos homens que justifiquem tantas “homenagens”, quando nos demais dias do ano, se repetem a lo largo y ancho ações opressoras e discriminatórias em desfavor das mulheres.

O mote para esta publicação é a morte. A morte física. O desaparecimento do corpo. Parece trágico. De fato, assim o é. Toda essa introdução para falar das mortes (físicas, saliento mais uma vez), de um alemão e uma brasileira: Karl Marx e Marielle Franco.

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Qual a relação entre Karl Marx, que morreu na Inglaterra em 1883, e Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro? O dia em que ambos morreram: 14 de março.

Essa coincidência não é a única ligação entre ambos. Sabidamente, Marielle Franco, vereadora do PSOL, negra, favelada, lésbica e lutadora pelos direitos humanos, defendia em muito o que Karl Marx pregava, em publicações e na prática, nos tempos sangrentos do século 19. O fim da exploração do trabalho proletário pelo pagamento de salários aviltados, o controle dos meios de produção pelos trabalhadores, a extinção da burguesia e do Estado, abrindo caminho, através das experiências de governos socialistas e da ditadura do proletariado, para o comunismo. Arrisco afirmar que muito da militância social e política de Marielle Franco orbitava nesse ideário, ainda presente nos quatro cantos do mundo.

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Agora um pouco de números. Marx morreu em 1883. Serão 140 anos de sua morte no dia 14 de março de 2023. Viveu mais de 70 anos. Escreveu com Engels, o Manifesto Comunista publicado em 1848, ou seja, há 175 anos. Quase dois séculos. Em 1848, o Brasil estava em pleno Segundo Império, com Dom Pedro II liderando a prática da escravização dos povos africanos. Analisa a distância, não geográfica, claro, que separava o Brasil da Europa: enquanto os proletários da Inglaterra, França, Alemanha, Rússia e outros países discutiam o socialismo/comunismo, o Brasil Colônia resistia em acabar com a escravidão. Na lei, somente encerrou essa triste página em 1888, lançando na sarjeta da economia milhões de africanos e afrodescendentes construtores da riqueza da burguesia tupiniquim. Dívida histórica ainda não quitada. 

Marielle Franco viveu menos de 40 anos. Enquanto o alemão Karl Marx morreu dormindo, sentado em sua poltrona, a negra brasileira afrodescendente foi brutalmente assassinada com quatro tiros, na poltrona traseira do carro em que transitava. Há cinco anos, portanto. Sinta a ironia do destino: junto com Marielle morreu o motorista do aplicativo Uber, Anderson Gomes, que ganhava a vida de forma semelhante ao proletariado inglês do século 19, objeto de estudos de Engels e Marx. Muitas horas de trabalho para uma renda incompatível.

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Karl Marx não está fisicamente entre nós há 140 anos. Sua vasta produção intelectual está mais viva que nunca. Em tempos de capitalismo financeiro globalizado, o conteúdo de O Capital e Manifesto Comunista se mantém teoricamente atuais, a despeito das experiências malogradas de governos socialistas. A revolução bolchevique na Rússia é um exemplo clássico. 

O assassinato de Marielle Franco completa cinco anos em 14 de março. Neste período, o aparato policial e judiciário bate cabeça para identificar os mandantes do crime. O motivo do crime é notório: interromper a trajetória política de uma mulher que incomodava a elite dirigente, ou seja, a burguesia. Da mesma forma, Marx foi expulso de países onde vivia com a família. Forçadamente teve que se transferir de cidade e país várias vezes, pelo mesmo motivo: suas ideias incomodavam os governos, que, à época e agora, representam os interesses dos poderosos. Cuba é uma honrosa exceção, por isso o socialismo caribenho incomoda.

Karl Marx Presente!

Marielle Franco Presente!

#abajoelbloqueoaCuba

 

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 

Editado por: Marcos Corbari
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