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0,001% do orçamento

Exclusivo: expulsar garimpeiros de terras indígenas custará R$ 70 milhões, prevê Funai

Com Funai sucateada, STF determinou que expulsão de invasores deve ser custeada por meio de crédito extraordinário

02.mar.2023 às 16h52
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla

Área de garimpo na região do rio Cabitutu, que deságua no Tapajós - Foto: Vinicius Mendonça/IBAMA

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) estima que R$ 72 milhões são necessários para expulsar todos os garimpeiros de sete terras indígenas mais afetadas pela atividade ilegal: Yanomami (RR), Karipuna (RO), Uru-Eu-Wau-Wau (RO), Kayapó (PA), Arariboia (MA), Munduruku (PA) e Trincheira/Bacajá (PA). 

Estimada pela Funai no final de fevereiro, a cifra foi obtida com exclusividade pela reportagem do Brasil de Fato. O cálculo veio após decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou a retirada imediata dos garimpeiros. Barroso determinou ainda a abertura de crédito extraordinário junto ao governo federal em quantia suficiente para cumprir a decisão.

O governo Lula (PT), que prometeu acabar com o garimpo em terras indígenas, começou a expulsar os invasores da Terra Indígena Yanomami, que vive uma crise humanitária provocada pela atividade. Especialistas e lideranças indígenas ouvidos pelo Brasil de Fato são unânimes ao afirmar que a medida deve ser estendida a outros territórios, que já começam a sofrer com aumento da fome, violência sexual contra mulheres, contaminação dos rios e mortes por doenças tratáveis.

Leia também: Chefe de operações do Ibama defende bloqueio de internet usada por garimpeiros ilegais

A previsão de gastos está detalhada em uma planilha encaminhada pela Funai ao Ministério da Economia. Os custos mais vultosos envolvem transporte aéreo e terrestre e contratação de funcionários temporários, além de diárias para agentes das forças de segurança e servidores da Funai. Os gastos correspondem a uma mega-operação com duração de aproximadamente 12 meses. 

Esta quantia necessária para expulsar os garimpeiros das sete terras indígenas equivale a apenas 0,001% do orçamento da União para 2023, que é de R$ 5,345 trilhões. Durante a gestão Bolsonaro, a mineração ilegal se tornou a principal causa de mortes por conflitos no campo. Segundo o último relatório da Comissão Pastoral da Terra (T), a atividade motivou 92% dos óbitos por conflitos em 2021.

Como conseguir o dinheiro?

Sem dinheiro, equipamentos e servidores suficientes, a Funai não tem condições de expulsar os garimpeiros sozinha. O orçamento da Funai despencou 40% em 10 anos, de R$ 1,1 bilhão em 2013 para R$ 645 milhões em 2023. Em 2020 o número de cargos vagos da Fundação (2300 cargos) era maior do que a quantidade de vagas ocupadas (2071).

Os R$ 72 milhões necessários para expulsar os garimpeiros correspondem a 11% de todo o orçamento da Funai previsto pelo governo Bolsonaro para este ano. Cerca de 70% da verba custeia os salários dos servidores. O restante é empregado na garantia de direitos sociais e territoriais para moradores de mais de 700 terras indígenas, que ocupam quase 12% do território brasileiro.

:: Exclusivo: Para a nova chefe da Funai, Joenia Wapichana, Bolsonaro quis extinção dos Yanomami ::

Por isso, Barroso ordenou a abertura do chamado crédito extraordinário, uma forma de liberar dinheiro do orçamento da União em situações imprevisíveis e urgentes. A modalidade foi usada, por exemplo, para pagar o Auxílio Emergencial e o Auxílio Brasil a trabalhadores informais no período mais crítico da pandemia de covid-19.

Medida Provisória do Executivo pode viabilizar expulsão de garimpeiros 

O crédito extraordinário não depende de autorização prévia do Legislativo e pode ser liberado por meio de uma Medida Provisória (MP) editada pelo presidente Lula. A MP começa a valer ao mesmo tempo em que tramita no Congresso, mas depende da aprovação da Câmara e do Senado para que seja transformada em lei.

A Funai informou ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI) que tem pressa para conseguir os recursos e já encaminhou a previsão de custos à Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério da Economia.

:: Internet de Elon Musk é vendida a garimpeiros na terra Yanomami por compradores de ouro ilegal ::

A direção da Funai escreveu ao MPI que a expulsão dos garimpeiros dependerá também da articulação com outros ministérios, como Saúde e Segurança Pública, para consolidar os planejamentos operacionais e obter os recursos humanos técnicos e orçamentários necessários.

A nova gestão do órgão indigenista enfrenta o desafio de sair da paralisia em que foi colocada sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), investigado por genocídio dos povos indígenas. Ignoradas nos últimos quatro anos, as demandas das organizações indígenas estão acumuladas.

Decisão foi conquista do movimento indígena 

A decisão de Barroso foi tomada no âmbito Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, protocolada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), com o objetivo de obrigar o governo federal a proteger os povos indígenas no período da pandemia de covid-19. A ADPF foi idealizada pelo então coordenador jurídico da Apib, Eloy Terena, que ocupa hoje o cargo de secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, pasta que abriga a Funai.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: amazôniabarrosobolsonarofunaigarimpo ilegallulamundurukustfterras indígenas
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