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Combustíveis

Análise | As desonerações não resolvem o problema

Inesc sugere que Petrobras deixe de vincular o preço dos combustíveis aos mercados internacionais

01.mar.2023 às 17h57
Santos (SP)
Livi Gerbase
Petrobras fup

Coordenador da FUP afirma que desfazer retrocessos de Bolsonaro na Petrobras depende também de forte base de parlamentares da esquerda - Divulgação

As desonerações são um remédio amargo. Elas desorganizam o financiamento das políticas sociais e incentivam o consumo de combustíveis com efeitos ambientais deletérios. Elas não resolvem a causa da doença (a volatilidade das cotações internacionais do petróleo) que, verdadeiramente, provocam o aumento no preço reado aos consumidores.

Abrir mão dos impostos sobre os combustíveis, apresentada como a única solução para evitar preços exorbitantes na gasolina, não resolveu o aumento na inflação e apenas beneficiou as empresas petrolíferas (e seus acionistas) e a classe que se locomove com carro individual.

Desonerações amplas, como a aplicada em 2022, geram implicações na questão das desigualdades. Como são os mais ricos quem mais consomem combustível, realizar desonerações amplas beneficiam especialmente as classes mais altas, além de estimular o aumento da demanda como um todo. Logo, são subsídios de caráter regressivo.

Incentivos focalizados naqueles mais impactados pelo aumento ou flutuação de preços são mais baratos e realmente capazes de reduzir desigualdades. Por exemplo, o Auxílio Gás foi um programa focalizado em subsídios. 

O governo Lula, após dois meses de extensão das desonerações dos impostos federais, decidiu pela reoneração do PIS/Cofins para gasolina e etanol, o que aponta para um caminho positivo. O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) fez uma análise histórica e constatou que as desonerações não evitam novos e elevados aumentos, uma vez que os mesmos não estão relacionados com a majoração de impostos, mas são explicados pelas variações do preço internacional do petróleo.

Mesmo com as desonerações ao longo de 2022, o preço da gasolina acumulou alta de 35% entre janeiro de 2019 e junho de 2022, valores divulgados pela Fenafisco corrigidos pela inflação do período.

A partir da análise, o Inesc sugere para o curto prazo, a revisão da política do Preço de Paridade de Importação (PPI) e estabelecimento de uma nova composição de preços da Petrobras. No médio e longo prazo, a meta deve ser diminuir o peso dos combustíveis fósseis na matriz energética, principalmente no setor do transporte.

A solução para o problema no preço dos combustíveis depende ainda da adoção de medidas como realizar avaliações dos subsídios concedidos até agora às empresas petrolíferas de modo a evidenciar quem estão sendo os ganhadores desses subsídios; limitar e direcionar os subsídios aos combustíveis fósseis às pessoas mais afetadas pelos aumentos dos preços; e desestimular o transporte individual motorizado, subsidiando o transporte coletivo e movido com eletricidade ou energias renováveis – rumo à tarifa zero do transporte público.

Além disso, é preciso retomar a Petrobras como uma empresa realmente pública que responda aos interesses do país.

O poder público estava abrindo mão de recursos que poderiam ser aplicados em políticas sociais e ambientais e, ao mesmo tempo, indo na contramão das tendências internacionais de adotar medidas voltadas à redução do consumo de energias não renováveis. 

Tanto o PIS/COFINS, na esfera federal, quanto o ICMS, nas esferas estadual e municipal, são fundamentais para o financiamento das políticas sociais. Enquanto o PIS/COFINS é uma das bases da seguridade social no Brasil, o ICMS é o principal tributo dos estados.

O ICMS, responde por praticamente ¼ da carga tributária nacional e é também relevante para os municípios, posto que 25% da arrecadação são partilhados com esta esfera de governo. Ademais, o ICMS compõe a base para vinculação constitucional das aplicações mínimas que os entes subnacionais precisam aportar para a educação (25% das receitas de cada esfera de governo) e a saúde (12% para os estados e 15% para os municípios), indicando que quedas na arrecadação terão impactos diretos sobre os sistemas públicos de ensino e os serviços prestados pelo SUS. 

Enquanto desonerações ao etanol são mais favoráveis ao clima, ainda que a origem deste combustível seja a monocultura que degrada o meio ambiente e explora mão de obra, desonerações ao diesel e à gasolina são subsídios aos combustíveis fósseis que dificultam a transição energética no país.

Hoje no Brasil, são mais de R$ 100 bilhões anuais para o apoio aos subsídios fósseis. A reoneração proposta por Lula vai neste sentido, ao onerar mais a gasolina do que o etanol.

Enormes incentivos fiscais para a exploração e produção de petróleo, somados às desonerações ao consumo, só contribuíram para que empresas petrolíferas gerassem lucros extraordinários, a partir de preços altos, em dólar e não controlados pelo governo. A Petrobras, por exemplo, seguiu com um recorde de lucratividade atrás do outro, agradando acionistas com vultosos dividendos. 

*Livi Gerbase, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)

** Este é um artigo de opinião. A visão expressa não representa necessariamente a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
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