Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

MANO A MANO

Mano Brown e Silvio Almeida: da destruição da arquibancada à canalização do ódio

Cantor e professor conversam sobre as transformações da sociedade

19.nov.2022 às 12h04
Redação
|Rede Brasil Atual

Em conversa no podcast Mano a Mano, Silvio Almeida afirma que "o Brasil institucional é uma grande tragédia" - Reprodução/ Twitter

O cantor Mano Brown recebeu nesta semana, no podcast Mano a Mano, o advogado, professor e escritor Silvio Almeida. “Se tem uma coisa que eu sou, é professor”, enfatiza o convidado. Em mais de duas horas de conversa, a política foi o fio condutor para todos os assuntos: economia, racismo e até futebol. História, ancestralidade e armadilhas do colonialismo.

Brown lembra que o pai do professor era esportista – Lourival de Almeida Filho, o Barbosinha, foi goleiro de várias equipes, inclusive o Corinthians. “Na época em que não ganhava do Santos”, provoca o rapper, santista. O alvinegro da capital ficou 11 anos sem vencer o rival praiano pelo campeonato paulista, até 1968. Barbosinha atuou pelo Corinthians até o ano seguinte. Ele morreu em 2015. “Meu pai tem uma força simbólica muito forte. Muito elegante, ele era um sujeito que gostava de dançar, dançava muito bem.” Silvio lembra de uma fotografia do time de aspirantes do Corinthians em que aparecem Barbosinha, em pé, o jovem Rivellino, agachado.

Fetiche pelo livro

O cantor quer saber por que Silvio Almeida foi para o “caminho da intelectualidade” em vez do esporte, o que o advogado atribui a um “arranjo familiar peculiar”. Ele conta uma história que descobriu recentemente: seu bisavô paterno, vindo de Campinas para São Paulo, foi sobrevivente da gripe espanhola no início do século ado. Mas chegou a ser dado como morto e jogado em uma pilha de vítimas, até que alguém percebeu que essa pilha se mexia. “Eles puxaram e tinha um rapaz vivo, era o meu bisavô.”

Que participou da fundação da Vai-Vai, escola de samba fincada no bairro da Bela Vista, o “Bixiga”. Ao mesmo tempo, uma de suas tias conseguiu entrar na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, embora não tenha conseguido concluir o curso. Mas influenciou o sobrinho de várias maneiras, por ler muito e por se dizer de esquerda. Foi aí, diz, que ele desenvolveu um “fetiche pelo livro”.

Neoliberalização do futebol

Ainda na conversa sobre futebol, o professor lembra da presença “inevitável” da política inclusive no esporte, que já expressava divisões em classes sociais – com a distribuição dos torcedores em geral, arquibancada, numerada. As transformações dos estádios em “arenas”, o crescimento da transmissão dos jogos pela TV, o pay per view. “Começa a neoliberalização do futebol, entra nessa lógica das transformações econômicas.”

E qualquer transformação a pela política, enfatiza.

“O Brasil institucional é uma grande tragédia. Racial, autoritária, economicamente é um país que não consegue se livrar das amarras do subdesenvolvimento, é um país profundamente autoritário”, afirma. Para essa construção institucional, ele considera que a questão racial será fundamental. “Para a gente estabelecer um marco de convivência.”

Gorro faz parecer bandido

Silvio Almeida conta que, ainda no jardim de infância, em um dia frio, todas as crianças estavam de gorro, mas a professora tirou o dele, porque isso o tornaria parecido com um bandido, segundo afirmou. A mãe do menino foi à escola, indignada, protestar. Foi uma primeira percepção. Além disso, a música dos Racionais colaborou com sua formação: “Eu aprendi com o rap, com a geração de vocês, eu entendi o que é ser preto”.

A conversa envereda para a economia. Silvio aponta o imperialismo como fator que trava a soberania do país. “Toda vez que entra numa janela de desenvolvimento, esses esforços são obstruídos.” Brown pergunta sobre o empreendedorismo, uma questão que às vezes se relaciona com um discurso de redução do Estado.

Estado para matar e bater

“Tem que ter Estado”, diz Silvio. “Tem muito Estado para matar preto, bater em professor, para de alguma forma desarticular a vida comunitária no brasil, mas não para estabelecer algum tipo de regulação na economia que vai permitir, por exemplo, absorver (mão de obra). É discurso ideológico para fazer com que as pessoas se conformem com o fato que elas não vão mais ter proteção social, mais direito do trabalho, mais carteira assinada, mais Fundo de Garantia.” 

O que abre portas, de alguma maneira, para o avanço do discurso religioso, apesar de um Estado teoricamente laico. “As teorias do Estado vão de alguma maneira aproximar o Estado com a religião. Mas o estado racional, contemporâneo, nasce de um rompimento com a religião.”

Os dois falam também do ódio que toma do país. “A gente não consegue ter luto, elaborar trauma, é uma pedrada atrás da outra, escravidão, ditadura… (…) Um país que não consegue tecer laço de solidariedade.” Mas a resposta a pelo ódio, acreditam. “O nazismo tem que ser odiado, dia e noite. Não tem conversa. A gente tem que odiar a fome, a pobreza, e a gente não faz isso. (…) Tem muito ódio, não tem canalização, direção. Tem que canalizar para a transformação.”

Um presidente negro no Brasil – utopia ou realidade?, pergunta Brown. Vai vir, responde Silvio Almeida, mas é preciso estar preparado, porque não existe salvador. “Qualquer projeto de transformação é coletivo, é um projeto e país, tem que ser construído por muita gente.” É preciso, assinala, “compromisso com as mudanças nas condições que fazem da população negra, a população brasileira, refém das injustiças cotidianas”.

Conteúdo originalmente publicado em Rede Brasil Atual
Tags: consciência negramano brownracismosilvio almeida
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

FALTA MUITO

Somente 15% dos frigoríficos do Cerrado participam de pacto de combate ao desmatamento

ATAQUE

Israel bombardeia Irã em escalada do conflito no Oriente Médio

PREVENÇÃO DE DANOS

MPF quer suspender leilão de 47 blocos de petróleo na foz do Amazonas

ARTIGO 19

Falta de controle das redes se deve à inação do poder público e não ao Marco Civil, diz especialista sobre julgamento no STF

SRAG

Número de casos de síndrome respiratória é o maior dos últimos 2 anos

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.