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Início Política

lei de armas

Como a política de armas de Bolsonaro facilita crimes e arsenais como o de Roberto Jefferson

Armas e Bolsonaro: especialistas acreditam que o aumento na circulação de armas aumenta crimes cometidos por impulso

29.out.2022 às 08h53
Fortaleza (CE)
Amanda Sobreira

Lei em vigor no Brasil permite que os atiradores desportivos comprem até 60 armas, sendo que 30 de uso , como fuzis - Foto: Jam Sta Rosa / AFP

Dados do Exército Brasileiro mostram que, entre janeiro de 2019 e maio de 2022, surgiram 1.006 clubes de tiro no Brasil. É quase um clube de tiro inaugurado por dia no Governo Bolsonaro, totalizando mais de 2 mil espaços como estes em todo o país. 

Paralelamente, números divulgados pelo Anuário de Segurança Pública apontam um crescimento de 474% no número de pessoas que conseguiram o Certificado de Registro, documento emitido pelo Exército que dá direito ao cidadão de exercer atividades como Caçador, Atirador e Colecionador, os chamados CACs. Essa autorização também inclui transitar com a arma no percurso entre a casa e o clube de tiro. 

A política que vigorou por três anos e meio foi fundamental para que o ex-deputado Roberto Jefferson montasse um verdadeiro arsenal em sua casa no Rio de Janeiro. Ao resistir à prisão por violar a prisão domiciliar, o ex-parlamentar, aliado e defensor ferrenho do presidente Bolsonaro, disparou 50 tiros de fuzil, arremessou três granadas contra quatro policiais federais e aumentou sua ficha criminal com a tentativa de homicídio de dois agentes federais. Além do fuzil e de uma pistola automática, a polícia encontrou  7,6 mil munições para armas de grosso calibre. "A regulamentação estimula esse tipo de comportamento de má fé. Nós do Instituto Sou da Paz somos a favor de uma regulamentação responsável, com critérios mais rigorosos e quantidade mais limitada de o às armas", acrescenta Pollachi.

Contexto: Número de armas de uso amador circulando no Brasil já supera o da Polícia Militar

Em uma das suas lives, o presidente alertou os eleitores afirmando que "se o Lula ganhar as eleições, ele vai fechar os clubes de tiro e abrir bibliotecas". Uma declaração que atingiu o setor econômico da indústria armamentista, composta por indústrias de armas, empresários de clubes, atiradores, influenciadores digitais, instrutores e todos que defendem o uso da arma de fogo. "Esse tipo de afirmação serve para mobilizar todo esse setor econômico, para que eles defendam as manutenções das regras atuais existentes e que a gente considera extremamente nocivas à segurança pública", afirma a gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Natália Pollachi.

Em Fortaleza, por um valor médio de R$1.800, os clubes de tiro oferecem um combo que inclui um curso básico com duração de 1 dia, emissão de laudos, incluindo o psicológico, a filiação ao clube e o Certificado de Registro. Muitos desses estabelecimentos também trabalham com a venda de armas e auxiliando o interessado com a documentação exigida para tirar o porte de arma.  Nas redes sociais, alguns clubes apoiam abertamente o presidente Jair Bolsonaro, defensor da expansão da política armamentista no Brasil. 

Foi com uma arma registrada no nome de um CAC que um adolescente de 15 anos matou um colega e feriu outros três, no dia quatro de outubro, em uma escola no município de Sobral, no Ceará. O dono da arma está preso e há inúmeras contradições ao tentar explicar como e quando o adolescente teve o a arma. Ele alegou que levou a pistola para a escola porque era vítima de bullying. "Quem sai armado não sai bem intencionado. Quem tem que andar armado é policial em serviço. Essa seria a única maneira de separar o joio do trigo. Quem está armado ou é polícia ou é bandido”, defende o professor e sociólogo César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência da UFC. 

Crimes por impulso

Os especialistas acreditam que o aumento na circulação de armas de fogo é propício para o aumento de crimes cometidos por impulso. Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública afirma que a cada 1% a mais na difusão de armas, há aumento de 1,1% na taxa de homicídio; a cada 1% no aumento das armas de fogo, a taxa de latrocínio aumenta cerca de 1,2%. "Existe um cenário de negação do dever do estado que é o responsável pela segurança e proteção do cidadão. Armar o cidadão comum não é a solução. Quando mais arma legal, mais arma ilegal", explica Barreira. Em suas pesquisas pelo Laboratório de Estudos da Violência, Barreira constatou a redução da idade de jovens que têm o a armas nas periferias. "Antigamente víamos crianças de 16, 17 anos com arma em punho trabalhando para o crime. Hoje, temos dados de crianças de 12, 13 anos", lamenta o pesquisador.

Um levantamento recente do Instituto Sou da Paz  identificou que também há tendência de alta em casos de feminicídio e outros crimes cometidos contra mulheres relacionados a registros de CACs. "A partir do momento que o atirador esportivo tira o registro ele pode comprar até 60 armas de fogo. É uma quantidade exorbitante que não tem nenhuma relação com a suposta atividade de atirador esportivo. Com relação aos fuzis, vimos muitos casos de pessoas utilizando laranjas para comprar fuzil e disponibilizar para o crime organizado", ressalta Natália Pollachi. Uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin,  suspendeu parte de um dos 40 decretos, que estabelece o número de armas que os CACs podem comprar, mas não especificou o número permitido. A decisão também suspendeu a autorização da compra de armas de uso , como o fuzil. O argumento do ministro foi o aumento do risco de violência política na campanha eleitoral.

Editado por: Camila Garcia
Tags: armas de fogoroberto jefferson
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