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Protagonismo

Estado “tem que ter a camisa nº 10”, diz presidente da Bolívia em SP

Em encontro com economistas brasileiros, Luis Arce defende o modelo econômico boliviano e critica o neoliberalismo

05.set.2022 às 18h58
São Paulo (SP)
Michele de Mello e Thales Schmidt

Arce e Lula em São Paulo nesta segunda-feira (5) - Twitter Luis Arce

O presidente da Bolívia, Luis Arce, defendeu o "Modelo Econômico Social Comunitário Produtivo" aplicado por seu governo e no de seu antecessor Evo Morales (2006-2019), de quem Arce foi ministro da Economia. A fala ocorreu em evento na sede da Mídia Ninja, em São Paulo, nesta segunda-feira (5).

"O Estado é tudo para nós. É planificador, banqueiro, empresário, investidor. É tudo que seja necessário, no nosso caso, para tirar a Bolívia da pobreza. O Estado tem que fazer tudo, porque é o único que está interessado em desenvolver nosso país. O mercado, não", disse o presidente boliviano.

Arce criticou o neoliberalismo e disse que esse modelo de pensamento é insuficiente para distribuir riqueza por seu foco exclusivo nas exportações, quando o fortalecimento do mercado interno é um caminho mais efetivo para distribuir os excedentes da produção. O Estado deve garantir que a Bolívia deixe de entregar seus recursos naturais e se apropriar dos "recursos excedentes", destacou.

"O neoliberalismo traz uma dependência dos organismos internacionais, as políticas eram desenhadas em Washington e de Washington traziam o modelo que os governos apliquem claramente o modelo neoliberal em nosso país. Nós recuperamos a política fiscal, a política monetária", disse o presidente da Bolívia.

Antes do evento com economistas brasileiros e lideranças sociais, Arce encontrou Lula e outras lideranças do PT. Nas redes sociais, o presidente boliviano destacou que a agenda e disse estar em acordo com o PT no "compromisso firme e inalienável de trabalhar incansavelmente para melhorar a qualidade de vida de nossos povos, com crescimento econômico, estabilidade, inclusão e justiça social."

Em entrevista ao UOL, Celso Amorim, ex-ministro das Relações Internacionais, afirmou que Lula apoia a entrada da Bolívia no Mercosul, já foi aprovada pelos outros países-membros do bloco, Argentina, Paraguai e Uruguai. Falta apenas o Congresso brasileiro aprovar para dar continuidade ao processo, informa o portal.

"Evidentemente que o Congresso é soberano, mas não tenho a menor dúvida de que [Lula] fará esse esforço. É muito importante para a Bolívia e importante para nós, porque a Bolívia no Mercosul também nos facilita o contato com todo o conjunto da Comunidade Andina, que ela também é membro", destacou Amorim.

Bolívia relança plano econômico

Antes de visitar o Brasil, Arce renovou Plano Estratégico Bicentenário, que estabelece metas econômicas para os nove departamentos (estados) do país até 2025, quando completam 200 anos da sua independência.

"Planejamos atender um conjunto de necessidades da população boliviana, implementando obras de grande impacto socioeconômico, como a construção de rodovias, siderúrgicas, estabelecimentos de saúde, centros tecnológicos e obras relacionadas aos 200 anos da Bolívia", disse o chefe de Estado. 

A agenda possui 13 pilares: Erradicação da pobreza extrema; universalização dos serviços básicos; saúde, educação e esporte para a formação integral; soberania científica e tecnológica; soberania sobre os recursos naturais e comercialização em equilíbrio com a Mãe Terra; soberania alimentar; Integração complementar entre os povos; transparência na gestão pública; soberania comunitária financeira sem servilismo ao capital financeiro; direito ao lazer; Reencontro com a alegria, prosperidade e o mar.

:: Piora: 1/3 da população da América Latina estará na pobreza até o fim do ano, aponta Cepal ::

O ex-ministro de Ciência e Tecnologia do Brasil, Clelio Campolina Diniz acredita que a Bolívia está "madura" para pensar em projetos de integração que abranjam economia, meio ambiente, segurança, tecnologia e educação. 

"Para industrializar um único país, ainda mais em economias de pequena extensão territorial, você tem um problema de escala. E o ponto de partida para a integração é que haja solidariedade. Os grandes não podem explorar os pequenos. Estamos vivendo o declínio do ocidente industrializado e a ascensão do eixo asiático e tudo isto mostra a urgência de pensarmos num plano de integração sul-americana", defende o ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais.

Entre as metas bolivianas para 2025 está zerar a pobreza extrema que ao final de 2021 era de 11,1%, enquanto a pobreza moderada era de 36,6%; acabar com a fome e o trabalho infantil; e garantir o à água potável, energia elétrica e sistemas de telecomunicação a toda a população.

"Vamos chegar ao bicentenário com uma Bolívia estável, produtiva e soberana com crescimento e justiça social", disse a ministra da Presidência María Nela Prada.


Durante a gestão de Evo Morales, a Bolívia elaboorou uma nova constituição e ou a se reconhecer como um Estado Plurinacional / Aizar Raldes /AFP

O plano também estabelece que a economia boliviana deve triplicar nos próximos três anos e coloca como prioridade a integração sul-sul, mencionando a Unasul, Alba-T e Celac, e priorizando o banco do Mercosul e o banco da Alba nas suas transações financeiras.

Antes de assumir a presidência, Arce foi ministro de Economia por mais de dez anos durante as gestões de Evo Morales. Nesse período, levou adiante o seu Modelo Econômico Social, Comunitário e Produtivo, que representou um verdadeiro "milagre econômico". A Bolívia deixou de ser o país mais pobre da América do Sul para ser a economia que mais cresceu em toda a região durante sete anos consecutivos. 

Com o golpe de Estado de 2019, a economia boliviana deixou de crescer em média 4% ao ano para entrar em recessão. Em 11 meses de gestão interina, Jeanine Áñez quase triplicou a dívida interna do país, ando de US$ 2,7 milhões (quase R$ 14 milhões) para US$ 8,7 milhões e liderou uma retração de 5,6% do PIB nacional. 

:: Que caminhos a integração de uma nova onda de progressismo na América Latina pode tomar?  ::

"Vários países da região estão completando 200 anos de independência e nós continuamos com nossa posição de dependência econômica e até geopolítica. Não podemos seguir exportando matérias-primas e commodities. Um plano de industrialização implica na transformação produtiva a partir dos recursos que a região possui. Exportamos altos volumes por preços baixos e importamos poucos volumes por preços altos", avalia o ex-ministro de Ciência e Tecnologia brasileiro, Clelio Campolina Diniz.

O governo do MAS-IPSP também busca mecanizar o campo e industrializar a extração mineral. Uma das maiores apostas da Bolívia são suas reservas de lítio, considerado o "ouro branco", por sua demanda mundial para a fabricação de baterias de longa duração e outros componentes tecnológicos. 

A Bolívia possui a maior reserva certificada de lítio do planeta com 21 milhões de toneladas, junto à Argentina e o Chile, formam o chamado "Triângulo do Lítio". 

Em julho deste ano, as empresas YPF Tecnología (Y-TEC), da Argentina, e a Empresa Pública Nacional Estratégica de Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB) am um acordo de cooperação científica e tecnológica para produzir pilhas e baterias de lítio.  

Alguns economistas apostam na possibilidade de aliar a indústria automotiva do Brasil e da Argentina às capacidades de extração de lítio dos países vizinhos para desenvolver carros elétricos com tecnologia latino-americana.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: bolívialuis arce
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