Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

forças retrógradas

Artigo | É preciso cortar a força do golpismo no Brasil, e ela reside no Palácio do Planalto

O guarda da esquina e o golpismo: questionamento das eleições e do STF é estratégia nítida

03.jul.2022 às 16h36
Porto Alegre (RS)
Jorge Branco

O avanço dos discursos de Bolsonaro com alegações infundadas de possibilidades de fraude eleitoral, indicam preparação de bases para contestar a decisão da população se ele não for reeleito - Evaristo Sá / AFP

Nesta semana, mais precisamente no dia 27 de junho, o TSE recebeu do Ministério da Defesa a indicação dos dez militares (de patentes de médio oficialato) que acompanharão o processo eleitoral de 2022 na condição de “entidades fiscalizadoras”.

Lendo a nominata da exótica indicação me lembrei de uma agem de domínio público sobre a do AI-5. Conta a história, o então vice-presidente civil da ditadura militar em 1968, Pedro Aleixo, procurado para o ato institucional por um general das entranhas do regime, teria se negado a fazê-lo. O general teria insistido com o argumento de que ele não precisaria se preocupar com a hiper concentração de poder consagrada pelo ato, uma vez que “o poder estaria nas mãos dos generais, que ele tão bem conhecia”. Ao que Pedro Aleixo teria respondido: ‘General, o que me preocupa não são os generais, mas os guardas da esquina”.

Leia também: Relembre 7 vezes em que o governo Bolsonaro se espelhou no Brasil da ditadura militar

De todas as nefastas consequências da hiper militarização do governo federal e da política em geral, talvez esta seja a de maior repercussão e de mais perigoso resultado, a cooptação e mobilização de uma parcela da massa de militares e policiais associados a grupos armados de apoiadores da cultura militar, para ações de desestabilização da democracia e ataques às conquistas civilizatórias e direitos fundamentais.

Os movimentos protagonizados, simultânea e combinadamente, pelos oficiais generais da reserva do núcleo do governo Bolsonaro e os comandos das forças singulares e conjuntas das Forças Armadas, reforçam nestes setores uma dimensão conflitiva que os transforma em campo receptivo para a retórica golpista e fascista no Brasil.

Mais lidas: Conheça a história sombria do coronel Ustra, torturador e ídolo de Bolsonaro

A iniciativa do Comando das Forças Armadas em se associar ao núcleo central do governo da extrema direita para questionar a lisura e a boa técnica do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas é recebida por estes ‘guardas da esquina” como conclamação a ações físicas e violentas contra a democracia brasileira. A construção de legitimidade das operações golpistas está assentada na capacidade deste grande bando movimentar-se para questionar a decisão das urnas e criar situações de ime e tensão.

A tentativa fracassada de impedir o reconhecimento da vitória eleitoral de Joe Biden nos Estados Unidos, a partir da ação direta sobre o Congresso Nacional estadunidense, é o paradigma de ação que o bolsonarismo e os militares bolsonaristas parecem querer construir.

A base destes setores golpistas e neofascistas se organiza em torno das grandes pautas que lhe conferem unidade. Entre elas o porte de armas, o anticomunismo, a detração dos direitos humanos, a segurança como guerra, racismo e homofobia. Esse bloco se amplia em direção aos setores neopentecostais com a adesão às pautas morais conservadoras. Sua organização se dá em clubes de tiros, associações de ruralistas antirreforma agrária e nas organizações paramilitares conhecidas publicamente como milícias. E agora, com os assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira, percebemos que também o crime organizado na Amazônia e as invasões de terras indígenas se tornaram referências “ideológicas” para estes grupos de guardas da esquina, dispostos a muito em defesa de uma mitologia criada em torno de Bolsonaro.

A perspectiva de golpe no país, tão debatida na atualidade, precisa ser entendida menos como uma possiblidade imediata e mais como uma vontade política de setores sob a liderança destes militares bolsonaristas. A mobilização em torno do questionamento das eleições e do Supremo Tribunal Federal é nítida estratégia de construção de apoio popular ao golpismo. O caminho escolhido é o clássico uso do terror como forma de obstruir ou incapacitar a defesa da democracia, pelo constrangimento e medo da desordem. Sabemos pela vasta historiografia disponível que o golpe de abril de 1964 foi amplamente preparado, em anos, por um conjunto combinado de ações de desprestigiamento da democracia e dos governos eleitos.

São esses setores assalariados públicos de militares e policiais de baixa patente, associados a um lúmpen proletariado articulado em grupos paramilitares, que dão sustentação de rua ao processo golpista em curso. O núcleo palaciano-militar oferece a pauta e a ordem de ação. A derrota eleitoral de Bolsonaro é decisiva, portanto, para obstruir este processo golpista em curso. Uma improvável vitória de Bolsonaro seria quase como franquear o campo para o golpismo a partir da força e legitimidade do governo federal e do aparelho de Estado.

É preciso cortar a força do golpismo no Brasil e esta força reside no Palácio do Planalto. É preciso também fortalecer a resistência democrática que se organiza entre trabalhadores da segurança e policiais. Construir uma nova elite dirigente para as forças armadas brasileiras, assentadas na ideia de democracia, de soberania nacional e popular e de respeito à Constituição Federal. A disputa de valores democráticos e humanistas deve estar associada à luta eleitoral para derrotar Bolsonaro e o golpismo.

*Jorge Branco é sociólogo, mestre e doutorando em Ciência Política. Diretor Executivo da Democracia e Direitos Fundamentais.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

***Leia mais textos como este na coluna de Jorge Branco, do Brasil de Fato RS. 

Editado por: Katia Marko
Tags: bolsonarofascismoforças armadasgolpegolpismomilitares
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ARGENTINA

‘O Eternauta’: série com Ricardo Darín transforma horror cósmico em alegoria do fascismo latino-americano

OPINIÃO

A Escola de Sargentos e seus atropelos na APA Aldeia-Beberibe

Fé e cultura

Tradição nordestina: Barbalha celebra a 97ª edição do Pau da Bandeira de Santo Antônio

ARTE E CULTURA

Salão de Fotografia do Recife começa neste sábado (31), no Forte das Cinco Pontas

DIA SEM TABACO

Brasil trava batalha judicial há mais de uma década para proibir cigarros saborizados

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.