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Petrópolis: “É necessário investir em políticas habitacionais e infraestrutura”, diz geógrafo

Para Bruno Araújo, as populações periféricas são as que mais sofrem com os efeitos das chuvas intensas

As cidades não têm suas infraestruturas preparadas para lidar com chuvas intensas

Nesta quinta-feira (17), Petrópolis ultraou mais de 115 mortes por conta das chuvas e deslizamentos da última terça-feira (15). Vários vídeos do mar de lama invadindo a cidade, automóveis sendo arrastados e as casas inundadas que percorreram as redes sociais levantaram alguns questionamentos. O volume da chuva é normal para este período? Quem são as principais vítimas? O governo do estado poderia ter se preparado para enfrentar o problema?

Essas e outras questões são respondidas pelo geógrafo carioca, Bruno Araújo, que participa do Entrevista Central e avalia a tragédia em Petrópolis. Ele avalia, por exemplo, a relação dessa tragédia com as mudanças climáticas e a desigualdade social.

"As mudanças climáticas estão nos mostrando que esses eventos extremos estão mais frequentes e com intensidades maiores. As mudanças climáticas potencializam essas tragédias. Apesar da chuva ser um fenômeno igual pra todo mundo, ela se manifesta de formas diferentes, porque ela encontra lugares e espaços diferentes. As populações pretas, pobres e periféricas sofrem mais com os eventos extremos do que as populações que moram em bairros nobres"", afirma.

O especialista expõe a necessidade do governo de estado investir em planejamento urbano, de forma que não exclua nenhuma população e mantenha  as famílias em habitações seguras.

"Não podemos permitir que pessoas vivam em condições de vulnerabilidade e em áreas de risco. Então, é muito importante que se tenha um planejamento urbano e políticas de habitação social para tirar as pessoas de áreas de encostas, faixas marginais de rios e lagoas e assentar essas famílias em locais seguros".

E tem mais!

O quadro Trilhos do Brasil traz experiências solidárias em dois estados brasileiros. Em Belo Horizonte, um prédio público ocupado por um coletivo de artistas, educadores, ativistas e produtores culturais oferece cursinho pré-vestibular a jovens periféricos, permacultura, capoeira, bloco de carnaval de rua, além de feiras de arte e gastronomia. Já em Petrópolis, após as fortes chuvas, a diocese local deixou todas as igrejas de prontidão para receber doações e pessoas que perderam suas moradias com a tragédia.

Elisa Anibal, da Articulação de Mulheres Brasileira, participa do Embarque Imediato e fala sobre as principais pautas das mobilizações do próximo dia 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, além de expor como está a articulação dos atos nacionais.

A Parada Cultural indica o filme "Imã de Geladeira" , produzido por estudantes do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Sintonize

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A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.

Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4

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