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Início Direitos Direitos Humanos

Inimigo

Por que o movimento negro acusa Bolsonaro de genocídio? Relembre as denúncias

I da Covid ignorou evidências e não incluiu o genocídio da população negra em seu relatório final, em outubro

20.nov.2021 às 10h14
São Paulo (SP)
Redação

Coalização Negra por Direitos realiza mobilização na Esplanada dos Ministérios no dia em que protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro - Matheus Alves

A Coalizão Negra por Direitos, que reúne 250 organizações, grupos e coletivos do movimento negro brasileiro, pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro (sem partido) na Comissão Parlamentar de Inquérito (I) da Covid por genocídio. O pedido não foi aceito, e o termo ficou fora do relatório final, em outubro.

Historiador e coordenador da Coalizão, Douglas Belchior diz que a negação do uso do termo reitera uma lógica racista.

“É de se lamentar a falta de coragem do Parlamento brasileiro. Ao retirar [o termo] e não fazer essa afirmação, reitera-se a lógica de que povos negros e indígenas não são detentores de humanidade o suficiente para que suas mortes em massa, decorrentes da ação do Estado, sejam consideradas genocídio”, disse ao Brasil de Fato.

“Racismo é isso: a desumanização dos sujeitos. É isso que fazem historicamente com os povos indígenas e com o povo negro”, acrescentou.

A situação já era grave antes da pandemia. Em 6 de março de 2020, integrantes da Coalizão foram a Porto Príncipe, capital do Haiti, para denunciar o genocídio da população negra na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. No grupo, estavam familiares de vítimas de ações policiais no Brasil.

Relembre alguns dos ataques de Bolsonaro à população negra e tire suas próprias conclusões:

Declarações racistas

Antes mesmo de assumir a Presidência, Bolsonaro havia sido condenado por danos morais coletivos à população negra por declarações preconceituosas. Ele já disse que seus filhos são “bem educados”, por isso nunca namorariam uma mulher negra; e que quilombolas não servem nem para “procriar”, comparando-os a animais.

“Como é que está a criação de barata aí?”, disse em julho, apontando para o cabelo crespo de um apoiador. Sempre que questionado, ele afirma que são apenas piadas, comentários bem-humorados.

A plataforma Quilombolas contra Racistas listou 55 declarações racistas de autoridades públicas entre 2019 e 2020. A maioria da lista é integrada por falas de Bolsonaro e de integrantes de seu governo.

Além de cometer crimes, Bolsonaro dá mau exemplo e contribui para um ambiente de intolerância, onde brancos se sentem à vontade para comentar sobre a aparência de negros, zombar e expressar seu ódio como se fosse questão de opinião. 

Conforme a Lei nº 7716/1989, “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” é crime inafiançável no Brasil, com pena de um a três anos de reclusão. 

Aparelhamento da Fundação Palmares

Bolsonaro nomeou para chefia do órgão federal de promoção da cultura afrobrasileira um jornalista que não considera o Brasil um país racista e que já se referiu ao movimento negro como “escória maldita”. À frente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo não atendeu nenhuma liderança quilombola em dois anos de gestão e é acusado de assédio moral.

Quilombolas são descendentes e sobreviventes de comunidades formadas por escravizados fugitivos, os quilombos. Eles têm direito à propriedade dessas terras, conforme a Constituição de 1988. Mais de 200 territórios quilombolas não reconhecidos aguardam parecer da fundação para avançar no processo de titulação.

Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a omissão do governo Bolsonaro no reconhecimento dos direitos quilombolas e aguarda que a Fundação Palmares apresente um plano de metas e orçamento para a titulação de terras.

Ações e omissões na pandemia

O governo federal demorou a garantir auxílio emergencial aos trabalhadores na pandemia, e só liberou os R$ 600 por pressão do Congresso. 

Contrário às medidas de isolamento, Bolsonaro deixou os pobres sem saída: trabalhar e se expor ao vírus, ou ficar em casa sem renda e ar fome.

Uma pesquisa da Rede Penssan, com dados de 2020, mostrou que quando a pessoa de referência na casa é negra, 10,7% das famílias convivem com a fome; se é branca, a cifra é de 7,5%.

Dados do início de julho mostram que as mortes por doenças respiratórias durante a pandemia cresceram 71% entre os negros e 24,5% entre os brancos. Maioria da população, os negros receberam apenas 23% das vacinas contra a covid-19 no Brasil.

“A gestão negligente e criminosa do governo Bolsonaro foi um dos instrumentos mais eficazes para o avanço do genocídio negro no último século”, escreveu a Coalizão na nota que pede o indiciamento do presidente na I.

“Os dados trazidos pelo dossiê apontam a maior letalidade da covid-19 na população negra brasileira e como se agravou nesse período o o dessa população a direitos humanos como alimentação, saúde, emprego, educação e saneamento básico”, denuncia ainda a nota. 

Estímulo à violência policial

Bolsonaro tem laços históricos com as milícias do Rio de Janeiro e apoia, mesmo na pandemia, operações policiais nas periferias – que têm jovens negros como principal alvo. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a polícia nunca matou tanto quanto no ano ado: 6.416 pessoas.

A cada dez vítimas fatais, oito são negros e sete têm menos de 25 anos.

Mais de uma vez, Bolsonaro foi às redes para comemorar os assassinatos e ironizar as vítimas: “F cancelado”. Assim que ele chegou à Presidência, o Brasil deixou de informar dados relativos à violência cometida por policiais no relatório anual de violações de direitos humanos.

Em nota, o governo afirmou que os dados não foram divulgados porque “foram identificadas inconsistências em seus registros” e que eles seriam alvo de “estudo aprofundado” para posterior divulgação.

Editado por: Mauro Ramos
Tags: bolsonarogenocídionegraracismo
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