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Rússia bate recordes de mortes por covid-19: por que a vacinação fracassa no país?

Com recorde de mortes na pandemia, campanha de imunização enfrenta consequências da falta da confiança da população

17.nov.2021 às 15h43
Rio de Janeiro (RJ)
Serguei Monin

Apenas 35,06% da população russa está completamente imunizada. - Kirill Kudryavtsev / AFP

A Rússia aumenta o tom para intensificar vacinação no país ao bater as mais altas taxas de mortes por covid-19 em toda a pandemia, mas o governo esbarra no negacionismo e na desconfiança da população.

Apesar de ter sido o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra o coronavírus, a Rússia enfrenta uma nova onda de casos e vem batendo recordes de mortes por covid-19. Apenas 35,06% (51,2 milhões de pessoas) da população russa completou seu esquema de imunização.

De acordo com dados oficiais, a Rússia registrou nesta terça-feira (16) 36.818 novos casos e 1.240 mortes por covid-19 em 24 horas, completando sete dias seguidos com uma taxa de mortalidade superior a 1.200 pessoas por dia.

Os números revelam a permanência de uma média recorde de óbitos em toda a pandemia na Rússia. No total, 255,6 mil perderam a vida por conta do coronavírus no país, somando 9,1 milhões de casos de infecção.

Mesmo com medidas como restrições de viagens, adoção de políticas de isolamento e, principalmente, a produção de uma vacina própria comprovadamente eficaz, os esforços do governo russo na promoção da imunização encontram dificuldades diante do negacionismo de parte da população e da desconfiança popular com as autoridades.

O biólogo químico e analista Alexei Kouprianov, em entrevista ao Brasil de Fato, destacou que a situação da pandemia na Rússia revelou uma complexidade política e cultural do país. O perfil anti-vacina está intrinsecamente ligado ao modo como o governo do presidente Vlir Putin vem istrando o país nos últimos anos, criando um amplo cenário de falta de credibilidade, diz Kouprianov.

“Na realidade, a população não está representada nos seus interesses, e isso repercute em todas as sérias intervenções políticas para que as pessoas façam algo, e as pessoas simplesmente não acreditam no governo e não fazem isso”, acrescentou o biólogo.

:: Moscou convoca embaixador da Rússia nos EUA após fala de Biden sobre Putin ::

Apesar de destacar a importância de medidas como o desenvolvimento de uma vacina (a revista The Lancet comprovou que a Sputnik V possui uma eficácia de 91,6%) e a aplicação de medidas rigorosas de isolamento, o analista observou que o “primeiro erro foi a ausência de um plano concreto” de combate à pandemia, como o fato de não ter sido priorizada a vacinação de grupos de risco”.

População não desconfia apenas do Kremlin

A falta de confiança não está restrita ao Kremlin, a sede do poder governamental em Moscou. Instituições científicas e sanitárias também enfrentam críticas, o que abriu caminho para a disseminação de fake news e teorias da conspiração que minam a proliferação da vacina.

Uma das razões para esse descrédito seria a própria concentração de poder estatal, gerando uma precariedade na separação dos poderes no país.

“Nesta situação, imaginar que seja formado um centro de poder, como por exemplo, o Instituto Gamaleya [produtor da vacina Sputnik V], que na realidade é 100% estatal, é impossível. É tido como parte da máquina estatal”, argumenta Kuprianov, acrescentando que a comunidade científica sofreu um processo de desprestígio na Rússia em comparação com o período soviético.

Para tentar frear o aumento dos casos no final de outubro, o governo russo reagiu decretando um feriado remunerado em todo o país por um período de 11 dias. Apesar de surtir um efeito positivo, gerando uma queda no número de casos pela primeira vez em dois meses, a medida foi considerada modesta para reverter o número alarmante de mortes.

O demógrafo Alexei Raksha afirmou ao Brasil de Fato que as medidas de distanciamento adotadas no país foram “muito suaves” e pouco perceptíveis, mas que serviram para surtir algum efeito de desaceleração dos casos.

“O governo não quer fazer um lockdown por mais de uma semana não porque é impopular, mas porque não quer gastar dinheiro. Pois se é realizado um lockdown, é preciso gastar recursos. E existem recursos para isso. Mas não há vontade, por isso o lockdown é curto e muito suave”, destacou.

QR-Codes de vacinação e o paradoxo da polarização na Rússia

Na última sexta-feira (12), o governo apresentou no Parlamento dois projetos de lei sobre a obrigatoriedade de apresentação de QR-Codes de vacinação para o o da população a estabelecimentos e transportes públicos como trens e aviões. A expectativa é que as medidas possam ser aprovadas já em dezembro deste ano.

O anúncio dos projetos de lei gerou protestos contra as medidas em algumas regiões na Rússia, reunindo centenas de pessoas nas cidades de Ekaterinburgo, Irkutsk e Kamchatka.

:: Com explosão de casos, Áustria decreta lockdown para não vacinados; população protesta nas ruas ::

O demógrafo Alexei Raksha enfatizou que já é possível dizer que a “vacinação fracassou no país”. Segundo ele, “as pessoas não acreditam no Estado, e o Estado não acredita nas pessoas”. “Ninguém acredita em ninguém. Por isso, se o governo quer alcançar algo, ele precisa fazer apenas com o uso de recursos, não há alternativas”, completa.

Polarização

A presidência de Vlir Putin costuma dividir a Rússia pelo o que se entende no país como “conservadores” e “liberais” – e isso também afeta a vacinação.

Os primeiros, comumente apoiadores do governo, compartilham dos valores tradicionais cristãos e nacionalistas defendidos pelo Kremlin, enquanto os liberais se unem às pautas progressistas mais disseminadas na Europa ocidental, além de defenderem como premissa a troca da presidência de Putin – que na prática está no poder desde 1999 e, segundo as recentes emendas na Constituição do país, pode ficar no cargo até 2036.

A singularidade que a crise da pandemia trouxe, desequilibrando as peças da relação da sociedade com a istração de Putin, foi de inverter os papeis de apoio ou não às medidas do governo.

Os tradicionais e mais ferrenhos críticos ao governo foram os primeiros a entrar nas fileiras da imunização, aderindo à campanha do Kremlin, enquanto os tradicionais e fiéis defensores de Putin se colocaram como críticos à campanha de vacinação.

O biólogo químico Alexei Kouprianov ainda destacou outro aspecto que caracteriza a anti-vacinação no país. Evitando cair em generalizações, ao lembrar que há rejeição da vacina e do uso de máscaras também entre os liberais, ele observa que há uma cultura conservadora e machista na Rússia que permeia o negacionismo em relação à pandemia. Segundo ele, é bastante disseminado o caso de pessoas que nunca querem demonstrar fraqueza diante da doença, por isso dizem "não vamos usar máscara, porque a doença não vai nos pegar".

“Junto com essa desconfiança do governo, existe uma coisa muito estranha, ligada a uma espécie de ‘última janela de liberdade’, porque liberdade política na prática não existe, então resta o próprio corpo – ‘meu corpo, minhas regras’, este slogan feminista que começou a aparecer aqui neste âmbito extremamente conservador e masculino”, completa o analista.

Editado por: Thales Schmidt
Tags: rússiavladimir putin
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