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Visibilidade Lésbica

Maternidade dupla: “sinto orgulho de fazer parte desse movimento a favor do amor”

As pernambucanas Giselle França e Danielle Santos falam sobre os desafios maternidade

27.ago.2021 às 13h22
Recife (PE)
Maria Lígia Barros

Apesar da família feliz, o casal reconhece que não é fácil ser mãe lésbica no Brasil, especialmente numa conjuntura de crescimento do conservadorismo - Arquivo Pessoal

Em 2021, o mês da Visibilidade Lésbica é celebrado no ano em que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável homoafetiva completa dez anos. O entendimento da Corte legitimou o direito das pessoas do mesmo sexo de constituírem família, mais um o na garantia da cidadania plena à população LGBTQIA+. Com isso, a legislação abriu espaço para que mães lésbicas pudessem registrar seus filhos com dupla maternidade, uma conquista a ser comemorada neste agosto.

Dez anos também é um período significativo para a professora Daniella Santos, de 45 anos, e a contadora de histórias Gisele França, 36. As duas pernambucanas se conheceram em 2004, mas só em 2014 se reencontraram preparadas para viverem inteiramente um relacionamento. Na época, a filha de Gisele, Sofia França, fruto da união anterior, já tinha 3 anos e 8 meses de idade. Foi em um processo natural e gradual que ou a também entender Daniella como mãe.

“Em nenhum momento Sofia questionava minha decisão de deixar o pai dela e namorar uma mulher. Na pureza de criança ela demonstrava felicidade e maturidade, mesmo quando estava sendo pressionada por terceiros”, relembra Gisele.

“Educo Sofia para sempre falar a verdade e acreditar no amor, tenho a postura de conversar sobre qualquer coisa antes de qualquer distorção e alienação parental, então apenas disse: Dani é a namorada da mamãe. Para minha felicidade, as duas se identificaram de imediato, pareciam que se conheciam há séculos. Algo espiritual que me deixou tranquila”, completa ela.

Leia também: Mulheres lésbicas e bissexuais: nossa luta é maior que nosso silêncio

Daniella tampouco imaginava que “teria a honra” – como define – de ser chamada por Sofia de mãe. Ela chegou até a desestimulá-la, pensando assim protegê-la do preconceito. 

“Lembro uma vez que Sofia chegou em casa super contrariada dizendo que escutou uma piada: alguém havia dito que o pai dela naquele momento era uma mulher. Tentei explicar, mesmo sem ela ter solicitado, que não tinha a intenção de substituir nem a mãe e nem o pai, que Dani estava ali para ajudar a educá-la e o que realmente importava era o amor. De coração partido, a chamei e disse que não precisava me chamar de mãe”, rememora.

Leia mais: Central do Brasil destaca o mês da visibilidade lésbica e a luta contra a lesbofobia

No entanto, a menina Sofia garante que ela não conseguiu convencê-la: “Ela não autorizou, mas comecei chamá-la de mãe Dani, mesmo as pessoas me dizendo que eu só podia ter uma mãe e que eu tinha um pai, que Dani havia separado minha mãe dela”, conta.

No fim das contas, Sofia chama Daniella de vários jeitos diferentes: de Dani, mãe Dani e mamãe Dani. “Tenho ciência que me respeita como mãe e a certeza de que o amor sempre vencerá”, declara a professora. 

A chegada dos gêmeos

 Anos depois, o casal resolveu fazer uma fertilização in vitro para ter mais filhos. O resultado foi a gestação dos gêmeos Joaquim e Laís, hoje com 2 anos e 8 meses. Gisele lembra a antecipação que cercou a família naquele período: as três subiram o morro da Conceição, na zona norte do Recife, para fazer promessa à Nossa Senhora da Conceição, mãe de Jesus.

 “Fiz questão de deixar Sofia participar de todo processo, desde as consultas até a fase final. Quando ficamos grávidas (considero que Dani também ficou grávida, embora, não tenha gerado), Sofia também esteve presente na organização do enxoval, quarto dos bebês, ensaio fotográfico e opinou com relação aos nomes dos bebês”, diz Gisele.

Até hoje, o casal vive intensamente a maternidade. “Inclusive ainda não conseguimos dormir uma noite completa, estamos exaustas. No entanto, nossa cumplicidade, paciência e compreensão nos fazem aproveitar cada momento”, emenda.

“Tenho orgulho de ser filha de duas mães”

Hoje com 11 anos, Sofia tem duas mães, um pai e uma madrasta, além dos irmãozinhos. Interessada em leitura, a menina conduz um perfil no Instagram para falar sobre livros, onde conversa também, com naturalidade, sobre sua configuração familiar. Aliás, postura que adota onde quer que vá. 

“Me sinto bem e falo espontaneamente sobre minhas mães, as iro e tenho orgulho delas, então não vou esconder. Não acho que elas estão fazendo nada de errado, estão sempre respeitando as pessoas e vivendo nossa família, cuidando de mim e de meus irmãos. Tenho orgulho de ser filha de duas mães! Dani costuma dizer que eu a ensinei a ser mãe, que hoje ela é uma boa mãe por causa de mim, e isso me deixa muito feliz”, afirma.

Ela garante que não se sente diferente por isso. “Pelo contrário, sinto orgulho de fazer parte desse movimento a favor do amor, pelos meus irmãos, pelas minhas mães, por mim e por todas as famílias iguais a minha.”

Esperança com o futuro

Apesar da família feliz, o casal reconhece que não é fácil ser mãe lésbica no Brasil. Daniella sente receio do que está por vir, e teme pelo que Joaquim e Laís poderão enfrentar. “As pessoas ainda têm muito preconceito, demonstram em atitudes e discurso. Dizem ser tolerantes, mas na primeira oportunidade manifestam a real opinião, não aceitam e não reconhecem nossa família com naturalidade”, lamenta.

Ainda assim, a confiança cresce quando pensa nos novos jovens. “Sofia é o exemplo dessa nova geração que vem sendo criada para respeitar as diferenças, respeitar as pessoas ou respeitar quem as pessoas são, acreditamos que muitas venham sendo educadas para respeitar o próximo, e isso nos enche de esperança”.

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: brasil de fatolgbtmaternidadepernambucovisibilidade lésbica
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