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Início Esportes

FUTEBOL E POLÍTICA

Quais lições devemos tirar da Eurocopa e da Copa América?

Bolsonaro e Victor Orbán instrumentalizam eventos esportivos para legitimar ideário da extrema direita e mostrar força

22.jun.2021 às 02h14
Atualizado em 23.jun.2021 às 02h14
Campina Grande-PB
Ítalo Sochin

Torcedores húngaros proferiram cantos racistas e homofóbicos em Budapeste - Reprodução

Na última semana, o mundo do futebol vem acompanhando a realização de dois torneios continentais que acontecem simultaneamente: a Eurocopa e a Copa América. Como bem sabemos, o futebol é, também, um reflexo da nossa sociedade. Logo, as disputas dos torneios continentais podem ser observadas para além do campo de futebol.

A Eurocopa, diferentemente da Copa América, está sendo realizada em onze sedes diferentes: Dinamarca, Rússia, Roménia, Itália, Azerbaijão, Holanda, Inglaterra, Escócia, Espanha, Hungria e Alemanha. De acordo com a UEFA, as onze sedes foram escolhidas antes da pandemia em homenagem aos 60 anos do torneio. Entretanto, sabemos que a humanidade nunca enfrentou uma pandemia nesse nível, fazendo com que a decisão da UEFA pelas onze sedes seja extremamente questionável.

Não bastasse essa atitude da UEFA, ela ainda escolhe, como uma das sedes, a Hungria. É de notório saber que um dos maiores jogadores de todos os tempos era húngaro: Puskas. Porém, a Hungria de hoje não é a de Puskas. Desde 2010, é governada por Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro conhecido mundialmente como uma das principais lideranças da extrema direita mundial. Orbán foi eleito com base em um discurso reacionário, nacionalista, xenofóbico e anti-LGBT.

Recentemente, o governo de Orbán, em sincronia com o seu parlamento (onde ele tem maioria absoluta), aprovou uma lei que proíbe a reprodução de conteúdos que façam referência à comunidade LGBT, seja nas escolas ou até mesmo na televisão. O resultado dessa lei já pode ser observada na torcida húngara no seu primeiro jogo contra a seleção de Portugal.


Manifestação homofóbica de torcedores húngaros de extrema-direita no jogo Hungria x Portugal na Eurocopa / Reprodução

Observem, na foto acima, que grande parte está vestida de preto. Esse é um grupo intitulado Brigada Cáspata, o qual é uma junção de várias torcidas de times tradicionais húngaros. Na Eurocopa de 2016, esse grupo foi advertido pela FARE (Federação Anti-Racista da Europa) por cânticos e ações racistas.

Esse mesmo grupo, no último jogo da Hungria contra a França, levou uma bandeira contra o movimento Black Lives Metter no futebol. Isso porque os jogadores das principais ligas do mundo, antes da partida começar, se ajoelham por 15 segundos em referência ao assassinato de George Floyd e esbravejam, nesses 15 segundos, que vidas negras importam.


Torcedores húngaros da Brigada Cáspata empunham bandeira racista contra o movimento Black Lives Metter no jogo França x Hungria / Reprodução

Um outro ponto que vale destacar sobre a Hungria nesta Eurocopa é o fato dos estádios húngaros estarem sempre cheios. Primeiro, como se pode observar, o governo de Orbán vê, no futebol, uma das ferramentas necessárias para fomentar o seu discurso de ódio. A segunda observação é que, apesar da novíssima arena Puskas (feita por Órban) sempre estar cheia nos jogos de sua seleção, a Hungria vacinou com duas doses apenas 37% da população e tem o segundo pior número quanto à taxa de óbitos por Covid-19 a cada 100 mil habitantes.

Assim como Bolsonaro no início da pandemia, o primeiro ministro Húngaro menosprezou os efeitos da Covid-19 e, além de todas essas semelhanças, Orbán foi um dos primeiros líderes mundiais a chegar ao Brasil para a posse do presidente. Ele também recebeu o filho do genocida, Eduardo, em Budapeste para discutir o alinhamento dos movimentos de direita do mundo.


Victor Orbán na posse de Jair Bolsonaro / Reprodução


O primeiro-ministro Victor Orbán recebe Eduardo Bolsonaro em visita à Hungria / Reprodução

A estratégia utilizada por Bolsonaro para a realização da Cepa América é semelhante à de Orbán e está articulada a um movimento global da extrema direita de se utilizar dos eventos esportivos para dar sua cara e demonstrar sua força. Ao realizar o torneio no Brasil depois da desistência de Colômbia e Argentina, Bolsonaro quer demonstrar sua força diante das mobilizações populares e frente à I da Covid-19. 

A tristeza maior disso tudo é ver a grande cova para a qual o governo genocida de Bolsonaro vai nos levando. Até agora, na Copa América, cerca de 66 participantes estão infectados, enquanto mais de 500 mil brasileiros perderam a vida em decorrência da Covid-19.

Sabemos que a tática de se utilizar do futebol como propaganda para regimes autoritários não é de agora. Basta lembrar o governo militar de Médici e a Copa do Mundo de 1970, ou os governos militares da Argentina, que se utilizaram da Copa de 78 para mascarar o regime. Entretanto, parafraseando o “velho barbudo” e invertendo sua célebre sentença, a história demonstrou que os casos de 70 e 78 foram farsas, ao o que os da Eurocopa e da Cepa América são, antes de tudo, tragédia.
 

Editado por: Heloisa De Sousa
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