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Violência do estado

Artigo | Se o ex-governador ameaçava “mirar na cabecinha”, o seu substituto acerta

A execução da política de segurança no estado coloca uma questão cruel: seriam as mortes violentas sua finalidade?

14.jun.2021 às 15h45
Rio de Janeiro (RJ)
Dani Monteiro
chacina jacarezinho

Entidades de direitos humanos classificaram operação, que ocorreu apesar de proibição pelo STF, como "chacina" - Reprodução/Voz das Comunidades

"Lá vem o caveirão, mãe", "vem pra dentro de casa, menino", "tem polícia com o pé na porta, pai", "cadê os documentos, meu filho?" Esse diálogo não é um mero arremedo. O medo e o açodamento são reais. Nas favelas e periferias do Rio de Janeiro, há um batalhão de pretos que ninguém vê, mas o tiro alcança.

A maioria, gente que trabalha de sol a sol, que suspira por dignidade, que segue as leis, mas é obrigada, insistentemente, a explicar que sua existência é honesta e, nem assim, tem seu direito básico e fundamental à vida respeitado.

A morte de Kathlen Romeu, aos 24 anos e grávida, na zona norte da cidade, causou furor nas redes sociais, ganhou destaque nos jornais e fez ecoar vozes indignadas de parte da sociedade, mas, amanhã, terá sido esquecida. Até quando nos sujeitaremos ao eterno retorno do sacrifício de crianças e jovens, as vítimas mais frequentes das atrocidades que se avolumam ano após ano?

Que futuro o estado planeja se insiste em exterminar aquelas que deveriam ser as faixas etárias mais promissoras e produtivas? 

Os governos do estado do Rio vem tratando assim as suas populações. A estratégia e execução da política de segurança no estado revelam um quadro cruel e ao arrepio da lei, já que os dados dos órgãos de pesquisa apresentam um número expressivo de mortes violentas em decorrência da intervenção policial, mas que não apresenta igual volume quando o assunto é a redução do crime organizado ou do tráfico de armas e drogas.

Seriam então as mortes violentas a própria finalidade dessa política?

Quando defensoras e defensores de direitos humanos nomeiam a política de segurança do estado como desastrosa, estão dizendo em alto e bom som que esta política deveria garantir a vida.

Mas há pouco mais de uma década, o que é possível perceber da execução dos planos da segurança pública para parte da população fluminense, é que existe um plano em desenvolvimento, e que este pode ser caracterizado como “exitoso”, pelas práticas e pronunciamentos de quem está à frente do Executivo estadual. Contudo, parece que o que já era ruim, tem se demonstrado pior. 

Nas favelas e periferias há bandidos, o que também não falta na zona sul ou na Barra da Tijuca, nos condomínios de luxo como o Vivendas da Barra, onde vivia o presidente da República até assumir o Palácio do Planalto. O que nos difere – quem tem origem favelada e quem vive entre os túneis e o mar – é o tratamento dado pelo estado. Se o ex-governador Wilson Witzel ameaçava “mirar na cabecinha”, o seu substituto, Cláudio Castro, acerta. E comemora, enquanto as famílias choram seus mortos.  

Por que mesmo os pretos e favelados são alvos preferenciais de blindados e equipamentos bélicos e seus disparos autorizados por sucessivos governos?

Por que a insistência em nos repartir como sociedade como se formássemos uma casta inferior e não merecedora do mesmo cuidado e da mesma atenção que são dados aos privilegiados por sua cor e sua condição social e econômica além-túnel? É urgente, portanto, que os direitos humanos pautem as ações do estado.

Mas não chegaremos a nenhuma mudança sem que todos entendam que as mortes precoces e violentas precisam de um basta sonoro e definitivo. Pelo presente, para que cessem as dores. Pelo futuro, para que sejamos uma sociedade melhor. 

*Dani Monteiro é presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Editado por: Mariana Pitasse
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