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Início Bem viver Cultura

Trabalho

Desemprego, medo e sobrecarga: a realidade de mães solo na pandemia

Em 2020, mais de 8,5 milhões de mulheres tiveram que sair do mercado de trabalho

01.maio.2021 às 20h52
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas

No Brasil, 63% das casas chefiadas por mulheres estão abaixo da linha da pobreza - Foto: Giorgia Prates

São mais de 11 milhões de mães solo no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ser mãe solo é ser responsável por cuidar dos filhos, além de ter que conciliar trabalho e a garantia da parte financeira da família. Se essa realidade já era difícil antes, com a pandemia piorou, e muito. Filhos assistindo as aulas em casa, desemprego, tripla jornada são alguns dos problemas enfrentados por essas mulheres que, no Brasil, ainda são invisibilizadas na formulação de políticas públicas.

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A professora da rede municipal de ensino de Curitiba, Ana Paula da Cruz, é mãe solo de dois filhos: um de 15 anos e outro de 8, este adotado porque sua irmã faleceu após o parto. Ana trabalha o dia inteiro e se divide entre as responsabilidades da casa, profissão e filhos.

“Sou mãe e pai deles. Sou a única provedora de ambos, os pais não participam financeiramente nem presencialmente. Não é nada fácil. Isso piorou muito com a crise da pandemia, tanto economicamente, como para dar conta das demandas deles misturadas às da minha profissão”, relata a professora.

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“Faço malabarismo financeiro e ainda enfrento o machismo da sociedade. Eu gostaria de proporcionar muito mais para eles, mas não consigo”, desabafa.


“Faço malabarismo", diz a professora Ana Paula sobre sua rotina / Giorgia Prates

Desemprego

Outro agravante que já existia no universo das mães solo trabalhadoras é o desemprego, seja por terem que ficar com os filhos, seja por preconceito do mundo do trabalho. Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, no terceiro trimestre de 2020, 8,5 milhões de mulheres tinham deixado o mercado de trabalho em comparação ao mesmo período anterior. À época, mais da metade da população feminina com 14 anos ou mais estava fora do mercado de trabalho.

Essa é a realidade vivida pela jornalista Juana Profundo, que sempre enfrentou dificuldades em sua área por ser mulher, mas diz que o pior cenário foi com a pandemia. “Estou desempregada e chego a vomitar de nervoso porque não quero que minha filha perca o que já conquistamos. Minha instabilidade financeira nunca foi tão terrível quanto agora. Isso reflete no emocional e no físico. Sinto muito medo. Por sorte, agora, ela com 14 anos tem uma bolsa atleta da escola”, conta.

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Juana pondera, ainda, reconhecer que enfrentaria obstáculos ainda maiores caso não fosse branca e de classe média. “Ainda com todas essas dificuldades, sei que estou melhor que muitas mães solos com quem convivo. Eu venho de uma família de classe média, moro em uma cidade pequena, sou branca. Digo isso porque sei que se fosse negra, pobre, LGBTI, a dificuldade seria maior”, conclui.


"Chego a vomitar de nervoso, porque não quero que minha filha perca o que já conquistamos”, diz a jornalista Juana Profundo / Arquivo pessoal

Sem dinheiro para comida e fraldas

No Brasil, 63% das casas chefiadas por mulheres estão abaixo da linha da pobreza, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE.

Brenda Prestes, 21 anos, mãe solo de uma menina de 2 anos, faz parte dessa estatística. Ela vive na periferia de Curitiba e chegou a ter dificuldades para levar comida para casa neste momento de pandemia. Trabalhando como diarista, viu o serviço diminuir para apenas duas vezes por semana, a R$ 100 a diária.

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“Não tenho ajuda alguma do pai, sou mãe solteira desde que engravidei. Minhas maiores dificuldades foram conseguir comprar comida e fraldas para minha filha. Sou só eu por ela”, conta. Assim como Brenda, no Brasil, 45% das empregadas domésticas (diaristas e mensalistas) foram dispensadas do trabalho nesse período sem nenhuma remuneração, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva.

Omissão

Para Ana Carolina Franzon, coordenadora da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Regional Paraná, diante do Estado omisso, as mulheres se viram como podem. “A omissão acontece quando não há planejamento reprodutivo, ou seja, a mulher não tem direito de decidir quando terá filhos. E, num momento de crise, essas lacunas se agravam”, diz.

Ana Carolina defende que é preciso que os governos garantam uma renda permanente para as mulheres trabalhadoras enquanto durar a pandemia. “Em um momento em que, por exemplo, as escolas não oferecem condições seguras para serem reabertas e são, sim, um e social importante para as mães solo, o subsídio financeiro é essencial”, explica.

Editado por: Fredi Vasconcelos e Lia Bianchini
Tags: desemprego
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